Questões de Concurso Público Prefeitura de Ametista do Sul - RS 2021 para Professor de Educação Infantil

Foram encontradas 40 questões

Q2419730 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.


Mulheres com deficiência revelam o que esperam de um futuro inclusivo


Isabella D’Ercolle


01 Mariana Torquato nunca foi apenas Mariana. Desde pequena, sempre que seu nome era

02 citado, ele vinha acompanhado de um comentário cruel relacionado com a sua deficiência. Via

03 as pessoas apontando para mim; algumas perguntavam o que tinha acontecido, conta a

04 criadora do Vai uma Mãozinha Aí?, o maior canal sobre deficiência do YouTube no Brasil. A

05 catarinense de 27 anos nasceu sem o antebraço esquerdo e cresceu sabendo que a sociedade

06 não estava preparada para conviver com pessoas com deficiência (PcDs). Mariana faz parte dos

07 mais de 25 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência, seja física ou

08 intelectual, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

09 Apesar do elevado índice, as iniciativas governamentais voltadas ___ tal parcela da

10 população ainda são escassas. E mesmo as principais legislações em vigor – a Lei de Inclusão,

11 de 2015, que assegura o exercício dos direitos das pessoas com deficiência, e a Lei de Cotas, de

12 1991, que exige que empresas com mais de 100 funcionários tenham vagas destinadas a essas

13 pessoas – muitas vezes são desrespeitadas. “Há quem ache as cotas um absurdo, mas elas se

14 mostram extremamente necessárias em um país como o nosso, que ainda não inseriu

15 socialmente as PcDs. É o único modo de garantir que as empresas percebam que nós existimos”,

16 afirma Carolina Ignarra, sócia-fundadora da Talento Incluir, consultoria especializada em

17 inclusão no mercado de trabalho. Ela abriu o negócio depois de, em 2001, sofrer um acidente,

18 que a deixou paraplégica. Na época, mesmo com um currículo excelente, Carolina só era

19 convocada para vagas que não tinham relação com sua formação acadêmica, de educadora

20 física. Percebeu, então, que, para as corporações, tratava-se apenas de uma tentativa de

21 preencher ___ vagas obrigatórias; elas não estavam preocupadas com as pessoas. “As mulheres

22 são vistas ainda como mais incapazes, e existe a questão da maternidade, que, para algumas

23 companhias, é uma pedra no sapato”, revela Rosemeire Andrade, gerente de inclusão do Núcleo

24 de Aprendizagem Profissional e Assistência Social, que capacita grupos minoritários para o

25 retorno ao mercado de trabalho em São Paulo.

26 Em parte, a dificuldade de conseguir um emprego é resultado do pouco acesso ao sistema

27 de ensino. As estatísticas entregam: 60% das PcDs brasileiras não completaram o ensino

28 fundamental e apenas 0,5% delas está no mercado de trabalho. As barreiras incluem falta de

29 acessibilidade física e também intelectual, já que boa parte das instituições de ensino não oferece

30 auxílio e monitorias especializadas a pessoas com deficiência. E não é um problema exclusivo

31 do sistema público. A estudante paulista de jornalismo Ana Clara Moniz, 21 anos, que tem atrofia

32 muscular espinhal tipo 2, enfrentou obstáculos mesmo tendo frequentado escolas particulares

33 durante toda a vida. “Só depois que entrei no colégio percebi, de fato, o que significava ter uma

34 deficiência. As escolas não queriam me aceitar quando descobriam que eu era PcD”, lembra.

35 Após uma longa busca dos pais, Ana Clara finalmente ingressou na educação infantil e, apesar

36 da falta de experiência da instituição, nunca teve problemas. “Mas sei que sou privilegiada. Isso

37 não é a realidade para a maioria”, completa. Na faculdade, a história é outra. Ela enfrenta certa

38 resistência nos pedidos de mudanças do espaço. “É complicado conseguir chegar ___ salas em

39 cadeira de rodas, e alguns professores não são muito compreensivos. Quando está chovendo, é

40 difícil passar pelas rampas descobertas. Uma vez reclamei que estava tomando chuva e ouvi:

41 ‘Pelo menos em Campinas não chove muito’”, revela. Após o diagnóstico de AME, os médicos

42 acreditavam que Ana Clara Moniz não viveria mais do que dois anos. Hoje, ela cursa jornalismo.


(Disponível em: https://claudia.abril.com.br/ – texto adaptado especialmente para esta prova.)

Considerando o exposto pelo texto, analise as assertivas seguir:


I. O texto afirma que, apesar de o número de políticas públicas ser elevado, o número de pessoas com deficiência também é alto.

II. Carolina Ignarra, mesmo não sendo deficiente, abriu uma empresa destinada à inclusão de PcD’s.

III. O texto afirma que boa parte das PcD’s apresentam dificuldade de se empregar em virtude da baixa escolaridade.


Quais estão corretas?

Alternativas
Q2419731 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.


Mulheres com deficiência revelam o que esperam de um futuro inclusivo


Isabella D’Ercolle


01 Mariana Torquato nunca foi apenas Mariana. Desde pequena, sempre que seu nome era

02 citado, ele vinha acompanhado de um comentário cruel relacionado com a sua deficiência. Via

03 as pessoas apontando para mim; algumas perguntavam o que tinha acontecido, conta a

04 criadora do Vai uma Mãozinha Aí?, o maior canal sobre deficiência do YouTube no Brasil. A

05 catarinense de 27 anos nasceu sem o antebraço esquerdo e cresceu sabendo que a sociedade

06 não estava preparada para conviver com pessoas com deficiência (PcDs). Mariana faz parte dos

07 mais de 25 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência, seja física ou

08 intelectual, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

09 Apesar do elevado índice, as iniciativas governamentais voltadas ___ tal parcela da

10 população ainda são escassas. E mesmo as principais legislações em vigor – a Lei de Inclusão,

