Questões de Concurso Público Prefeitura de Vitória - ES 2019 para Assistente Social

O Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais – CBAS – de 2019 tem como tema “40 anos da ‘virada’ do Serviço Social” e faz referência ao III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais, ocorrido em 1979, que expressou a recusa do Serviço Social crítico em adesão ao Serviço Social neoconservador.

Entre as críticas realizadas à reação conservadora que vem se reeditando no Serviço Social brasileiro, está o risco de se reduzir o profissional assistente social a um mero técnico que aparentemente sabe fazer, porém não sabe explicar as razões e a direção social do seu trabalho.

O Serviço Social em 2019, por meio do conjunto CFESS/CRESS, criou o movimento social “ninguém solta a mão de ninguém”, com o objetivo principal de protestar contra a diminuição dos Conselhos de Direitos e redução das pastas ministeriais.

A profunda desigualdade social no cenário brasileiro requisita o trabalho do assistente social. Por essa razão, o Serviço Social se autonomizou da dinâmica geral do mercado de trabalho, de forma que os trabalhadores assistentes sociais não têm experimentado a precarização das relações trabalhistas.

A prática profissional do assistente social é polarizada por interesses de classes sociais, assim, pela mesma atividade, o profissional responde a demandas do capital como do trabalho. Dessa maneira, a articulação das dimensões teórico-metodológicas, ético-políticas e técnico-operativas auxilia o profissional a orientar seu trabalho vinculado ao projeto societário da classe trabalhadora.

A dimensão teórico-metodológica dá sustentação para o assistente social interpretar a realidade, possibilitando ao profissional avançar no que pode e no que deve fazer.

As respostas em nível imediato e emergencial do assistente social que desconsideram a relação de meio e fins tendem a resultar em uma prática focal, passível de tomar o sujeito como objeto.

O padrão de políticas sociais privatista e assistencialista condiciona a intervenção profissional ao requisitar um profissional que responda às demandas imediatas, tornando impossível ao assistente social redimensionar o alcance de sua intervenção e respostas.

É na ordem monopólica que se criam condições histórico-sociais para que o Serviço Social ocupe um espaço na divisão social e técnica do trabalho.

É na ordem monopólica que a profissionalização do Serviço Social tem íntima relação com a organização da caridade, elemento fundante da profissão.

É na ordem monopólica que se gestam condições decisivas para a profissionalização do Serviço Social, evidenciada pela evolução da ajuda que transita para a racionalização da filantropia.

A ordem monopólica evidencia a profissionalização do Serviço Social por meio da continuidade de suas protoformas.