Questões de Concurso Público Prefeitura de Nova Iguaçu - RJ 2024 para Professor I - Língua Portuguesa/ILPT - Incentivo à Leitura e Produção Textual

Foram encontradas 50 questões

Q2492311 Noções de Informática
Qual é a função da placa-mãe em um computador?
Alternativas
Q2492312 Noções de Informática
Qual é a finalidade das configurações de “Região” no Painel de Controle do Windows 10?
Alternativas
Q2492313 Noções de Informática
O Word 2019 e outras versões permitem numerar as páginas do documento de forma simples e eficiente. Com apenas alguns cliques, os usuários podem adicionar numeração automática às páginas, facilitando a organização e referência do conteúdo. Essa funcionalidade agiliza a formatação e melhora a legibilidade dos documentos. Sobre essa funcionalidade do Word 2019, analise as afirmativas a seguir.

I. É possível configurar a numeração de páginas para começar em uma página específica.
II. A numeração de página pode ser feita no início da página, no fim da página, nas margens e na posição atual de onde o cursor do mouse esteja.
III. O formato do número de páginas só pode ser feito por meio de representação numérica (1, 2, 3... e assim por diante).
IV. A formatação do número de páginas só permite numeração sequencial, não podendo ter dois tipos de numeração no mesmo arquivo.

Está correto o que se afirma apenas em 
Alternativas
Q2492314 Noções de Informática
Em relação à Comunicação de Dados, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) Cabo de fibra óptica e cabo coaxial são exemplos de meios de transmissão utilizados para transferir dados em redes de comunicação.
( ) O Wi-Fi é uma conexão de rede sem fio que requer o uso de cabos para conectar dispositivos à Internet.
( ) O Bluetooth é uma tecnologia de comunicação sem fio de curto alcance, que permite a conexão de dispositivos próximos, como smartphones, fones de ouvido e alto-falantes.
( ) O infravermelho é uma tecnologia de comunicação sem fio comum em controles remotos de TV, mas não é amplamente utilizado para conexões de rede devido à sua natureza direcional e limitações de alcance.

A sequência está correta em
Alternativas
Q2492315 Noções de Informática
Assinale a forma correta de formatar uma célula para exibir valores como moeda no Excel 2019.
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Q2492316 Legislação dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro
De acordo com a Lei Municipal nº 3.526/2003 (Estatuto do Magistério Público Municipal de Nova Iguaçu), analise os itens a seguir.

I. Além dos deveres comuns aos funcionários públicos municipais, previstos no respectivo Estatuto, os servidores do Magistério possuem certos deveres especiais, tais como o de participar das atividades extracurriculares, comemorações cívicas, culturais e pedagógicas, promovidas pela municipalidade ou pela unidade escolar.
II. É defeso ao servidor do magistério comparecer com os educandos a manifestações de qualquer natureza, sem prévia anuência da autoridade superior ou incentivá-los no mesmo sentido.
III. A estrutura administrativa básica da unidade escolar, prevista no Estatuto do Magistério, é composta, em regra geral, de: diretor; diretor-adjunto; secretário de escola; coordenador de turno; orientador pedagógico; e orientador educacional.

