Questões de Concurso Público Prefeitura de Palhoça - SC 2021 para Médico Clínico Geral ESF

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Q1728223 Medicina
O tratamento do choque anafilático deve ser iniciado com rapidez nos serviços de saúde de urgência e emergência. É importante saber que, apesar de ser uma situação de emergência, é controlável e reversível desde que diagnosticada e tratada a tempo. O esclarecimento e a correta orientação do paciente e de seus familiares, bem como a prevenção, constituem o melhor tratamento da anafilaxia, reduzindo sua mortalidade.
É correto afirmar sobre o tratamento do choque anafilático:
I. São mínimas as evidências que sustentam o uso de anti-histamínicos H2 no contexto de emergência alérgica. Em adultos, sua administração, em conjunto com anti-histamínicos H1, determina bloqueio H1 mais eficaz e resolução mais rápida da urticária. Não existem, entretanto, diferenças em relação ao controle da pressão arterial sistêmica e de outra sintomatologia em relação ao uso isolado de bloqueadores H1. Se for feita opção pelo seu uso, a ranitidina é a droga de escolha, 50 mg (ou 1,25 mg/kg/dose para crianças), intravenosa, em cinco minutos, até de 8/8 horas. II. Em casos sem evidências de choque, a epinefrina pode ser administrada por via endovenosa (EV), o que propicia picos mais rápidos e mais concentração que a via subcutânea, sendo esta reservada para casos mais leves de anafilaxia. A dose (EV) preconizada é de 0,8 a 0,9 mg (0,8 a 0,9 mL de uma solução de 1:1.000), podendo ser repetida cinco a 10 minutos, quando necessário. A infusão IV é indicada nos pacientes com hipotensão arterial, sinais de choque ou naqueles que não respondem à administração EV de epinefrina e à reposição volêmica. A dose IV recomendada é de 10 a 20 ug por minuto, em infusão contínua. III. Os corticoides são usados empiricamente com o intuito de se procurar evitar reações tardias, objetivo nem sempre atingido. Podem atuar também no manejo do broncoespasmo. Provavelmente não desempenham papel relevante no tratamento da fase aguda e seus efeitos só são observados horas após sua administração. A metilprednisolona é a droga de escolha, 125 mg (1 a 2 mg/kg/dose para crianças) de 6/6 horas, IV. Uma vez instituída a corticosterapia, ela pode ser interrompida em três a quatro dias. IV. O glucagon constitui opção de tratamento para reações pouco responsivas à epinefrina, com hipotensão e bradicardia refratárias, como em pacientes em uso de beta-bloqueadores. Antes de indicá-lo, deve-se aferir se a epinefrina foi administrada adequadamente, além de verificar sua validade. O glucagon é agente inotrópico e cronotrópico positivo e exerce efeitos vasculares independentes dos receptores beta-adrenérgicos. Induz também o aumento de catecolaminas endógenas. Seus efeitos colaterais mais comuns são náuseas, vômitos e hiperglicemia. É usado nas doses de 1 a 2 mg (20-30 mg/kg, máximo de 1 mg em crianças), IV, em cinco minutos, seguido de infusão contínua de 5 a 15 mg/minuto. Outra opção é o uso IM, 1 a 2 mg de 5/5 minutos.
A sequência correta é:
Alternativas
Q1728224 Medicina
A Portaria n° 204 de 17/02/2016 estabeleceu que as intoxicações exógenas (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados), devem ser tratadas como um agravo à saúde de notificação compulsória semanal. Este componente da vigilância das intoxicações exógenas fornece as informações tanto para o acompanhamento dos casos individualmente, como para a identificação do perfil epidemiológico da população atingida pelas intoxicações.
