Questões de Concurso Público IF-MT 2020 para Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico - Português e Espanhol
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Conforme documento intitulado Um novo modelo em educação profissional e tecnológica - concepção e diretrizes, "Os Institutos Federais revelam-se valiosos instrumentos para a mudança da qualidade de vida de brasileiros quando reconhecem que o desenvolvimento local, regional ou nacional não pode prescindir do domínio e da produção do conhecimento. Revelam-se, portanto, espaços privilegiados para a construção e democratização do conhecimento" (Ministério da Educação, p. 23, 2010).
Considerando o enunciado, podemos afirmar que, para cumprir com essas finalidades, os Institutos necessitam:
Texto 01
"É própria da antropologia a sua perspectiva comparada. Examinando e comparando diferentes sociedades afastadas tanto no tempo quanto no espaço, a antropologia pretende alcançar uma compreensão do universal humano através da análise das semelhanças e das diferenças. Frente à diversidade das manifestações do humano, o antropológico adota geralmente o ponto de vista do relativismo cultural, segundo o qual a compreensão de um fenômeno observado numa sociedade estrangeira exige que se situe este fenômeno em seu contexto específico" (BAGNO, Marcos. Norma Linguística. In Aléong Stanley).
Texto 01
"É própria da antropologia a sua perspectiva comparada. Examinando e comparando diferentes sociedades afastadas tanto no tempo quanto no espaço, a antropologia pretende alcançar uma compreensão do universal humano através da análise das semelhanças e das diferenças. Frente à diversidade das manifestações do humano, o antropológico adota geralmente o ponto de vista do relativismo cultural, segundo o qual a compreensão de um fenômeno observado numa sociedade estrangeira exige que se situe este fenômeno em seu contexto específico" (BAGNO, Marcos. Norma Linguística. In Aléong Stanley).
Podemos explicar as regularidades de comportamento linguístico em sociedade segundo o princípio de que é a regulação social que impõe normas sociais ou esquemas de comportamento através da cultura. Partindo desse princípio, com base em seus conhecimentos acerca do assunto, julgue as afirmativas abaixo e marque a alternativa CORRETA.
I - A organização social de toda a sociedade funciona com o auxílio de instituições que estão no princípio da estrutura social, tais como a família, escola, o direito, a divisão do trabalho, entre outras.
II - A vida social é constituída de interações constantes entre indivíduos. Dessa forma, o papel que o indivíduo desempenha na sociedade em função de seu status pouco influencia o seu comportamento linguístico.
III - Se a consciência ou percepção de si, dos outros e da situação é um elemento essencial no funcionamento do humano, não se deve esquecer que o estado dessa consciência é largamente condicionado pela situação objetiva de comunicação.
Texto 01
"É própria da antropologia a sua perspectiva comparada. Examinando e comparando diferentes sociedades afastadas tanto no tempo quanto no espaço, a antropologia pretende alcançar uma compreensão do universal humano através da análise das semelhanças e das diferenças. Frente à diversidade das manifestações do humano, o antropológico adota geralmente o ponto de vista do relativismo cultural, segundo o qual a compreensão de um fenômeno observado numa sociedade estrangeira exige que se situe este fenômeno em seu contexto específico" (BAGNO, Marcos. Norma Linguística. In Aléong Stanley).
"Um texto define-se de duas formas que se complementam: pela organização ou estruturação que faz dele um 'todo sentido', e como objeto da comunicação que se estabelece entre um destinador e um destinatário." (BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria semiótica do texto). A respeito disso, julgue as afirmativas abaixo e marque a alternativa CORRETA.
I - A primeira concepção de texto, entendido como objeto de significação, faz com que seu estudo se confunda com o exame dos procedimentos e mecanismos que o estruturam, que o tecem como um todo de sentido.
II - A segunda caracterização de texto não mais o toma como objeto de significação, mas como objeto de comunicação entre dois sujeitos.
III - Na primeira concepção, o texto encontra o seu lugar entre os objetos culturais, inseridos numa sociedade (de classes) e determinado por formas ideológicas específicas.
IV - Na segunda concepção, o texto precisa ser examinado em relação ao contexto socio-histórico que o envolve e que, em última instância, lhe atribui sentido.
Texto 02
A psicanálise do açúcar
O açúcar cristal, ou açúcar de usina,
mostra a mais instável das brancuras:
quem do Recife sabe direito o quanto,
e o pouco desse quanto, que ela dura.
Sabe o mínimo do pouco que o cristal
se estabiliza cristal sobre o açúcar,
por cima do fundo antigo, de mascavo,
do mascavo barrento que se incuba;
e sabe que tudo pode romper o mínimo
em que o cristal é capaz de censura:
pois o tal fundo mascavo logo aflora
quer inverno ou verão mele o açúcar.
