Questões de Concurso Público IF Sul Rio-Grandense 2021 para Professor - Letras – Português/Inglês
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Marcos Bagno chama de “dramática da língua portuguesa” a oposição, instaurada no ensino, entre a norma-padrão e as variedades cultas da língua. Ela escancara o conflito entre os usos reais da língua e a obrigação, sentida pelos professores, de fazer cumprir um conjunto de regras que praticamente nenhum falante respeita em sua integralidade – nem mesmo os que tentam impô-las.
Diante desta constatação, o linguista propõe que a escola deva ensinar a
L. A. Marcuschi adota a perspectiva sociointerativa para o trabalho com o texto, percebendo a língua como uma atividade – variada e variável. Ou seja, ela contempla três aspectos em sua heterogeneidade: da comunidade linguística; de estilos e registros; e do próprio sistema.
Assim, para o autor, é correto admitir que a língua é
Na introdução ao volume que organizara selecionando importantes ensaios de Silviano Santiago, Ítalo Moriconi lembra que, na metacrítica do autor, o deslocamento é um gesto crítico preventivo, é uma preliminar da empreitada metodológica; é o exercício da vontade de operar a substituição brusca de um ponto de vista ou paradigma; é a dimensão contra-hegemônica que todo ato crítico deve ter. Tal movimento crítico/interpretativo identificado na produção de Santiago agenciaria, dos anos de 1990 em diante, um radical deslocamento, a partir da problematização do cosmopolitismo, das margens, das fronteiras, e dos limites – tanto sociais quanto discursivos.
Nessa perspectiva, em “O cosmopolitismo do pobre”, o autor propõe a
Na Moderna Gramática Portuguesa, Evanildo Bechara elucida alguns conceitos fundamentais para a compreensão da estrutura das palavras.
Analisando-os, é correto afirmar que
A aproximação entre literatura e artes visuais, cujas origens remontam à filosofia clássica, foi amplamente abordada pelos estudos comparatistas ao longo do século XX. Além disso, tem demostrado fôlego em perspectiva analítica ao adentrar o recente século XXI, sobretudo pela potência de seus criadores, cujas obras, tanto artísticas quanto críticas, renovam não apenas a secular interseccionalidade entre os códigos na construção dos objetos em si, mas também (re)ativam leituras desses e de outros objetos do passado, num esforço de compreensão do contemporâneo.
Adriana Varejão, ao se apropriar da arte da azulejaria portuguesa com suas figuras ornamentais, bem como de representações pictóricas dos sujeitos do Novo Mundo elaboradas a partir do imaginário colonial/patriarcal dos expedicionários europeus, produz uma espécie de narrativa não discursiva, verificada em trabalhos como “Figura de convite II”, “Figura de convite III” e “Filho bastardo”, estabelecendo, de acordo com Silviano Santiago, um “jogo da encenação”, no qual a artista é a “dobradiça cosmopolita” dessa “porta de vaivém” dos sentidos.
Para o ensaísta, em termos de uma teoria da literatura transponível à leitura da obra de Varejão,