Paciente do sexo feminino, 55 anos, procura UPA com relato
de sinusite crônica há mais de 45 dias. Evoluiu com cefaleia
holocraniana intensa, rigidez de nuca, dor ocular e ptose
palpebral. Foi tratada para sinusite com amoxicilina e
moxifloxacina, porém, persistiu com piora progressiva do
quadro, com surgimento de proptose. Comorbidade: diabetes
mellitus dependente de insulina, não controlado (última Hb
glicada 7,5%). Teve COVID-19 há 2 meses, tendo ficado internada
por 7 dias e recebido corticoterapia. Ao exame, febril, edema
facial, eliminação de secreção purulenta pelo nariz e rigidez de
nuca. Glicemia 320 mg/dl. Paciente foi transferida para
internamento em hospital secundário. Anti-HIV negativo. TC de
órbitas e crânio evidenciou abcessos em órbitas e em partes
moles da face, pansinusite e borramento da gordura orbital
bilateral. Biópsia de fragmento de lesão em seios da face
evidenciou hifas hialinas, não septadas, com ramificação em 90º
no tecido. Cultura de fragmento de biópsia resultou em
isolamento de Rhizopus sp. Além de debridamento cirúrgico de
todo material necrótico e controle do diabetes, qual tratamento
antimicrobiano deve ser prescrito?