11 de 2015, que assegura o exercício dos direitos das pessoas com deficiência, e a Lei de Cotas, de

12 1991, que exige que empresas com mais de 100 funcionários tenham vagas destinadas a essas

13 pessoas – muitas vezes são desrespeitadas. “Há quem ache as cotas um absurdo, mas elas se

14 mostram extremamente necessárias em um país como o nosso, que ainda não inseriu

15 socialmente as PcDs. É o único modo de garantir que as empresas percebam que nós existimos”,

16 afirma Carolina Ignarra, sócia-fundadora da Talento Incluir, consultoria especializada em

17 inclusão no mercado de trabalho. Ela abriu o negócio depois de, em 2001, sofrer um acidente,

18 que a deixou paraplégica. Na época, mesmo com um currículo excelente, Carolina só era

19 convocada para vagas que não tinham relação com sua formação acadêmica, de educadora

20 física. Percebeu, então, que, para as corporações, tratava-se apenas de uma tentativa de

21 preencher ___ vagas obrigatórias; elas não estavam preocupadas com as pessoas. “As mulheres

22 são vistas ainda como mais incapazes, e existe a questão da maternidade, que, para algumas

23 companhias, é uma pedra no sapato”, revela Rosemeire Andrade, gerente de inclusão do Núcleo

24 de Aprendizagem Profissional e Assistência Social, que capacita grupos minoritários para o

25 retorno ao mercado de trabalho em São Paulo.

26 Em parte, a dificuldade de conseguir um emprego é resultado do pouco acesso ao sistema

27 de ensino. As estatísticas entregam: 60% das PcDs brasileiras não completaram o ensino

28 fundamental e apenas 0,5% delas está no mercado de trabalho. As barreiras incluem falta de

29 acessibilidade física e também intelectual, já que boa parte das instituições de ensino não oferece

30 auxílio e monitorias especializadas a pessoas com deficiência. E não é um problema exclusivo

31 do sistema público. A estudante paulista de jornalismo Ana Clara Moniz, 21 anos, que tem atrofia

32 muscular espinhal tipo 2, enfrentou obstáculos mesmo tendo frequentado escolas particulares

33 durante toda a vida. “Só depois que entrei no colégio percebi, de fato, o que significava ter uma

34 deficiência. As escolas não queriam me aceitar quando descobriam que eu era PcD”, lembra.

35 Após uma longa busca dos pais, Ana Clara finalmente ingressou na educação infantil e, apesar

36 da falta de experiência da instituição, nunca teve problemas. “Mas sei que sou privilegiada. Isso

37 não é a realidade para a maioria”, completa. Na faculdade, a história é outra. Ela enfrenta certa

38 resistência nos pedidos de mudanças do espaço. “É complicado conseguir chegar ___ salas em

39 cadeira de rodas, e alguns professores não são muito compreensivos. Quando está chovendo, é

40 difícil passar pelas rampas descobertas. Uma vez reclamei que estava tomando chuva e ouvi:

41 ‘Pelo menos em Campinas não chove muito’”, revela. Após o diagnóstico de AME, os médicos

42 acreditavam que Ana Clara Moniz não viveria mais do que dois anos. Hoje, ela cursa jornalismo.


(Disponível em: https://claudia.abril.com.br/ – texto adaptado especialmente para esta prova.)

Assinale a alternativa que NÃO indica uma estratégia para construção dos argumentos e apresentação dos fatos empregada pelo texto.

Alternativas
Q2419732 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.


Mulheres com deficiência revelam o que esperam de um futuro inclusivo


Isabella D’Ercolle


01 Mariana Torquato nunca foi apenas Mariana. Desde pequena, sempre que seu nome era

02 citado, ele vinha acompanhado de um comentário cruel relacionado com a sua deficiência. Via

03 as pessoas apontando para mim; algumas perguntavam o que tinha acontecido, conta a

04 criadora do Vai uma Mãozinha Aí?, o maior canal sobre deficiência do YouTube no Brasil. A

05 catarinense de 27 anos nasceu sem o antebraço esquerdo e cresceu sabendo que a sociedade

06 não estava preparada para conviver com pessoas com deficiência (PcDs). Mariana faz parte dos

07 mais de 25 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência, seja física ou

08 intelectual, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

09 Apesar do elevado índice, as iniciativas governamentais voltadas ___ tal parcela da

10 população ainda são escassas. E mesmo as principais legislações em vigor – a Lei de Inclusão,

11 de 2015, que assegura o exercício dos direitos das pessoas com deficiência, e a Lei de Cotas, de

12 1991, que exige que empresas com mais de 100 funcionários tenham vagas destinadas a essas

13 pessoas – muitas vezes são desrespeitadas. “Há quem ache as cotas um absurdo, mas elas se

14 mostram extremamente necessárias em um país como o nosso, que ainda não inseriu

15 socialmente as PcDs. É o único modo de garantir que as empresas percebam que nós existimos”,

16 afirma Carolina Ignarra, sócia-fundadora da Talento Incluir, consultoria especializada em

17 inclusão no mercado de trabalho. Ela abriu o negócio depois de, em 2001, sofrer um acidente,

18 que a deixou paraplégica. Na época, mesmo com um currículo excelente, Carolina só era

19 convocada para vagas que não tinham relação com sua formação acadêmica, de educadora

20 física. Percebeu, então, que, para as corporações, tratava-se apenas de uma tentativa de

21 preencher ___ vagas obrigatórias; elas não estavam preocupadas com as pessoas. “As mulheres

22 são vistas ainda como mais incapazes, e existe a questão da maternidade, que, para algumas

23 companhias, é uma pedra no sapato”, revela Rosemeire Andrade, gerente de inclusão do Núcleo

24 de Aprendizagem Profissional e Assistência Social, que capacita grupos minoritários para o

25 retorno ao mercado de trabalho em São Paulo.