Está correto o que se afirma em 
Alternativas
Q2492317 Legislação dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro
Entende-se por pessoal do magistério o conjunto de funcionários que, lotados nas unidades escolares e nos demais órgãos da Secretaria Municipal de Educação, exerçam cargos ou funções de regência, direção, administração escolar, planejamento, orientação pedagógica, orientação educacional e supervisão escolar. De acordo com o Estatuto do Magistério Público Municipal de Nova Iguaçu, no que concerne à descrição das funções do pessoal do magistério, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q2492318 Legislação dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro
Em um escritório de advocacia estabelecido na cidade de Nova Iguaçu, com boa parte dos clientes composta de servidores públicos, as advogadas Maria, Júlia e Catarina, se reuniram para debater a respeito do Estatuto dos Funcionários do Município – Lei Municipal nº 2.378/1992. Sobre o tema relativo ao processo administrativo disciplinar, Maria afirmou que este se desenvolve nas seguintes fases: instauração, inquérito administrativo e julgamento. Júlia, por sua vez, afirmou que uma das alternativas de defesa do servidor que está respondendo processo disciplinar é pedir exoneração de seu cargo para que não lhe sejam impostas penalidades mais graves, o que deve ser acatado pela Administração, extinguindo-se o processo por perda de objeto. Catarina, por fim, afirmou que, esgotado o prazo de interposição do recurso administrativo em face do julgamento do processo, não há qualquer possibilidade de revisão do processo ainda que se aduzam fatos novos, tendo em vista a decisão transitada em julgado. Sobre o caso hipotético apresentado, assinale a afirmativa correta. 
Alternativas
Q2492319 Legislação dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro
Mário é servidor da Prefeitura de Nova Iguaçu e toma conhecimento de que a autoridade superior está apurando suposta irregularidade por ele cometida no exercício do serviço público. Preocupado, Mário procura Josias, seu amigo e também servidor, a fim de que lhe sejam esclarecidos os possíveis desdobramentos do fato conforme o Estatuto dos Funcionários do Município – Lei Municipal nº 2.378/ 1992. Assinale, dentre as orientações fornecidas por Josias a seguir, a única correta.
Alternativas
Q2492320 Legislação dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro
De acordo com o que dispõe o Estatuto dos Funcionários do Município – Lei Municipal nº 2.378/1992, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) É assegurado ao funcionário o direito à licença para o desempenho de mandato em entidade classista oficialmente reconhecida, com remuneração integral.
( ) Configura abandono de cargo a ausência intencional do funcionário ao serviço por mais de trinta dias consecutivos, sendo tal conduta punível com advertência.
( ) É assegurado o direito de licença-maternidade à servidora gestante, nos termos da Lei e sem prejuízo do salário, sendo também deferido tal direito à servidora adotante, que, nesse caso, será concedido mediante apresentação do termo judicial de guarda provisória ou definitiva à adotante ou guardiã, independentemente da idade do adotado.

A sequência está correta em
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Q2492321 Pedagogia
A dualidade do ensino médio se estende para as perspectivas futuras dos alunos. A qualidade da educação recebida muitas vezes influencia o desempenho em exames nacionais, como o ENEM, e, consequentemente, as oportunidades de ingresso no ensino superior. Historicamente, nos anos 40, o ensino médio era um ponto crucial na discussão educacional. A difusão dos ideais do escolanovismo, que preconizava escolarização para todos, disseminada em um contexto de desenvolvimento industrial, apesar de ainda incipiente, permitiram aos reformadores a apropriação do discurso de acesso à Educação, que contribuiu para disseminar a valorização da escola e do ideário pedagógico. A industrialização contribuiu para disseminar o ideário pedagógico que se manifesta na atribuição da escola como condutora do desenvolvimento e superação das mazelas sociais. A defesa da escola para todos, sobretudo no ensino secundário, passa a ser perseguida como possibilidade para ascensão social pelas classes médias, enquanto as classes populares dificilmente chegavam ao seu acesso. Até então o ensino secundário era apenas um substrato que conduzia a inserção daqueles que o cursavam em direção ao ensino superior. Esta foi a trama forjada que culminou 
Alternativas
Q2492322 Pedagogia
A gestão democrática na educação é um princípio essencial que busca a participação ativa de todos os envolvidos no processo educacional. Essa abordagem propicia a tomada de decisão de forma coletiva, envolvendo professores, alunos, pais e demais membros da comunidade escolar. Ao promover a inclusão e a diversidade de perspectivas, a gestão democrática fortalece a qualidade do ensino e contribui para o desenvolvimento de uma educação mais equitativa e adaptada às necessidades locais. Essa prática reforça o papel da escola como espaço de construção coletiva do conhecimento e fortalece os laços entre a instituição e a sociedade; está prevista na LDB nº 9.394/1996, que foi alterada em 2023. Analise as afirmativas a seguir.

I. A descentralização da gestão democrática, presente na versão atual da LDB (2023), representa uma ruptura com o modelo mais centralizado da versão anterior (até 2022).
II. A nova redação confere maior autonomia aos Estados e Municípios na definição das normas e diretrizes da gestão democrática, em contraposição ao previsto na LDB original.

