A economia funciona na base dos incentivos ou dos desincentivos.
Por isso, por sua impressionante capacidade de mobilização social,
a economia se tornou um instrumento de governo. Se o governo
precisa estimular algum comportamento, costuma cortar
cobranças ou impostos. Se ele precisa frear algum
comportamento, costuma aumentar os impostos naquele
segmento ou inventar alguma taxa qualquer. Por exemplo no
trânsito: Se o governo não quer que ultrapassemos certo limite de
velocidade numa estrada, começa a aplicar multas para quem o
ultrapassa. Como o dinheiro é a verdadeira linguagem universal,
aquela que todos entendem em qualquer lugar do mundo, então
de fato os motoristas começam a respeitar o limite de velocidade.
Sob esse ponto de vista, o imposto de renda é uma grande punição.
É um desestímulo ao empregado se esforçar para ganhar bem. Se
você ganhar acima da alíquota máxima, ganha uma multa de
quase 30% de seu salário. Parece ingenuidade minha, mas o
absurdo me soa tão grave, que nem sei se não há nessa cobrança
absurda de 27,5% sobre o salário de quem ganha acima de
determinado valor, algum estímulo subentendido para que o
sujeito largue o emprego e parta para o empreendedorismo. De um
certo ponto de vista, o imposto de renda seria um estímulo ao
empreendedorismo. Afinal, uma Pessoa Jurídica paga
proporcionalmente muito menos imposto do que a Pessoa Física.
O imposto de renda é das imposições governamentais mais
truculentas e insanamente aceitas pela população que eu já ouvi
falar. O imposto de renda é uma multa que se aplica a quem ganha
bem.
O imposto de renda e a economia do desincentivo (Ronaud.com)
O texto acima se insere entre os textos argumentativos. Uma das
marcas desses textos é a necessidade de coerência lógica.
Assinale a opção em que a frase dada mostra incoerência.