26 Em parte, a dificuldade de conseguir um emprego é resultado do pouco acesso ao sistema

27 de ensino. As estatísticas entregam: 60% das PcDs brasileiras não completaram o ensino

28 fundamental e apenas 0,5% delas está no mercado de trabalho. As barreiras incluem falta de

29 acessibilidade física e também intelectual, já que boa parte das instituições de ensino não oferece

30 auxílio e monitorias especializadas a pessoas com deficiência. E não é um problema exclusivo

31 do sistema público. A estudante paulista de jornalismo Ana Clara Moniz, 21 anos, que tem atrofia

32 muscular espinhal tipo 2, enfrentou obstáculos mesmo tendo frequentado escolas particulares

33 durante toda a vida. “Só depois que entrei no colégio percebi, de fato, o que significava ter uma

34 deficiência. As escolas não queriam me aceitar quando descobriam que eu era PcD”, lembra.

35 Após uma longa busca dos pais, Ana Clara finalmente ingressou na educação infantil e, apesar

36 da falta de experiência da instituição, nunca teve problemas. “Mas sei que sou privilegiada. Isso

37 não é a realidade para a maioria”, completa. Na faculdade, a história é outra. Ela enfrenta certa

38 resistência nos pedidos de mudanças do espaço. “É complicado conseguir chegar ___ salas em

39 cadeira de rodas, e alguns professores não são muito compreensivos. Quando está chovendo, é

40 difícil passar pelas rampas descobertas. Uma vez reclamei que estava tomando chuva e ouvi:

41 ‘Pelo menos em Campinas não chove muito’”, revela. Após o diagnóstico de AME, os médicos

42 acreditavam que Ana Clara Moniz não viveria mais do que dois anos. Hoje, ela cursa jornalismo.


(Disponível em: https://claudia.abril.com.br/ – texto adaptado especialmente para esta prova.)

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 09, 21 e 38.

Alternativas
Q2419733 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.


Mulheres com deficiência revelam o que esperam de um futuro inclusivo


Isabella D’Ercolle


01 Mariana Torquato nunca foi apenas Mariana. Desde pequena, sempre que seu nome era

02 citado, ele vinha acompanhado de um comentário cruel relacionado com a sua deficiência. Via

03 as pessoas apontando para mim; algumas perguntavam o que tinha acontecido, conta a

04 criadora do Vai uma Mãozinha Aí?, o maior canal sobre deficiência do YouTube no Brasil. A

05 catarinense de 27 anos nasceu sem o antebraço esquerdo e cresceu sabendo que a sociedade

06 não estava preparada para conviver com pessoas com deficiência (PcDs). Mariana faz parte dos

07 mais de 25 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência, seja física ou

08 intelectual, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

09 Apesar do elevado índice, as iniciativas governamentais voltadas ___ tal parcela da

10 população ainda são escassas. E mesmo as principais legislações em vigor – a Lei de Inclusão,

11 de 2015, que assegura o exercício dos direitos das pessoas com deficiência, e a Lei de Cotas, de

12 1991, que exige que empresas com mais de 100 funcionários tenham vagas destinadas a essas

13 pessoas – muitas vezes são desrespeitadas. “Há quem ache as cotas um absurdo, mas elas se

14 mostram extremamente necessárias em um país como o nosso, que ainda não inseriu

15 socialmente as PcDs. É o único modo de garantir que as empresas percebam que nós existimos”,

16 afirma Carolina Ignarra, sócia-fundadora da Talento Incluir, consultoria especializada em

17 inclusão no mercado de trabalho. Ela abriu o negócio depois de, em 2001, sofrer um acidente,

18 que a deixou paraplégica. Na época, mesmo com um currículo excelente, Carolina só era

19 convocada para vagas que não tinham relação com sua formação acadêmica, de educadora

20 física. Percebeu, então, que, para as corporações, tratava-se apenas de uma tentativa de

21 preencher ___ vagas obrigatórias; elas não estavam preocupadas com as pessoas. “As mulheres

22 são vistas ainda como mais incapazes, e existe a questão da maternidade, que, para algumas

23 companhias, é uma pedra no sapato”, revela Rosemeire Andrade, gerente de inclusão do Núcleo

24 de Aprendizagem Profissional e Assistência Social, que capacita grupos minoritários para o

25 retorno ao mercado de trabalho em São Paulo.

26 Em parte, a dificuldade de conseguir um emprego é resultado do pouco acesso ao sistema

27 de ensino. As estatísticas entregam: 60% das PcDs brasileiras não completaram o ensino

28 fundamental e apenas 0,5% delas está no mercado de trabalho. As barreiras incluem falta de

29 acessibilidade física e também intelectual, já que boa parte das instituições de ensino não oferece

30 auxílio e monitorias especializadas a pessoas com deficiência. E não é um problema exclusivo

31 do sistema público. A estudante paulista de jornalismo Ana Clara Moniz, 21 anos, que tem atrofia

32 muscular espinhal tipo 2, enfrentou obstáculos mesmo tendo frequentado escolas particulares

33 durante toda a vida. “Só depois que entrei no colégio percebi, de fato, o que significava ter uma

34 deficiência. As escolas não queriam me aceitar quando descobriam que eu era PcD”, lembra.

35 Após uma longa busca dos pais, Ana Clara finalmente ingressou na educação infantil e, apesar

36 da falta de experiência da instituição, nunca teve problemas. “Mas sei que sou privilegiada. Isso

37 não é a realidade para a maioria”, completa. Na faculdade, a história é outra. Ela enfrenta certa

38 resistência nos pedidos de mudanças do espaço. “É complicado conseguir chegar ___ salas em

39 cadeira de rodas, e alguns professores não são muito compreensivos. Quando está chovendo, é

40 difícil passar pelas rampas descobertas. Uma vez reclamei que estava tomando chuva e ouvi:

41 ‘Pelo menos em Campinas não chove muito’”, revela. Após o diagnóstico de AME, os médicos

42 acreditavam que Ana Clara Moniz não viveria mais do que dois anos. Hoje, ela cursa jornalismo.