É correto afirmar:
I. Dependendo do agente envolvido podem ser solicitados exames laboratoriais, ECG, exames de imagem (RX, TC) ou endoscopia digestiva alta. II. O manejo adequado de um paciente com suspeita de intoxicação depende do agente envolvido e da sua toxicidade, assim como do tempo decorrido entre a exposição e o atendimento. Além do suporte, o tratamento envolve medidas específicas como descontaminação, administração de antídotos e técnicas de eliminação. III. O carvão ativado na maioria das vezes deverá ser utilizado em dose única, porém pode ser administrado em doses múltiplas como medida de eliminação, em exposições a agentes de ação prolongada ou com circulação ênterohepática, como o fenobarbital, carbamazepina, dapsona, clorpropramida, dentre outros. As formas de administração em dose única são: Crianças: 2,5 g/kg, em uma suspensão com água ou SF 0,9% na proporção de 4-8 mL/g. º Adultos: 100 g em 250 mL de água ou SF 0,9%. IV. Hemodiálise ou hemoperfusão: são técnicas comunmente utilizadas. São geralmente indicadas quando a velocidade de depuração da substância pode ser menor pela remoção extracorpórea do que pelo próprio clearance endógeno, que ocorre nos casos de nítida deterioração do quadro clínico do paciente ou quando os níveis séricos da substância determinam mau prognóstico. A hemodiálise pode ser útil em intoxicações por fenobarbital, teofilina, lítio, salicilatos e álcoois tóxicos.
A sequência correta é:
Alternativas
Q1728225 Medicina
As parasitoses intestinais são muito frequentes na infância. São consideradas problema de saúde pública, principalmente nas áreas rurais e periferias das cidades dos países chamados subdesenvolvidos, onde são mais frequentes. As parasitoses são a doença mais comum do mundo, atingindo cerca de 25% da população mundial (1 em cada 4 pessoas). Sua transmissão depende das condições sanitárias e de higiene das comunidades. Além disso, muitas dessas parasitoses relacionam-se a déficit no desenvolvimento físico e cognitivo e desnutrição.
Com relação às parasitoses é correto afirmar:
Alternativas
Q1728226 Medicina
A doença ulcerosa péptica é um defeito da mucosa, seja gástrica ou duodenal, podendo se estender além dela. Aproximadamente 70% das úlceras são assintomáticas, podendo ser descobertas apenas nas complicações, como hemorragia ou perfuração. Quando sintomática, apresenta geralmente dor abdominal no hipocôndrio direito ou esquerdo. Classicamente, na úlcera duodenal, a dor ocorre 2 a 5 horas após a refeição e à noite. Outros sintomas são empachamento pós-prandial, saciedade precoce, náuseas, pirose e regurgitação. O diagnóstico é feito a partir da suspeita clínica e estabelecido com a visualização da úlcera na endoscopia digestiva alta.
Com relação às complicações da doença ulcerosa péptica é correto afirmar:
I. Pacientes com úlceras associadas a H. pylori apresentam riscos 3 a 6 vezes menores de processo canceroso gástrico posteriormente. II. A úlcera péptica pode penetrar a parede do estômago. Se as aderências impedirem o vazamento para a cavidade abdominal, evita-se a perfuração livre e ocorre perfuração bloqueada. III. Úlceras que perfuram para a cavidade abdominal não limitada por aderências em geral estão localizadas na parede duodenal anterior ou, com menos frequência, no estômago. O paciente se apresenta com abdome agudo. Há uma dor súbita, intensa e contínua no epigástrio que se dissemina rapidamente pelo abdome, em geral tornando-se proeminente no quadrante inferior direito e, às vezes, referida em ambos os ombros. IV. A obstrução pode ser causada por fibrose, espasmo ou inflamação por uma úlcera. Os sinais e sintomas são vômitos recorrentes em grande volume, de aparecimento mais comum no final do dia e com frequência até 6 horas após a última refeição. Perda de apetite com persistência de distensão ou sensação de plenitude estomacal após se alimentar, sugere obstrução distal gástrica. Vômitos prolongados podem causar emagrecimento, desidratação e alcalose.
A sequência correta é:
Alternativas
Respostas
13: A
14: A
15: A
16: B