Questões de Concurso Público Prefeitura de Uberaba - MG 2016 para Professor - Português

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Q1112309 Português
Relacione a COLUNA II à COLUNA I, associando os tipos de coesão sequencial aos elementos que os caracterizam.

COLUNA I

1.
Sequenciação parafrásica
2.Sequenciação frástica

COLUNA II
(   )Repetição lexical
(   )
Progressão temática
(   )Paralelismo e paráfrase
(   )
Encadeamento por justaposição
(   )Recorrência de tempo verbal

A sequência
CORRETA é:
Alternativas
Q1112310 Português
Em relação à oralidade e à escrita, considere estas afirmativas:

I.
As semelhanças entre a oralidade e a escrita são maiores do que as diferenças, tanto nos aspectos estritamente linguísticos quanto nos aspectos sociocomunicativos (as diferenças estão mais presentes na ordem das preferências e condicionamentos).
II.
As relações entre a modalidade oral e escrita podem ser mais bem compreendidas quando observadas no contínuo dos gêneros textuais (que em boa medida se dão em relações de contrapartes, ocorrendo, em grau significativo, gêneros similares nas duas modalidades).
III.Muitas das características diferenciais atribuídas a uma das modalidades são propriedades da língua (por exemplo, contextualização / descontextualização; envolvimento / distanciamento).
IV.Fala e escrita são diferentes, mas as diferenças não são polares, e sim graduais e contínuas. A visão dicotômica da relação entre a língua falada e a língua escrita não mais se sustenta, pois elas são duas alternativas de atualização da língua nas atividades sociointerativas diárias.

Estão
CORRETAS as afirmativas:
Alternativas
Q1112311 Português
 Padrão para o ensino

[1] Não era fácil a vida de consumidores e comerciantes na Idade Média. O padrão de pesos e medidas era bastante diversificado, variando às vezes de cidade para cidade. Não é uma coincidência que uma das exigências que os barões ingleses impuseram ao rei João, na Magna Carta, de 1215, tenha sido a uniformização de medidas para vinhos, cervejas e cereais.
[2] Podemos ir mais longe e afirmar que a revolução
científica experimentada pela humanidade a partir do século 16 só foi possível porque pesquisadores conseguiram desenvolver unidades de medida cada vez mais precisas e entrar em acordo quanto à sua utilização.
[3] Por incrível que pareça, a educação brasileira ainda
vive uma fase pré-Magna Carta, já que não contamos com um currículo nacional padronizado que permita a professores, alunos e pais saber com algum grau de detalhamento o que precisa ser ensinado (e aprendido) em cada fase da vida acadêmica de crianças e adolescentes. Sem esse consenso, fica bem mais difícil planejar e preparar aulas, desenvolver mecanismos de avaliação e recuperação e mesmo produzir material didático de qualidade. Até a mobilidade do estudante fica comprometida, já que diferentes escolas podem em princípio estar ensinando conteúdos muito distintos.
[4] A boa notícia é que, ainda que com um atraso de
quase 30 anos em relação à previsão constitucional, o Ministério da Educação acaba de apresentar sua proposta para a Base Nacional Comum Curricular (BNC). A ideia é que ela seja discutida e aprimorada nos próximos meses.

SCHWARTSMAN, Helio. Padrão para o Ensino. Folha de S.Paulo. 18 set. 2015.
Considerando a composição desse texto e a organização de sua sequência argumentativa, é INCORRETO afirmar:
Alternativas
Q1112312 Português
 Padrão para o ensino

[1] Não era fácil a vida de consumidores e comerciantes na Idade Média. O padrão de pesos e medidas era bastante diversificado, variando às vezes de cidade para cidade. Não é uma coincidência que uma das exigências que os barões ingleses impuseram ao rei João, na Magna Carta, de 1215, tenha sido a uniformização de medidas para vinhos, cervejas e cereais.
[2] Podemos ir mais longe e afirmar que a revolução
científica experimentada pela humanidade a partir do século 16 só foi possível porque pesquisadores conseguiram desenvolver unidades de medida cada vez mais precisas e entrar em acordo quanto à sua utilização.
[3] Por incrível que pareça, a educação brasileira ainda
vive uma fase pré-Magna Carta, já que não contamos com um currículo nacional padronizado que permita a professores, alunos e pais saber com algum grau de detalhamento o que precisa ser ensinado (e aprendido) em cada fase da vida acadêmica de crianças e adolescentes. Sem esse consenso, fica bem mais difícil planejar e preparar aulas, desenvolver mecanismos de avaliação e recuperação e mesmo produzir material didático de qualidade. Até a mobilidade do estudante fica comprometida, já que diferentes escolas podem em princípio estar ensinando conteúdos muito distintos.
[4] A boa notícia é que, ainda que com um atraso de
quase 30 anos em relação à previsão constitucional, o Ministério da Educação acaba de apresentar sua proposta para a Base Nacional Comum Curricular (BNC). A ideia é que ela seja discutida e aprimorada nos próximos meses.