Assinale a alternativa.
Alternativas
Q2492323 Estatuto da Pessoa Idosa - Lei nº 10.741 de 2003
O Estatuto da Pessoa Idosa, instituído pela Lei nº 10.741/2003, é uma legislação fundamental que visa assegurar os direitos e a dignidade das pessoas idosas. Reconhecendo a importância de promover uma sociedade mais inclusiva e respeitosa, o estatuto abrange diversos aspectos da vida desses indivíduos, incluindo o direito à educação, esporte, cultura e lazer. Assim sendo, a educação de jovens e adultos é um direito fundamental que deve ser garantido a todos, inclusive aos alunos idosos, e o profissional da educação tem um papel fundamental na promoção da inclusão e na construção de um ambiente de aprendizagem acolhedor e estimulante para todos os alunos. O professor, ao se deparar com a presença de um aluno idoso em uma instituição de ensino de Educação de Jovens e Adultos (EJA), deve lhe assegurar o pleno direito à educação desse aluno idoso. Em observância às diretrizes do Estatuto da Pessoa Idosa, o professor cumprirá seu papel quando: 
Alternativas
Q2492324 Pedagogia
A Psicologia Histórico-Cultural, fundamentada nos princípios teóricos de Lev Vygotsky, representa uma abordagem que destaca a influência do contexto social e histórico no desenvolvimento humano. Vygotsky propôs que as interações sociais desempenham um papel fundamental na construção do conhecimento e no desenvolvimento das funções psicológicas superiores. Na perspectiva da Psicologia Histórico-Cultural, baseada nos princípios de Lev Vygotsky, destaca-se a influência do contexto social e histórico no desenvolvimento humano. Considerando esses princípios, analise as afirmativas a seguir.

I. Na perspectiva de Vygotsky, os significados, elaborados na prática social e transmitidos pela linguagem, são essenciais para o desenvolvimento de reflexos psíquicos superiores, ou seja, da consciência.
II. A linguagem, como veículo de significados elaborados na mudança das fases do desenvolvimento da inteligência, desempenha um papel relativo no processo de desenvolvimento, permitindo a internalização de conceitos sociais e a construção da consciência.
III. A aprendizagem, segundo a Psicologia Histórico-Cultural, é um processo prevalentemente individual e prescinde da interação social com outras pessoas, incluindo adultos e pares.
IV. A apropriação dos significados linguísticos modifica a natureza dos conteúdos sensoriais na consciência, na medida em que enriquecem a percepção que o sujeito tem do real, impulsionando o desenvolvimento das formas tipicamente humanas do comportamento.

Está correto o que se afirma em 
Alternativas
Q2492325 Pedagogia
As tendências pedagógicas são abordagens de ensino que surgem em resposta às mudanças sociais e às necessidades educacionais dos alunos. Elas representam formas atualizadas de praticar a educação, incorporando estratégias, tecnologias e princípios pedagógicos inovadores. Buscando promover uma aprendizagem ativa e prática, na qual os alunos são incentivados a participar ativamente do processo de aprendizado, esses métodos estão sendo propostos com o intuito de fazer com que o jovem seja protagonista de sua própria aprendizagem. Como resultado, elas melhoram a qualidade do ensino, adaptam as práticas às necessidades dos alunos e os preparam para desafios futuros. Além disso, incentivam a criatividade, a inovação e a reflexão na prática educativa. Com base em seus conhecimentos sobre as Teorias Educacionais Contemporâneas, sobre as correntes e suas implicações para a prática docente, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) Pedagogia Histórico-Crítica: propõe uma pedagogia libertadora e transformadora, que visa à emancipação dos alunos e à construção de uma sociedade mais justa e igualitária. O professor, nessa perspectiva, atua como mediador entre o conhecimento e a realidade social, orientando os alunos na análise crítica da sociedade e na construção de uma práxis transformadora.
( ) Pedagogia Freiriana: defende uma educação libertadora e dialogada, que valoriza a autonomia e a participação dos alunos no processo de aprendizagem. O professor, nessa perspectiva, atua como um organizador de conteúdos, já que como os alunos são autônomos, devem se organizar em torno das atividades.
( ) Teoria da Aprendizagem Significativa: propõe que a aprendizagem é mais eficaz quando os novos conhecimentos se relacionam com os conhecimentos prévios do aluno. O professor, nesse contexto, atua como um organizador curricular, selecionando e sequenciando os conteúdos de forma a promover a construção de conhecimentos significativos.
( ) Teoria Cognitiva: se concentra nos processos mentais envolvidos na aprendizagem, como a atenção, a memória e o pensamento, desconsiderando, por consequência, as interações sociais. O professor, nesse contexto, atua como um gestor da aprendizagem, utilizando estratégias que otimizam esses processos e promovem a aprendizagem eficaz.
( ) Pedagogia da Alternância: propõe uma alternância entre períodos de estudo na escola e períodos de trabalho em diferentes contextos sociais. O professor, nesse contexto, atua como um orientador do processo de aprendizagem, articulando a teoria à prática e promovendo a formação integral do aluno.