(Disponível em: https://claudia.abril.com.br/ – texto adaptado especialmente para esta prova.)

Na linha 23, a expressão “é uma pedra no sapato” NÃO poderia ser substituída corretamente, sem provocar alteração do sentido original do texto, por:

Alternativas
Q2419734 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.


Mulheres com deficiência revelam o que esperam de um futuro inclusivo


Isabella D’Ercolle


01 Mariana Torquato nunca foi apenas Mariana. Desde pequena, sempre que seu nome era

02 citado, ele vinha acompanhado de um comentário cruel relacionado com a sua deficiência. Via

03 as pessoas apontando para mim; algumas perguntavam o que tinha acontecido, conta a

04 criadora do Vai uma Mãozinha Aí?, o maior canal sobre deficiência do YouTube no Brasil. A

05 catarinense de 27 anos nasceu sem o antebraço esquerdo e cresceu sabendo que a sociedade

06 não estava preparada para conviver com pessoas com deficiência (PcDs). Mariana faz parte dos

07 mais de 25 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência, seja física ou

08 intelectual, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

09 Apesar do elevado índice, as iniciativas governamentais voltadas ___ tal parcela da

10 população ainda são escassas. E mesmo as principais legislações em vigor – a Lei de Inclusão,

11 de 2015, que assegura o exercício dos direitos das pessoas com deficiência, e a Lei de Cotas, de

12 1991, que exige que empresas com mais de 100 funcionários tenham vagas destinadas a essas

13 pessoas – muitas vezes são desrespeitadas. “Há quem ache as cotas um absurdo, mas elas se

14 mostram extremamente necessárias em um país como o nosso, que ainda não inseriu

15 socialmente as PcDs. É o único modo de garantir que as empresas percebam que nós existimos”,

16 afirma Carolina Ignarra, sócia-fundadora da Talento Incluir, consultoria especializada em

17 inclusão no mercado de trabalho. Ela abriu o negócio depois de, em 2001, sofrer um acidente,

18 que a deixou paraplégica. Na época, mesmo com um currículo excelente, Carolina só era

19 convocada para vagas que não tinham relação com sua formação acadêmica, de educadora

20 física. Percebeu, então, que, para as corporações, tratava-se apenas de uma tentativa de

21 preencher ___ vagas obrigatórias; elas não estavam preocupadas com as pessoas. “As mulheres

22 são vistas ainda como mais incapazes, e existe a questão da maternidade, que, para algumas

23 companhias, é uma pedra no sapato”, revela Rosemeire Andrade, gerente de inclusão do Núcleo

24 de Aprendizagem Profissional e Assistência Social, que capacita grupos minoritários para o

25 retorno ao mercado de trabalho em São Paulo.

26 Em parte, a dificuldade de conseguir um emprego é resultado do pouco acesso ao sistema

27 de ensino. As estatísticas entregam: 60% das PcDs brasileiras não completaram o ensino

28 fundamental e apenas 0,5% delas está no mercado de trabalho. As barreiras incluem falta de

29 acessibilidade física e também intelectual, já que boa parte das instituições de ensino não oferece

30 auxílio e monitorias especializadas a pessoas com deficiência. E não é um problema exclusivo

31 do sistema público. A estudante paulista de jornalismo Ana Clara Moniz, 21 anos, que tem atrofia

32 muscular espinhal tipo 2, enfrentou obstáculos mesmo tendo frequentado escolas particulares

33 durante toda a vida. “Só depois que entrei no colégio percebi, de fato, o que significava ter uma

34 deficiência. As escolas não queriam me aceitar quando descobriam que eu era PcD”, lembra.

35 Após uma longa busca dos pais, Ana Clara finalmente ingressou na educação infantil e, apesar

36 da falta de experiência da instituição, nunca teve problemas. “Mas sei que sou privilegiada. Isso

37 não é a realidade para a maioria”, completa. Na faculdade, a história é outra. Ela enfrenta certa

38 resistência nos pedidos de mudanças do espaço. “É complicado conseguir chegar ___ salas em

39 cadeira de rodas, e alguns professores não são muito compreensivos. Quando está chovendo, é

40 difícil passar pelas rampas descobertas. Uma vez reclamei que estava tomando chuva e ouvi:

41 ‘Pelo menos em Campinas não chove muito’”, revela. Após o diagnóstico de AME, os médicos

42 acreditavam que Ana Clara Moniz não viveria mais do que dois anos. Hoje, ela cursa jornalismo.


(Disponível em: https://claudia.abril.com.br/ – texto adaptado especialmente para esta prova.)

Considerando a palavra “escassas” (l. 10), analise as assertivas a seguir:


I. A palavra apresenta dois dígrafos.

II. Um sinônimo possível seria “insuficientes”.

III. A palavra é oxítona.


Quais estão corretas?

Alternativas
Q2419735 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.