SCHWARTSMAN, Helio. Padrão para o Ensino. Folha de S.Paulo. 18 set. 2015.

Observe este esquema.
Imagem associada para resolução da questão

Com base nesse esquema e na leitura do primeiro parágrafo do texto, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Q1112313 Português

O texto é lugar de interação entre sujeitos sociais. [...] A leitura de um texto exige mais que o simples conhecimento linguístico compartilhado pelos interlocutores: o leitor é, necessariamente, levado a mobilizar estratégias tanto de ordem linguística, como cognitiva e discursiva, com o fim de levantar hipóteses, validar ou não as hipóteses formuladas, preencher as lacunas que o texto apresenta, enfim, participar, de forma ativa, da construção do sentido. Desta forma, autor e leitor devem ser vistos como ‘estrategistas’ na interação pela linguagem.


Na concepção interacional ou dialógica da língua consideram-se os sujeitos como atores ou construtores sociais, sujeitos ativos que se constroem e são construídos no texto. Desse modo, há lugar, em todo texto, para uma enorme gama de implícitos, dos mais variados tipos, só detectáveis quando se tem, como pano de fundo o contexto social e cognitivo dos participantes da interação.


Nessa ótica, o sentido do texto é construído na interação entre o texto e os sujeitos e não é algo que preexiste a essa interação. A leitura é, pois, atividade interativa de produção de sentidos, que se realiza com base nos elementos linguísticos presentes na superfície textual e na sua forma de organização, mas que requer a mobilização de vasto conjunto de saberes no interior do evento comunicativo. Ou seja:
a) a leitura é uma atividade na qual se levam em conta as experiências e os conhecimentos do leitor;
b) a leitura exige do leitor bem mais do que o conhecimento do código linguístico, uma vez que o texto não é somente o produto da codificação de um emissor a ser decodificado por um receptor passivo.
A leitura é vista como atividade em que pesam as experiências e os conhecimentos do leitor; e exige dele mais do que o conhecimento do código. Para construir o sentido, o leitor utiliza-se de uma série de estratégias, entre as quais a seleção, antecipação, inferência e verificação.

A antecipação consiste em levantar hipóteses sobre o conteúdo do texto, que, na leitura, vão sendo submetidas a verificação. Para tanto, o leitor seleciona pistas – elementos linguísticos do texto que autorizem sua leitura – e produz inferências que lhe permitem preencher as lacunas do texto ou desfazer ambiguidades, com base em seu conhecimento de mundo.
Espera-se que o leitor processe, critique, contradiga ou avalie a informação que tem diante de si, que a aceite ou a conteste, procure construir um sentido para o que lê e seja capaz de justificar a leitura feita. [...]
É claro que não devemos nos esquecer de que a constante interação entre o texto e o leitor é regulada também pelo propósito com que o texto é lido. De modo geral, podemos dizer que há textos que lemos para nos manter informados (jornais, revistas); outros que lemos para realizar trabalhos acadêmicos (dissertações, livros, periódicos científicos); outros, ainda, cuja leitura é por puro deleite (poemas, contos, romances); os que lemos para consulta (dicionários, catálogos), os que somos obrigados a ler de vez em quando (manuais, bulas), os que nos caem em mãos (panfletos) ou que nos são constantemente apresentados (outdoors, cartazes, faixas). São, pois, os objetivos do leitor que nortearão o modo de leitura, em mais tempo ou em menos tempo, com mais atenção ou com menos atenção, com maior engajamento ou com menor engajamento. [...]
Assim, o sentido que se constrói a partir de um texto pode variar conforme o modo como o texto foi constituído, do que foi explicitamente revelado e implicitamente sugerido; por outro lado, na dependência da ativação, por parte do leitor, de conhecimentos de natureza vária e de sua atitude perante o texto.

KOCH, Ingedore G. Villaça. 
Acesso em: 22 ago. 2009. [Fragmento].

Em relação ao conceito de leitura delineado nesse texto, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Respostas
11: B
12: D
13: B
14: C
15: A