Questões de Concurso Público IF-TO 2016 para Professor Educação Física
Foram encontradas 50 questões
“Nunca se falou tanto em corpo como hoje, nunca
se falará tanto dele amanhã. Um novo dia basta
para que se inaugure outra academia de ginástica,
alongamento, musculação: publique-se novos
livros voltados ao autoconhecimento do corpo;
descubram-se novos preconceitos quanto à
sexualidade, outras práticas alternativas de saúde;
em síntese, vivemos nos últimos anos perante a
incontestável redescoberta do prazer, voltamos a
dedicar atenção ao nosso próprio corpo.” (CODO;
SENNE, 1985)
Sobre a história da Educação Física é incorreto afirmar que:
Segundo o Coletivo de Autores, (apud CAPARROZ, 1997 p. 132), o esporte apresenta uma grande tendência a possuir: “princípios de rendimento atlético, competição, comparação de rendimento e recordes, regulamentação rígida, sucesso no esporte como sinônimo de vitória, racionalização de meios e técnicas”. Entretanto, o esporte para estar na escola, e ser ensinado na escola, isto é, tornar-se um esporte “da” escola, deve ser ressignificado, reelaborado consolidado em uma práxis educativa para além da repetição e da mecanização, da finalidade única da técnica e do rendimento, em que os mais fracos e os menos habilidosos são colocados à margem e marcados pela exclusão.
A partir da leitura acima questionamos: Que esporte nós temos e que esporte queremos no âmbito escolar? Por que alguns esportes estão presentes na escola e outros não? A hegemonia do esporte está presente na escola?
Ao buscar aprofundar e discutir questões teórico-metodológicas
da Educação Física, tomando-a
como matéria escolar que trata, pedagogicamente,
de temas da cultura corporal de movimento,
estamos dizendo que estes temas são:
A inclusão de crianças com necessidades especiais nas aulas de Educação Física escolar é um desafio a ser vencido pela escola e sociedade, uma vez que objetiva a educação para todos, além de estimular a convivência com as crianças. O conceito de educação inclusiva se dá por alguns aspectos como, compartilhar o mesmo espaço físico, integração na sociedade, adaptações no ensino, participação de todos nas aulas e o direito a educação (SANT´ANA, 2005).
O atual currículo, orientado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, deve englobar conhecimentos biológicos, humanos, técnicos e os que compõem a dimensão Cultural do Movimento Humano, tais como os jogos, danças, lutas, ginásticas e esportes (ANDR ADE FILHO, 2001; AZEVEDO; MALINA, 2004; FERNANDES; VENDITTI JUNIOR., 2008; PORTO, 2001).
Com base nas ideias acima, podemos dizer que:
I. A adequação correta da Educação Física para alunos deficientes evidencia a compreensão de limitações e capacidades, estimulando o desempenho do aluno.
II. É essencial que o professor conheça seu aluno e sua necessidade educacional especial, se houver, porque atualmente essa disciplina não trabalha apenas com alunos ditos normais, mas também frisa a importância da prática inclusiva de alunos especiais em suas aulas.
III. A política inclusiva de alunos deficientes na escola serve para desenvolver potenciais, respeitando as diferenças e atendendo suas necessidades. A escola deve criar espaços que propiciem a inclusão, comprometendo- se com uma educação de qualidade para todos os alunos, para que se atinja os objetivos educacionais.
IV. As pessoas com necessidades especiais têm
como consequência da inclusão social
problemas com a saúde física e mental. Essa
inclusão deve ser trabalhada para que seja
transformada em exclusão, trazendo assim uma
melhoria na qualidade de vida das pessoas.
As alternativas corretas são:
“Diferenças, distinções, desigualdades... A escola
entende disso”, diz LOURO (2003, p. 57). É nela
também que os constructos históricos - e culturais -
são trabalhados e levados à educação de meninos e
meninas. Os estudos de gênero vêm, no entanto,
buscar compreender as construções culturais que se
firmaram, por meio da sociedade, quando esta
estabeleceu normas ao convívio social.
É desafiador “criar reflexões sobre as barreiras culturais promovidas pela sociedade, em relação às construções de corpos femininos e masculinos, que, por se fixarem como “naturais”, tornaram-se parte da educação de crianças e jovens, no ambiente escolar. E, por se tratar de uma instituição indispensável no cotidiano social, a escola se transforma em uma das grandes protagonistas produtora de distinções de gênero”.
Em relação à história, é importante observar que também a educação física escolar tem sido problematizada sob uma perspectiva de gênero por diversas pesquisas. SOUSA (1994) desenvolveu uma pesquisa pioneira na área, intitulada “Meninos a marcha, meninas a sombra”. Nesse trabalho, por meio de uma abordagem histórica, a autora analisa as construções dos gestos femininos e masculinos e a relação destes com os fatores sociais que se instalaram na sociedade. Isto é, entende que a educação física “explicita valores sacralizados pelo patrimônio cultural de nossa sociedade”, segundo ela, articulados por instituições e organizações, tais como a Igreja, o Estado, a Escola, a Medicina, a Família e a Indústria Cultural (1994).
Sobre o processo histórico da Educação Física e a discussão de gênero é correto afirmar:
I. A trajetória de inserção das mulheres nos esportes modernos revela um longo processo de proibições. Essa trajetória também indica disputas e contestações de regras e normas legais que vetam a aquisição de práticas corporais específicas voltadas para o bom desempenho feminino nos esportes. Trata-se de um desafio a ser também enfrentado pelas escolas diante da esportivização da educação física escolar.
II. É importante levar as discussões de gênero mais profundamente nas aulas de educação física, bem como na escola como um todo, uma vez que é também neste local que o corpo e o caráter, vistos e produzidos de formas únicas, estarão representando, sob o mesmo palco, as atribuições e acomodações que lhes couberam, permitindo conflitos e possibilidades entre as diferenças.
III. A educação corporal diferenciada por gênero, disseminada na vida social, separa meninos e meninas em suas práticas corporais, revelando relações de poder que atravessam as experiências de jogo e a ocupação dos espaços escolares.
IV. A ocupação generificada dos espaços escolares e o esporte como expressão da dominação masculina são fortes exemplos de enfrentamentos masculinos da ordem e das normas presentes na escola.