A sequência está correta em
Alternativas
Q2494661 Português
A literatura como ferramenta, ontem e hoje


      Em seu texto “Literatura, escola e leitura”, Regina Zilberman (2008) propõe uma visita ao percurso histórico da interface entre literatura e educação. A autora retorna à Antiguidade e reflete sobre a Educação Moral e Social promovida pelas tragédias gregas e epopeias; à Idade Média, período no qual a literatura era entendida como parte da Gramática, Retórica e Lógica; e ao Renascimento, em que a literatura era utilizada para o ensino do Grego e do Latim.

        Entre os séculos XVII e XVIII, surge o modelo moderno de escola e a educação se torna obrigatória e responsabilidade dessa instituição. Nesse momento, a literatura segue com propensão educativa, mas de outra natureza, deixando de ter finalidade ética para privilegiar um caráter linguístico. Em um contexto de consolidação dos Estados Nacionais – isto é, a centralização do poder político e econômico –, o estudo da literatura nacional passa a compor as propostas pedagógicas da escola, como maneira de dar força à língua estabelecida como nacional e às ideologias dominantes.

       Desde então, o ensino da literatura move-se entre dois objetivos: ajuda a conhecer a norma linguística nacional, de que é simultaneamente a expressão mais credenciada; e, arranjada segundo um eixo cronológico, responde por uma história que coincide com a história da região de quem toma o nome e cuja existência acaba por comprovar. (Zilberman, 2008, p. 49.)

      Contemporaneamente, parece-nos que a escola não passou incólume por esse processo. No contexto brasileiro, até a década de 1970, a literatura era entendida como um meio de transmitir a norma culta e incutir valores morais. A partir dessa década, com a entrada da literatura no então 2º grau, é adotada uma abordagem cronológica e historiográfica, com foco em características de uma época, e a literatura também passa a ser utilizada para o ensino da língua.

       Dessa forma, não é exagero dizer que, em contextos escolares, tradicionalmente, a literatura tem funcionado como uma espécie de ferramenta ou apoio (Todorov, 2010), que auxilia no ensino da língua e difunde a história do país e do mundo. Além disso, observa-se uma abordagem calcada na historiografia literária, que busca estabelecer uma série de autores e escolas literárias, com suas características próprias e engessadas.

       Tudo isso nos leva à constatação de que as aulas hoje abordam diversas coisas, mas literatura não é uma delas. Por mais que essa maneira de ensinar pareça um porto seguro – e é frequentemente apregoada por algumas universidades e livros didáticos – acreditamos que se trata, na verdade, de uma armadilha, que pode afastar cada vez mais crianças e jovens de um direito fundamental: o direito à literatura (Candido, 2011).



(Texto – Esdras Soares e Lara Rocha. 07 de agosto de 2023.
Disponível em: <https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/revista-digital/artigo/104/a-literatura-os-jovens-e-a-escola-caminhos-para-aleitura-literaria-e-a-formacao-de-leitores. Fragmento.)
Em “A autora retorna à Antiguidade e reflete sobre a Educação Moral e Social promovida pelas tragédias gregas e epopeias; à Idade Média, período no qual a literatura era entendida como parte da Gramática, Retórica e Lógica; e ao Renascimento, em que a literatura era utilizada para o ensino do Grego e do Latim.”(1º§), em relação às duas ocorrências de crase pode-se afirmar que:
Alternativas
Q2494662 Português
A literatura como ferramenta, ontem e hoje


      Em seu texto “Literatura, escola e leitura”, Regina Zilberman (2008) propõe uma visita ao percurso histórico da interface entre literatura e educação. A autora retorna à Antiguidade e reflete sobre a Educação Moral e Social promovida pelas tragédias gregas e epopeias; à Idade Média, período no qual a literatura era entendida como parte da Gramática, Retórica e Lógica; e ao Renascimento, em que a literatura era utilizada para o ensino do Grego e do Latim.

        Entre os séculos XVII e XVIII, surge o modelo moderno de escola e a educação se torna obrigatória e responsabilidade dessa instituição. Nesse momento, a literatura segue com propensão educativa, mas de outra natureza, deixando de ter finalidade ética para privilegiar um caráter linguístico. Em um contexto de consolidação dos Estados Nacionais – isto é, a centralização do poder político e econômico –, o estudo da literatura nacional passa a compor as propostas pedagógicas da escola, como maneira de dar força à língua estabelecida como nacional e às ideologias dominantes.