Mulheres com deficiência revelam o que esperam de um futuro inclusivo


Isabella D’Ercolle


01 Mariana Torquato nunca foi apenas Mariana. Desde pequena, sempre que seu nome era

02 citado, ele vinha acompanhado de um comentário cruel relacionado com a sua deficiência. Via

03 as pessoas apontando para mim; algumas perguntavam o que tinha acontecido, conta a

04 criadora do Vai uma Mãozinha Aí?, o maior canal sobre deficiência do YouTube no Brasil. A

05 catarinense de 27 anos nasceu sem o antebraço esquerdo e cresceu sabendo que a sociedade

06 não estava preparada para conviver com pessoas com deficiência (PcDs). Mariana faz parte dos

07 mais de 25 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência, seja física ou

08 intelectual, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

09 Apesar do elevado índice, as iniciativas governamentais voltadas ___ tal parcela da

10 população ainda são escassas. E mesmo as principais legislações em vigor – a Lei de Inclusão,

11 de 2015, que assegura o exercício dos direitos das pessoas com deficiência, e a Lei de Cotas, de

12 1991, que exige que empresas com mais de 100 funcionários tenham vagas destinadas a essas

13 pessoas – muitas vezes são desrespeitadas. “Há quem ache as cotas um absurdo, mas elas se

14 mostram extremamente necessárias em um país como o nosso, que ainda não inseriu

15 socialmente as PcDs. É o único modo de garantir que as empresas percebam que nós existimos”,

16 afirma Carolina Ignarra, sócia-fundadora da Talento Incluir, consultoria especializada em

17 inclusão no mercado de trabalho. Ela abriu o negócio depois de, em 2001, sofrer um acidente,

18 que a deixou paraplégica. Na época, mesmo com um currículo excelente, Carolina só era

19 convocada para vagas que não tinham relação com sua formação acadêmica, de educadora

20 física. Percebeu, então, que, para as corporações, tratava-se apenas de uma tentativa de

21 preencher ___ vagas obrigatórias; elas não estavam preocupadas com as pessoas. “As mulheres

22 são vistas ainda como mais incapazes, e existe a questão da maternidade, que, para algumas

23 companhias, é uma pedra no sapato”, revela Rosemeire Andrade, gerente de inclusão do Núcleo

24 de Aprendizagem Profissional e Assistência Social, que capacita grupos minoritários para o

25 retorno ao mercado de trabalho em São Paulo.

26 Em parte, a dificuldade de conseguir um emprego é resultado do pouco acesso ao sistema

27 de ensino. As estatísticas entregam: 60% das PcDs brasileiras não completaram o ensino

28 fundamental e apenas 0,5% delas está no mercado de trabalho. As barreiras incluem falta de

29 acessibilidade física e também intelectual, já que boa parte das instituições de ensino não oferece

30 auxílio e monitorias especializadas a pessoas com deficiência. E não é um problema exclusivo

31 do sistema público. A estudante paulista de jornalismo Ana Clara Moniz, 21 anos, que tem atrofia

32 muscular espinhal tipo 2, enfrentou obstáculos mesmo tendo frequentado escolas particulares

33 durante toda a vida. “Só depois que entrei no colégio percebi, de fato, o que significava ter uma

34 deficiência. As escolas não queriam me aceitar quando descobriam que eu era PcD”, lembra.

35 Após uma longa busca dos pais, Ana Clara finalmente ingressou na educação infantil e, apesar

36 da falta de experiência da instituição, nunca teve problemas. “Mas sei que sou privilegiada. Isso

37 não é a realidade para a maioria”, completa. Na faculdade, a história é outra. Ela enfrenta certa

38 resistência nos pedidos de mudanças do espaço. “É complicado conseguir chegar ___ salas em

39 cadeira de rodas, e alguns professores não são muito compreensivos. Quando está chovendo, é

40 difícil passar pelas rampas descobertas. Uma vez reclamei que estava tomando chuva e ouvi:

41 ‘Pelo menos em Campinas não chove muito’”, revela. Após o diagnóstico de AME, os médicos

42 acreditavam que Ana Clara Moniz não viveria mais do que dois anos. Hoje, ela cursa jornalismo.


(Disponível em: https://claudia.abril.com.br/ – texto adaptado especialmente para esta prova.)

Na linha 29, a conjunção “já que” indica a ideia de:

Alternativas
Q2419736 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.


Mulheres com deficiência revelam o que esperam de um futuro inclusivo


Isabella D’Ercolle


01 Mariana Torquato nunca foi apenas Mariana. Desde pequena, sempre que seu nome era

02 citado, ele vinha acompanhado de um comentário cruel relacionado com a sua deficiência. Via

03 as pessoas apontando para mim; algumas perguntavam o que tinha acontecido, conta a

04 criadora do Vai uma Mãozinha Aí?, o maior canal sobre deficiência do YouTube no Brasil. A

05 catarinense de 27 anos nasceu sem o antebraço esquerdo e cresceu sabendo que a sociedade

06 não estava preparada para conviver com pessoas com deficiência (PcDs). Mariana faz parte dos

07 mais de 25 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência, seja física ou

08 intelectual, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

09 Apesar do elevado índice, as iniciativas governamentais voltadas ___ tal parcela da

10 população ainda são escassas. E mesmo as principais legislações em vigor – a Lei de Inclusão,

11 de 2015, que assegura o exercício dos direitos das pessoas com deficiência, e a Lei de Cotas, de

12 1991, que exige que empresas com mais de 100 funcionários tenham vagas destinadas a essas

13 pessoas – muitas vezes são desrespeitadas. “Há quem ache as cotas um absurdo, mas elas se

14 mostram extremamente necessárias em um país como o nosso, que ainda não inseriu

15 socialmente as PcDs. É o único modo de garantir que as empresas percebam que nós existimos”,

16 afirma Carolina Ignarra, sócia-fundadora da Talento Incluir, consultoria especializada em

17 inclusão no mercado de trabalho. Ela abriu o negócio depois de, em 2001, sofrer um acidente,

18 que a deixou paraplégica. Na época, mesmo com um currículo excelente, Carolina só era

19 convocada para vagas que não tinham relação com sua formação acadêmica, de educadora

20 física. Percebeu, então, que, para as corporações, tratava-se apenas de uma tentativa de

21 preencher ___ vagas obrigatórias; elas não estavam preocupadas com as pessoas. “As mulheres

22 são vistas ainda como mais incapazes, e existe a questão da maternidade, que, para algumas

23 companhias, é uma pedra no sapato”, revela Rosemeire Andrade, gerente de inclusão do Núcleo

24 de Aprendizagem Profissional e Assistência Social, que capacita grupos minoritários para o

25 retorno ao mercado de trabalho em São Paulo.

