Questões de Concurso Público UFRB 2015 para Museólogo

Foram encontradas 70 questões

Ano: 2015 Banca: FUNRIO Órgão: UFRB Prova: FUNRIO - 2015 - UFRB - Museólogo |
Q533154 Museologia
“Então não eram realmente os mesmos, esses negros, não tinham as mesmas caras galhofeiras que exibiam na festa, não pertenciam a ninguém, como lá sempre pertenceriam. E pelo menos hoje podiam bater seus tambores, pois haviam ido embora o barão, a baronesa e seus convidados." (RIBEIRO, João Ubaldo. Viva o povo brasileiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. p.166).


    O trecho da obra de João Ubaldo Ribeiro se refere a manifestações da cultura negra no Brasil, um país construído a partir de dicotomias diversas entre a cultura dita “oficial" e culturas subalternas. A constituição de um patrimônio nacional brasileiro se deu, em diversos momentos da nossa história recente, por meio da disseminação da noção contraditória de que as diferenças são compartilhadas no bojo de uma cultura única e homogênea.


   Sobre o processo de legitimação do patrimônio nacional e o reconhecimento da cultura produzida pela diáspora africana no Brasil, é possível afirmar o seguinte:

Alternativas
Ano: 2015 Banca: FUNRIO Órgão: UFRB Prova: FUNRIO - 2015 - UFRB - Museólogo |
Q533155 Museologia
O Brasil possui atualmente cinco manifestações culturais consideradas, pela UNESCO, como Patrimônio Imaterial da Humanidade: a pintura corporal e arte gráfica dos índios Wajãpi, o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, o frevo pernambucano, a roda de capoeira e o samba de roda do Recôncavo Baiano. Que princípio / conceito encontra-se no cerne dos documentos internacionais e das políticas públicas que lidam com este tipo de patrimônio e qual o seu fundamento?
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Ano: 2015 Banca: FUNRIO Órgão: UFRB Prova: FUNRIO - 2015 - UFRB - Museólogo |
Q533156 Museologia
A “Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural”, da UNESCO, foi adotada em 1972. Chamava a atenção para o fato do patrimônio se encontrar ameaçado não apenas pelas causas tradicionais de degradação, mas também por outro motivo. Que motivo era este?
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Ano: 2015 Banca: FUNRIO Órgão: UFRB Prova: FUNRIO - 2015 - UFRB - Museólogo |
Q533157 Museologia
Segundo Isabel André e Alexandre Abreu, em Dimensões e espaços da inovação social (2006), “inovação social implica sempre uma iniciativa que escapa à ordem estabelecida, uma nova forma de pensar ou fazer algo, uma mudança social qualitativa, uma alternativa – ou até mesmo uma ruptura – face aos processos tradicionais (...). (...) apresenta-se como uma manifestação do(s) sujeito(s) (...), supõe uma atitude crítica e o desejo de mudar (...). (...) pode manifestar-se nas políticas que se dirigem à inclusão de pessoas ou coletivos de base territorial.” Relacionando-se esse conceito à Museologia, onde ele é mais facilmente aplicado / encontrado?
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Ano: 2015 Banca: FUNRIO Órgão: UFRB Prova: FUNRIO - 2015 - UFRB - Museólogo |
Q533158 Museologia
Em 1984, o Terreiro Casa Branca, localizado na cidade de Salvador, seria o primeiro terreiro de candomblé a receber oficialmente o reconhecimento como um elemento crucial na preservação da identidade religiosa de determinados segmentos sociais ligados à matriz cultural africana no Brasil. Neste momento, ainda que alguns antropólogos defendessem enfaticamente o seu tombamento por representar um exemplo da “pureza" da tradição Nagô, alguns arquitetos não viam razões estéticas que justificassem o tombamento do prédio como monumento nacional. Tratou-se de um processo complexo de negociações até que o terreiro fosse efetivamente tombado pelo SPHAN. Como relata o antropólogo José Reginaldo Gonçalves:

“Depois de uma tensa reunião do Conselho Consultivo do SPHAN, em Salvador, na tarde de 30 de maio de 1984, o Terreiro Casa Branca foi oficialmente tombado como monumento nacional. Nada similar havia ocorrido até então na história do patrimônio cultural no Brasil, e o caso tornou-se o foco de um intenso debate entre defensores e adversários daquela decisão .Estes últimos questionavam como seria possível o “tombamento" de um espaço que abrigava algo vivo e em permanente mudança, um culto religioso popular com seus diversos rituais. O tombamento de um prédio, uma ruína, ou um objeto pressupõe sua permanência e imutabilidade. Mas como, perguntavam, poderia um terreiro de candomblé ser mantido de forma inalterada?"