       Desde então, o ensino da literatura move-se entre dois objetivos: ajuda a conhecer a norma linguística nacional, de que é simultaneamente a expressão mais credenciada; e, arranjada segundo um eixo cronológico, responde por uma história que coincide com a história da região de quem toma o nome e cuja existência acaba por comprovar. (Zilberman, 2008, p. 49.)

      Contemporaneamente, parece-nos que a escola não passou incólume por esse processo. No contexto brasileiro, até a década de 1970, a literatura era entendida como um meio de transmitir a norma culta e incutir valores morais. A partir dessa década, com a entrada da literatura no então 2º grau, é adotada uma abordagem cronológica e historiográfica, com foco em características de uma época, e a literatura também passa a ser utilizada para o ensino da língua.

       Dessa forma, não é exagero dizer que, em contextos escolares, tradicionalmente, a literatura tem funcionado como uma espécie de ferramenta ou apoio (Todorov, 2010), que auxilia no ensino da língua e difunde a história do país e do mundo. Além disso, observa-se uma abordagem calcada na historiografia literária, que busca estabelecer uma série de autores e escolas literárias, com suas características próprias e engessadas.

       Tudo isso nos leva à constatação de que as aulas hoje abordam diversas coisas, mas literatura não é uma delas. Por mais que essa maneira de ensinar pareça um porto seguro – e é frequentemente apregoada por algumas universidades e livros didáticos – acreditamos que se trata, na verdade, de uma armadilha, que pode afastar cada vez mais crianças e jovens de um direito fundamental: o direito à literatura (Candido, 2011).



(Texto – Esdras Soares e Lara Rocha. 07 de agosto de 2023.
Disponível em: <https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/revista-digital/artigo/104/a-literatura-os-jovens-e-a-escola-caminhos-para-aleitura-literaria-e-a-formacao-de-leitores. Fragmento.)
De acordo com a observação da estrutura das palavras, objeto de estudo da Morfologia, é possível identificar alguns elementos mórficos ou morfemas. A raiz dos termos indicados e empregados no texto pode ser identificada como equivalente em: 
I. Educação. II. Educativa. III. Escola. IV. Estudo.
Completam corretamente o enunciado o que se afirma em
Alternativas
Q2494663 Português
A literatura como ferramenta, ontem e hoje


      Em seu texto “Literatura, escola e leitura”, Regina Zilberman (2008) propõe uma visita ao percurso histórico da interface entre literatura e educação. A autora retorna à Antiguidade e reflete sobre a Educação Moral e Social promovida pelas tragédias gregas e epopeias; à Idade Média, período no qual a literatura era entendida como parte da Gramática, Retórica e Lógica; e ao Renascimento, em que a literatura era utilizada para o ensino do Grego e do Latim.

        Entre os séculos XVII e XVIII, surge o modelo moderno de escola e a educação se torna obrigatória e responsabilidade dessa instituição. Nesse momento, a literatura segue com propensão educativa, mas de outra natureza, deixando de ter finalidade ética para privilegiar um caráter linguístico. Em um contexto de consolidação dos Estados Nacionais – isto é, a centralização do poder político e econômico –, o estudo da literatura nacional passa a compor as propostas pedagógicas da escola, como maneira de dar força à língua estabelecida como nacional e às ideologias dominantes.

       Desde então, o ensino da literatura move-se entre dois objetivos: ajuda a conhecer a norma linguística nacional, de que é simultaneamente a expressão mais credenciada; e, arranjada segundo um eixo cronológico, responde por uma história que coincide com a história da região de quem toma o nome e cuja existência acaba por comprovar. (Zilberman, 2008, p. 49.)

      Contemporaneamente, parece-nos que a escola não passou incólume por esse processo. No contexto brasileiro, até a década de 1970, a literatura era entendida como um meio de transmitir a norma culta e incutir valores morais. A partir dessa década, com a entrada da literatura no então 2º grau, é adotada uma abordagem cronológica e historiográfica, com foco em características de uma época, e a literatura também passa a ser utilizada para o ensino da língua.

       Dessa forma, não é exagero dizer que, em contextos escolares, tradicionalmente, a literatura tem funcionado como uma espécie de ferramenta ou apoio (Todorov, 2010), que auxilia no ensino da língua e difunde a história do país e do mundo. Além disso, observa-se uma abordagem calcada na historiografia literária, que busca estabelecer uma série de autores e escolas literárias, com suas características próprias e engessadas.