26 Em parte, a dificuldade de conseguir um emprego é resultado do pouco acesso ao sistema

27 de ensino. As estatísticas entregam: 60% das PcDs brasileiras não completaram o ensino

28 fundamental e apenas 0,5% delas está no mercado de trabalho. As barreiras incluem falta de

29 acessibilidade física e também intelectual, já que boa parte das instituições de ensino não oferece

30 auxílio e monitorias especializadas a pessoas com deficiência. E não é um problema exclusivo

31 do sistema público. A estudante paulista de jornalismo Ana Clara Moniz, 21 anos, que tem atrofia

32 muscular espinhal tipo 2, enfrentou obstáculos mesmo tendo frequentado escolas particulares

33 durante toda a vida. “Só depois que entrei no colégio percebi, de fato, o que significava ter uma

34 deficiência. As escolas não queriam me aceitar quando descobriam que eu era PcD”, lembra.

35 Após uma longa busca dos pais, Ana Clara finalmente ingressou na educação infantil e, apesar

36 da falta de experiência da instituição, nunca teve problemas. “Mas sei que sou privilegiada. Isso

37 não é a realidade para a maioria”, completa. Na faculdade, a história é outra. Ela enfrenta certa

38 resistência nos pedidos de mudanças do espaço. “É complicado conseguir chegar ___ salas em

39 cadeira de rodas, e alguns professores não são muito compreensivos. Quando está chovendo, é

40 difícil passar pelas rampas descobertas. Uma vez reclamei que estava tomando chuva e ouvi:

41 ‘Pelo menos em Campinas não chove muito’”, revela. Após o diagnóstico de AME, os médicos

42 acreditavam que Ana Clara Moniz não viveria mais do que dois anos. Hoje, ela cursa jornalismo.


(Disponível em: https://claudia.abril.com.br/ – texto adaptado especialmente para esta prova.)

Considerando o emprego de elementos coesivos, analise as assertivas a seguir e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.


( ) O referente da palavra “catarinense” (l. 05) está na linha 01, “Mariana Torquato”.

( ) Na linha 13, o pronome pessoal “elas” se refere à palavra “pessoas” (l. 13).

( ) Na linha 24, o pronome relativo “que” tem como referente a palavra “gerente” (l. 23).


A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

Alternativas
Q2419737 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.


Mulheres com deficiência revelam o que esperam de um futuro inclusivo


Isabella D’Ercolle


01 Mariana Torquato nunca foi apenas Mariana. Desde pequena, sempre que seu nome era

02 citado, ele vinha acompanhado de um comentário cruel relacionado com a sua deficiência. Via

03 as pessoas apontando para mim; algumas perguntavam o que tinha acontecido, conta a

04 criadora do Vai uma Mãozinha Aí?, o maior canal sobre deficiência do YouTube no Brasil. A

05 catarinense de 27 anos nasceu sem o antebraço esquerdo e cresceu sabendo que a sociedade

06 não estava preparada para conviver com pessoas com deficiência (PcDs). Mariana faz parte dos

07 mais de 25 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência, seja física ou

08 intelectual, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

09 Apesar do elevado índice, as iniciativas governamentais voltadas ___ tal parcela da

10 população ainda são escassas. E mesmo as principais legislações em vigor – a Lei de Inclusão,

11 de 2015, que assegura o exercício dos direitos das pessoas com deficiência, e a Lei de Cotas, de

12 1991, que exige que empresas com mais de 100 funcionários tenham vagas destinadas a essas

13 pessoas – muitas vezes são desrespeitadas. “Há quem ache as cotas um absurdo, mas elas se

14 mostram extremamente necessárias em um país como o nosso, que ainda não inseriu

15 socialmente as PcDs. É o único modo de garantir que as empresas percebam que nós existimos”,

16 afirma Carolina Ignarra, sócia-fundadora da Talento Incluir, consultoria especializada em

17 inclusão no mercado de trabalho. Ela abriu o negócio depois de, em 2001, sofrer um acidente,

18 que a deixou paraplégica. Na época, mesmo com um currículo excelente, Carolina só era

19 convocada para vagas que não tinham relação com sua formação acadêmica, de educadora

20 física. Percebeu, então, que, para as corporações, tratava-se apenas de uma tentativa de

21 preencher ___ vagas obrigatórias; elas não estavam preocupadas com as pessoas. “As mulheres

22 são vistas ainda como mais incapazes, e existe a questão da maternidade, que, para algumas

23 companhias, é uma pedra no sapato”, revela Rosemeire Andrade, gerente de inclusão do Núcleo

24 de Aprendizagem Profissional e Assistência Social, que capacita grupos minoritários para o

25 retorno ao mercado de trabalho em São Paulo.

26 Em parte, a dificuldade de conseguir um emprego é resultado do pouco acesso ao sistema

27 de ensino. As estatísticas entregam: 60% das PcDs brasileiras não completaram o ensino

28 fundamental e apenas 0,5% delas está no mercado de trabalho. As barreiras incluem falta de

29 acessibilidade física e também intelectual, já que boa parte das instituições de ensino não oferece

30 auxílio e monitorias especializadas a pessoas com deficiência. E não é um problema exclusivo

31 do sistema público. A estudante paulista de jornalismo Ana Clara Moniz, 21 anos, que tem atrofia

32 muscular espinhal tipo 2, enfrentou obstáculos mesmo tendo frequentado escolas particulares

33 durante toda a vida. “Só depois que entrei no colégio percebi, de fato, o que significava ter uma

34 deficiência. As escolas não queriam me aceitar quando descobriam que eu era PcD”, lembra.