(GONÇALVES, José Reginaldo Santos. A retórica da perda. Os discursos do patrimônio cultural no Brasil. Rio de Janeiro: UFRJ; Ministério da Cultura / IPHAN, 2002. p.76-77.)


Sobre o debate descrito por Golçalves no trecho acima citado, podemos afirmar que ele refletia

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Ano: 2015 Banca: FUNRIO Órgão: UFRB Prova: FUNRIO - 2015 - UFRB - Museólogo |
Q533159 Museologia
Os efeitos da luz sobre os objetos são cumulativos e costumam ser irreversíveis. Para reduzir a deterioração da superfície do objeto é preciso controlar a iluminação que incide sobre ele. Das alternativas abaixo, indique a única que está correta.
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Ano: 2015 Banca: FUNRIO Órgão: UFRB Prova: FUNRIO - 2015 - UFRB - Museólogo |
Q533160 Museologia

A Documentação Museológica é algo que ocupa boa parte das preocupações e do trabalho dos profissionais de museus. Helena Barbuy (2008) pondera que os sistemas de informação nos museus podem ter graus diferenciados de complexidade e sofisticação. No entanto, defende que existiria uma função ideal (um objetivo central) para um sistema desses. Qual?

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Ano: 2015 Banca: FUNRIO Órgão: UFRB Prova: FUNRIO - 2015 - UFRB - Museólogo |
Q533161 Museologia
Nas últimas décadas do século XX e, sobretudo, no início do XXI, se disseminaram na América Latina e particularmente no Brasil formas inovadoras de museus e de práticas museológicas. A experiência sobre o território mediada pelos museus é analisada no âmbito das relações humanas que nele sucedem e a museologia passa a estudar os processos de reconciliação do humano com o meio ambiente integral. Considerando as relações humanas com o meio nestes “novos museus”, entre as alternativas abaixo apresentadas, em que tipo de museus essas tendências podem ser claramente identificadas?
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Ano: 2015 Banca: FUNRIO Órgão: UFRB Prova: FUNRIO - 2015 - UFRB - Museólogo |
Q533162 Museologia
A exposição, que pode ser entendida como a principal via de comunicação dos museus, constitui, com efeito, um campo nitidamente mais vasto uma vez que ela pode ser desenvolvida por uma instituição lucrativa (mercado, loja, galeria de arte) e ser concebida com as mais distintas finalidades. Ela pode ser organizada em um lugar fechado, mas também a céu aberto (parque ou rua) ou in situ, isto é, sem necessariamente implicar no deslocamento dos objetos (como no caso de sítios naturais, arqueológicos ou históricos). Sendo assim, nem toda exposição pode ser caracterizada como “exposição museológica”. Entre as opções abaixo apresentadas, o que determina que uma exposição seja efetivamente qualificada como “museológica”?
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Ano: 2015 Banca: FUNRIO Órgão: UFRB Prova: FUNRIO - 2015 - UFRB - Museólogo |
Q533163 Museologia
Como resultado da primeira conferência da Década das Nações unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Declaração de Ahmedabad enfatiza o potencial de ação que possui a educação para mobilizar as pessoas em prol de estilos de vida e políticas sustentáveis. “Educação para a vida; educação pela vida; educação através da vida": as palavras de Ghandi representam o ideal de uma educação participativa e permanente. Ainda segundo a Declaração de Ahmedabad, para se alcançar um suposto desenvolvimento sustentável embasado na promessa do aumento da qualidade de vida, é preciso promover o empoderamento de todas as pessoas, segundo princípios de igualdade e de justiça social, e a mesma afirma que a chave deste empoderamento é a educação orientada para a ação.


A partir das considerações da citada Declaração, nos países pobres, como os museus do presente podem contribuir para o amplo acesso aos recursos naturais e promover a sustentabilidade por meio da educação permanente?

Alternativas
Respostas
31: D
32: E
33: C
34: B
35: C
36: C
37: E
38: A
39: E
40: B