Questões de Concurso Público Instituto Rio Branco 2019 para Diplomata - Prova 2
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A dissolução da Assembleia Constituinte por D. Pedro I, no episódio conhecido como “Noite da Agonia”, foi motivada pelo impasse entre o imperador e a maioria dos constituintes, que buscavam limitar o Poder Executivo do monarca. Ecoando como uma clara demonstração do poder do imperador e da influência dos burocratas que o cercavam – muitos deles portugueses –, esse atos discricionários do soberano alimentaram movimentos provinciais federativos e republicanos, cujo desdobramento mais candente foi a Confederação do Equador, proclamada pouco tempo depois da Constituição Outorgada de 1824.
À luz da necessidade de renovação do Tratado de 1810, que caducava em 1825, o Reino Unido propôs-se a mediar as tratativas para o reconhecimento oficial da Independência do Brasil por Portugal, tendo sido mesmo um inglês o representante de Portugal nas negociações dos respectivos termos finais. Se, para Portugal, a Independência do Brasil foi negociada de uma perspectiva eminentemente política, para a Inglaterra, tratava-se, em larga medida, de uma oportunidade comercial, motivo por que esta impôs o fim do tráfico de escravos como uma das condições para o reconhecimento da Independência brasileira.
Apesar de certa desconfiança em vista da adoção do regime monárquico de governo, a Independência do Brasil tardou poucos anos a ser reconhecida pelas repúblicas sul-americanas e pelos Estados Unidos. Também na África, a notícia foi recebida com entusiasmo por muitas lideranças locais, sendo africana a primeira monarquia a reconhecer a Independência do Brasil.
Primeira negociação chefiada pelo Barão do Rio Branco em tema de fronteiras, a controvérsia com a Argentina pela região de Palmas foi resolvida de maneira favorável ao pleito brasileiro, por meio da arbitragem do presidente norte-americano Grover Cleveland.
Considerando a política externa brasileira no período conhecido como República Velha, julgue (C ou E) o item a seguir.
Fiel ao princípio da igualdade entre os estados, que lhe
rendeu o epíteto de Águia da Haia, Rui Barbosa foi um
dos maiores defensores da neutralidade brasileira por
ocasião da Primeira Guerra Mundial.