35 Após uma longa busca dos pais, Ana Clara finalmente ingressou na educação infantil e, apesar

36 da falta de experiência da instituição, nunca teve problemas. “Mas sei que sou privilegiada. Isso

37 não é a realidade para a maioria”, completa. Na faculdade, a história é outra. Ela enfrenta certa

38 resistência nos pedidos de mudanças do espaço. “É complicado conseguir chegar ___ salas em

39 cadeira de rodas, e alguns professores não são muito compreensivos. Quando está chovendo, é

40 difícil passar pelas rampas descobertas. Uma vez reclamei que estava tomando chuva e ouvi:

41 ‘Pelo menos em Campinas não chove muito’”, revela. Após o diagnóstico de AME, os médicos

42 acreditavam que Ana Clara Moniz não viveria mais do que dois anos. Hoje, ela cursa jornalismo.


(Disponível em: https://claudia.abril.com.br/ – texto adaptado especialmente para esta prova.)

Assinale a alternativa que NÃO apresenta estrutura retirada do texto na voz passiva.

Alternativas
Q2419738 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.


Mulheres com deficiência revelam o que esperam de um futuro inclusivo


Isabella D’Ercolle


01 Mariana Torquato nunca foi apenas Mariana. Desde pequena, sempre que seu nome era

02 citado, ele vinha acompanhado de um comentário cruel relacionado com a sua deficiência. Via

03 as pessoas apontando para mim; algumas perguntavam o que tinha acontecido, conta a

04 criadora do Vai uma Mãozinha Aí?, o maior canal sobre deficiência do YouTube no Brasil. A

05 catarinense de 27 anos nasceu sem o antebraço esquerdo e cresceu sabendo que a sociedade

06 não estava preparada para conviver com pessoas com deficiência (PcDs). Mariana faz parte dos

07 mais de 25 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência, seja física ou

08 intelectual, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

09 Apesar do elevado índice, as iniciativas governamentais voltadas ___ tal parcela da

10 população ainda são escassas. E mesmo as principais legislações em vigor – a Lei de Inclusão,

11 de 2015, que assegura o exercício dos direitos das pessoas com deficiência, e a Lei de Cotas, de

12 1991, que exige que empresas com mais de 100 funcionários tenham vagas destinadas a essas

13 pessoas – muitas vezes são desrespeitadas. “Há quem ache as cotas um absurdo, mas elas se

14 mostram extremamente necessárias em um país como o nosso, que ainda não inseriu

15 socialmente as PcDs. É o único modo de garantir que as empresas percebam que nós existimos”,

16 afirma Carolina Ignarra, sócia-fundadora da Talento Incluir, consultoria especializada em

17 inclusão no mercado de trabalho. Ela abriu o negócio depois de, em 2001, sofrer um acidente,

18 que a deixou paraplégica. Na época, mesmo com um currículo excelente, Carolina só era

19 convocada para vagas que não tinham relação com sua formação acadêmica, de educadora

20 física. Percebeu, então, que, para as corporações, tratava-se apenas de uma tentativa de

21 preencher ___ vagas obrigatórias; elas não estavam preocupadas com as pessoas. “As mulheres

22 são vistas ainda como mais incapazes, e existe a questão da maternidade, que, para algumas

23 companhias, é uma pedra no sapato”, revela Rosemeire Andrade, gerente de inclusão do Núcleo

24 de Aprendizagem Profissional e Assistência Social, que capacita grupos minoritários para o

25 retorno ao mercado de trabalho em São Paulo.

26 Em parte, a dificuldade de conseguir um emprego é resultado do pouco acesso ao sistema

27 de ensino. As estatísticas entregam: 60% das PcDs brasileiras não completaram o ensino

28 fundamental e apenas 0,5% delas está no mercado de trabalho. As barreiras incluem falta de

29 acessibilidade física e também intelectual, já que boa parte das instituições de ensino não oferece

30 auxílio e monitorias especializadas a pessoas com deficiência. E não é um problema exclusivo

31 do sistema público. A estudante paulista de jornalismo Ana Clara Moniz, 21 anos, que tem atrofia

32 muscular espinhal tipo 2, enfrentou obstáculos mesmo tendo frequentado escolas particulares

33 durante toda a vida. “Só depois que entrei no colégio percebi, de fato, o que significava ter uma

34 deficiência. As escolas não queriam me aceitar quando descobriam que eu era PcD”, lembra.

35 Após uma longa busca dos pais, Ana Clara finalmente ingressou na educação infantil e, apesar

36 da falta de experiência da instituição, nunca teve problemas. “Mas sei que sou privilegiada. Isso

37 não é a realidade para a maioria”, completa. Na faculdade, a história é outra. Ela enfrenta certa

38 resistência nos pedidos de mudanças do espaço. “É complicado conseguir chegar ___ salas em

39 cadeira de rodas, e alguns professores não são muito compreensivos. Quando está chovendo, é

40 difícil passar pelas rampas descobertas. Uma vez reclamei que estava tomando chuva e ouvi:

41 ‘Pelo menos em Campinas não chove muito’”, revela. Após o diagnóstico de AME, os médicos

42 acreditavam que Ana Clara Moniz não viveria mais do que dois anos. Hoje, ela cursa jornalismo.


(Disponível em: https://claudia.abril.com.br/ – texto adaptado especialmente para esta prova.)

Quantas orações compõem o período a seguir, retirado do texto: “A catarinense de 27 anos nasceu sem o antebraço esquerdo e cresceu sabendo que a sociedade não estava preparada para conviver com pessoas com deficiência (PcDs)”?

Alternativas
Q2419739 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.