Se os bangüês que-ainda purgam ainda
o açúcar bruto com barro, de mistura;
a usina já não o purga: da infância,
não só depois de adulto, ela o educa;
em enfermarias, com vácuos e turbinas,
em mãos de metal de gente indústria,
a usina o leva a sublimar em cristal
o pardo do xarope: não o purga, cura.
Mas como a cana se cria ainda hoje,
em mãos de barro de gente agricultura,
o barrento da pré-infância logo aflora
quer inverno ou verão mele o açúcar.
(João Cabral de Melo Neto. Obro completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 356).
Ao lermos o poema em destaque, levando-se em consideração o papel do percurso gerativo do sentido na construção semiótica do texto, no nível das estruturas fundamentais, podemos afirmar que:
I - Ele parte da oposição entre duas antíteses, que são o puro (branco, limpo, claro), em "açúcar cristal da usina", e o sujo (impuro, escuro, barrento), em "açúcar mascavo".
II - Dois percursos ocorrem no texto. Passa-se da pureza à impureza, quando o mascavo barrento rompe o cristal, ou da sujeira do açúcar bruto à brancura do cristal da usina.
III - A asserção da "pureza", no primeiro percurso, e a da "sujeira", no segundo, faz surgir, no texto de Cabral, uma terceira possibilidade, a da afirmação concomitante da "pureza" e da "sujeira" dos banguês. Assim, o açúcar dos banguês tem características tanto do mascavo "puro" quanto do cristal "sujo", purgado que é "com barro, de mistura".
Texto 02
A psicanálise do açúcar
O açúcar cristal, ou açúcar de usina,
mostra a mais instável das brancuras:
quem do Recife sabe direito o quanto,
e o pouco desse quanto, que ela dura.
Sabe o mínimo do pouco que o cristal
se estabiliza cristal sobre o açúcar,
por cima do fundo antigo, de mascavo,
do mascavo barrento que se incuba;
e sabe que tudo pode romper o mínimo
em que o cristal é capaz de censura:
pois o tal fundo mascavo logo aflora
quer inverno ou verão mele o açúcar.
Se os bangüês que-ainda purgam ainda
o açúcar bruto com barro, de mistura;
a usina já não o purga: da infância,
não só depois de adulto, ela o educa;
em enfermarias, com vácuos e turbinas,
em mãos de metal de gente indústria,
a usina o leva a sublimar em cristal
o pardo do xarope: não o purga, cura.
Mas como a cana se cria ainda hoje,
em mãos de barro de gente agricultura,
o barrento da pré-infância logo aflora
quer inverno ou verão mele o açúcar.
(João Cabral de Melo Neto. Obro completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 356).
Texto 02
A psicanálise do açúcar
O açúcar cristal, ou açúcar de usina,
mostra a mais instável das brancuras:
quem do Recife sabe direito o quanto,
e o pouco desse quanto, que ela dura.
Sabe o mínimo do pouco que o cristal
se estabiliza cristal sobre o açúcar,
por cima do fundo antigo, de mascavo,
do mascavo barrento que se incuba;
e sabe que tudo pode romper o mínimo
em que o cristal é capaz de censura:
pois o tal fundo mascavo logo aflora
quer inverno ou verão mele o açúcar.
Se os bangüês que-ainda purgam ainda
o açúcar bruto com barro, de mistura;
a usina já não o purga: da infância,
não só depois de adulto, ela o educa;
em enfermarias, com vácuos e turbinas,
em mãos de metal de gente indústria,
a usina o leva a sublimar em cristal
o pardo do xarope: não o purga, cura.
Mas como a cana se cria ainda hoje,
em mãos de barro de gente agricultura,
o barrento da pré-infância logo aflora
quer inverno ou verão mele o açúcar.
(João Cabral de Melo Neto. Obro completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 356).
Texto 03
Os gêneros textuais são classificados conforme as características comuns que os textos apresentam em relação à linguagem e ao conteúdo. Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma interação entre os interlocutores (emissor e receptor) de determinado discurso. São exemplos a resenha crítica jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do restaurante, bilhete ou lista de supermercado. É importante considerar seu contexto, função e finalidade, pois o gênero textual pode conter mais de um tipo textual. Isso, por exemplo, quer dizer que uma receita de bolo apresenta a lista de ingredientes necessários (texto A) e o modo de preparo (texto B).
(https://www.todamateria.com.br/generos-textuais/. Acesso em 09/2019) - Adaptado.
Texto 04
"Os gêneros são, em última análise, o reflexo de estruturas sociais recorrentes e típicas de cada cultura. Por isso, em princípio, a variação cultural deve trazer consequências significativas para a variação de gêneros."
(LA MARCUSCHI. Gêneros textuais: definição e funcionalidade, 2002).