Questões de Concurso Público SMED de Belo Horizonte - MG 2023 para Professor - História
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Já faz certo tempo que se abriram novas possibilidades documentais, que vêm expandindo a noção de arquivo e de acervo. Para além das bases escritas, se arrisca produzir novos conhecimentos a partir da análise de moedas, lápides, objetos de cultura material de uma maneira geral, fontes literárias, obras de teatro, telas, esculturas, imagens de jornal, cartazes, caricaturas e, tomando um lugar cada vez mais importante, fotografias. No entanto, vale a pena acentuar como continuamos encontrando um lugar “subalterno” para esse tipo de material, como se existisse uma hierarquia interna às fontes: em primeiro lugar os registros escritos, em segundo (e de maneira distanciada) as imagens. Mas penso que é chegada a boa hora de “lermos imagens” em sentido paralelo ao que destrinchamos um documento amarrotado, um texto clássico, um documento cartorial, uma notícia de jornal.
Adaptado de: SCHWARCZ, Lilia. Lendo e agenciando imagens: o rei, a natureza e seus belos naturais. Sociologia & Antropologia, v. 4, 2014.
Com base no trecho, o uso de fotografias como documentos históricos permite
Prezada Dra. Natalie Zemon Davis,
Fiquei absolutamente encantado ao receber seu artigo sobre as “Razões do Desgoverno”. Eu mesmo estou trabalhando há algum tempo num curto estudo sobre “rough music” (nossa versão do charivari) no século XVIII e início do século XIX na Inglaterra. Portanto, fiquei particularmente entusiasmado ao descobrir trabalho comparativo de sua espécie avançado, embora haja diferenças importantes nos costumes e nas funções. Em certo sentido, suponho que o material do século XVIII na Inglaterra é uma forma atenuada do que você está escrevendo.
Adaptado de: WALSHAM, Alexandra. Rough music and Charivari: Letters between Natalie Zemon David and Edward Thompson 1970-1972. Past and Present, 2017.
(rough music é uma cacofonia rude, com ou sem ritual mais elaborado, empregada em geral para dirigir zombarias ou hostilidades contra indivíduos que desrespeitam certas normas da comunidade.)
No texto, percebe-se a convergência entre os temas investigados pelos dois historiadores. Assinale a opção que apresenta corretamente a perspectiva historiográfica que os estudos dos dois historiadores estão inseridos.
A imagem a seguir mostra cenas da Cruzada Albigense.
Assinale a opção que indica corretamente o grupo alvo desta ofensiva.
No manuscrito B do Instituto de França, o leitor encontra um elegante desenho de edifícios e ruas flanqueadas por pórticos. Embaixo pode ser lida, delineada em traços rápidos no estilo lapidar de Da Vinci, a imagem da cidade ideal: construída perto do mar ou ao longo de um rio para que seja salubre. Será edificada em dois andares que se comunicam por meio de escadarias. Quem quiser percorrer todo o piso superior, poderá fazê-lo sem precisar descer, e vice-versa. Nas ruas superiores não devem trafegar os veículos nem coisas similares; é melhor que elas sejam reservadas somente aos gentis-homens. Os veículos e outras cargas deverão circular pelas ruas inferiores, para uso e comodidade do povo.
Adaptado de: GARIN, Eugenio. Ciência e vida civil no Renascimento italiano. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1996.
Assinale a alternativa que menciona corretamente elementos constitutivos da Cidade Ideal renascentista.
Assinale a opção que descreve corretamente uma estratégia da Igreja Católica para o enfrentamento das novas perspectivas reformistas.