Mulheres com deficiência revelam o que esperam de um futuro inclusivo


Isabella D’Ercolle


01 Mariana Torquato nunca foi apenas Mariana. Desde pequena, sempre que seu nome era

02 citado, ele vinha acompanhado de um comentário cruel relacionado com a sua deficiência. Via

03 as pessoas apontando para mim; algumas perguntavam o que tinha acontecido, conta a

04 criadora do Vai uma Mãozinha Aí?, o maior canal sobre deficiência do YouTube no Brasil. A

05 catarinense de 27 anos nasceu sem o antebraço esquerdo e cresceu sabendo que a sociedade

06 não estava preparada para conviver com pessoas com deficiência (PcDs). Mariana faz parte dos

07 mais de 25 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência, seja física ou

08 intelectual, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

09 Apesar do elevado índice, as iniciativas governamentais voltadas ___ tal parcela da

10 população ainda são escassas. E mesmo as principais legislações em vigor – a Lei de Inclusão,

11 de 2015, que assegura o exercício dos direitos das pessoas com deficiência, e a Lei de Cotas, de

12 1991, que exige que empresas com mais de 100 funcionários tenham vagas destinadas a essas

13 pessoas – muitas vezes são desrespeitadas. “Há quem ache as cotas um absurdo, mas elas se

14 mostram extremamente necessárias em um país como o nosso, que ainda não inseriu

15 socialmente as PcDs. É o único modo de garantir que as empresas percebam que nós existimos”,

16 afirma Carolina Ignarra, sócia-fundadora da Talento Incluir, consultoria especializada em

17 inclusão no mercado de trabalho. Ela abriu o negócio depois de, em 2001, sofrer um acidente,

18 que a deixou paraplégica. Na época, mesmo com um currículo excelente, Carolina só era

19 convocada para vagas que não tinham relação com sua formação acadêmica, de educadora

20 física. Percebeu, então, que, para as corporações, tratava-se apenas de uma tentativa de

21 preencher ___ vagas obrigatórias; elas não estavam preocupadas com as pessoas. “As mulheres

22 são vistas ainda como mais incapazes, e existe a questão da maternidade, que, para algumas

23 companhias, é uma pedra no sapato”, revela Rosemeire Andrade, gerente de inclusão do Núcleo

24 de Aprendizagem Profissional e Assistência Social, que capacita grupos minoritários para o

25 retorno ao mercado de trabalho em São Paulo.

26 Em parte, a dificuldade de conseguir um emprego é resultado do pouco acesso ao sistema

27 de ensino. As estatísticas entregam: 60% das PcDs brasileiras não completaram o ensino

28 fundamental e apenas 0,5% delas está no mercado de trabalho. As barreiras incluem falta de

29 acessibilidade física e também intelectual, já que boa parte das instituições de ensino não oferece

30 auxílio e monitorias especializadas a pessoas com deficiência. E não é um problema exclusivo

31 do sistema público. A estudante paulista de jornalismo Ana Clara Moniz, 21 anos, que tem atrofia

32 muscular espinhal tipo 2, enfrentou obstáculos mesmo tendo frequentado escolas particulares

33 durante toda a vida. “Só depois que entrei no colégio percebi, de fato, o que significava ter uma

34 deficiência. As escolas não queriam me aceitar quando descobriam que eu era PcD”, lembra.

35 Após uma longa busca dos pais, Ana Clara finalmente ingressou na educação infantil e, apesar

36 da falta de experiência da instituição, nunca teve problemas. “Mas sei que sou privilegiada. Isso

37 não é a realidade para a maioria”, completa. Na faculdade, a história é outra. Ela enfrenta certa

38 resistência nos pedidos de mudanças do espaço. “É complicado conseguir chegar ___ salas em

39 cadeira de rodas, e alguns professores não são muito compreensivos. Quando está chovendo, é

40 difícil passar pelas rampas descobertas. Uma vez reclamei que estava tomando chuva e ouvi:

41 ‘Pelo menos em Campinas não chove muito’”, revela. Após o diagnóstico de AME, os médicos

42 acreditavam que Ana Clara Moniz não viveria mais do que dois anos. Hoje, ela cursa jornalismo.


(Disponível em: https://claudia.abril.com.br/ – texto adaptado especialmente para esta prova.)

Assinale a alternativa que indica a correta função sintática exercida pela oração a seguir “que sou privilegiada” (l. 36).

Alternativas
Q2419740 Pedagogia

A educação básica é obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade. Nesse sentido, assinale V, se verdadeiro, ou F, se falso, quanto a maneira que é organizada a educação básica.


( ) Pré-escola.

( ) Ensino fundamental.

( ) Ensino médio.


A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

Alternativas
Q2419741 Pedagogia

Os pais ou responsáveis devem matricular suas crianças na educação básica a partir de que idade?

Alternativas
Q2419742 Pedagogia

Em relação à educação infantil e ensino fundamental, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas, quanto às suas regras comuns.


( ) Atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral.

( ) O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais.

( ) Avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.


A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

Alternativas
Q2419743 Pedagogia

Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal compreendem, EXCETO:

Alternativas
Q2419744 Pedagogia

Entende-se por educação especial a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com:


I. Deficiência.

II. Transtornos globais do desenvolvimento.

III. Altas habilidades ou superdotação.


Quais estão corretas?

Alternativas
Q2419745 Pedagogia

A avaliação na educação infantil será organizada mediante:

Alternativas
Q2419746 Pedagogia

Em relação à jornada escolar no ensino fundamental, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q2419747 Pedagogia

A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, ao preparo para o exercício da cidadania e à qualificação para o trabalho. Nesse sentido, assinale a alternativa correta quanto ao que deve ser assegurado.

Alternativas
Q2419748 Pedagogia

Em relação às diretrizes do Plano Nacional de Educação, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Q2419749 Pedagogia

De acordo com a Base Nacional Comum Curricular, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores, a fim de resolver demandas complexas:


I. Da vida cotidiana.

II. Do pleno exercício da cidadania.

III. Do mundo do trabalho.


Quais estão corretas?

Alternativas
Respostas
1: C
2: B
3: A
4: E
5: B
6: C
7: D
8: E
9: D
10: A
11: A
12: B
13: C
14: D
15: E
16: A
17: B
18: C
19: D
20: E