       Tudo isso nos leva à constatação de que as aulas hoje abordam diversas coisas, mas literatura não é uma delas. Por mais que essa maneira de ensinar pareça um porto seguro – e é frequentemente apregoada por algumas universidades e livros didáticos – acreditamos que se trata, na verdade, de uma armadilha, que pode afastar cada vez mais crianças e jovens de um direito fundamental: o direito à literatura (Candido, 2011).



(Texto – Esdras Soares e Lara Rocha. 07 de agosto de 2023.
Disponível em: <https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/revista-digital/artigo/104/a-literatura-os-jovens-e-a-escola-caminhos-para-aleitura-literaria-e-a-formacao-de-leitores. Fragmento.)
“Nesse momento, a literatura segue com propensão educativa, mas de outra natureza, deixando de ter finalidade ética para privilegiar um caráter linguístico.” (2º§) Considerando a afirmativa anterior, assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Q2494664 Português
A literatura como ferramenta, ontem e hoje


      Em seu texto “Literatura, escola e leitura”, Regina Zilberman (2008) propõe uma visita ao percurso histórico da interface entre literatura e educação. A autora retorna à Antiguidade e reflete sobre a Educação Moral e Social promovida pelas tragédias gregas e epopeias; à Idade Média, período no qual a literatura era entendida como parte da Gramática, Retórica e Lógica; e ao Renascimento, em que a literatura era utilizada para o ensino do Grego e do Latim.

        Entre os séculos XVII e XVIII, surge o modelo moderno de escola e a educação se torna obrigatória e responsabilidade dessa instituição. Nesse momento, a literatura segue com propensão educativa, mas de outra natureza, deixando de ter finalidade ética para privilegiar um caráter linguístico. Em um contexto de consolidação dos Estados Nacionais – isto é, a centralização do poder político e econômico –, o estudo da literatura nacional passa a compor as propostas pedagógicas da escola, como maneira de dar força à língua estabelecida como nacional e às ideologias dominantes.

       Desde então, o ensino da literatura move-se entre dois objetivos: ajuda a conhecer a norma linguística nacional, de que é simultaneamente a expressão mais credenciada; e, arranjada segundo um eixo cronológico, responde por uma história que coincide com a história da região de quem toma o nome e cuja existência acaba por comprovar. (Zilberman, 2008, p. 49.)

      Contemporaneamente, parece-nos que a escola não passou incólume por esse processo. No contexto brasileiro, até a década de 1970, a literatura era entendida como um meio de transmitir a norma culta e incutir valores morais. A partir dessa década, com a entrada da literatura no então 2º grau, é adotada uma abordagem cronológica e historiográfica, com foco em características de uma época, e a literatura também passa a ser utilizada para o ensino da língua.

       Dessa forma, não é exagero dizer que, em contextos escolares, tradicionalmente, a literatura tem funcionado como uma espécie de ferramenta ou apoio (Todorov, 2010), que auxilia no ensino da língua e difunde a história do país e do mundo. Além disso, observa-se uma abordagem calcada na historiografia literária, que busca estabelecer uma série de autores e escolas literárias, com suas características próprias e engessadas.

       Tudo isso nos leva à constatação de que as aulas hoje abordam diversas coisas, mas literatura não é uma delas. Por mais que essa maneira de ensinar pareça um porto seguro – e é frequentemente apregoada por algumas universidades e livros didáticos – acreditamos que se trata, na verdade, de uma armadilha, que pode afastar cada vez mais crianças e jovens de um direito fundamental: o direito à literatura (Candido, 2011).



(Texto – Esdras Soares e Lara Rocha. 07 de agosto de 2023.
Disponível em: <https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/revista-digital/artigo/104/a-literatura-os-jovens-e-a-escola-caminhos-para-aleitura-literaria-e-a-formacao-de-leitores. Fragmento.)
No terceiro parágrafo, a expressão destacada em “Desde então, o ensino da literatura move-se entre dois objetivos: ajuda a conhecer a norma linguística nacional, de que é simultaneamente a expressão mais credenciada; e, arranjada segundo um eixo cronológico, [...]”: 
Alternativas
Q2494665 Português
A literatura como ferramenta, ontem e hoje


      Em seu texto “Literatura, escola e leitura”, Regina Zilberman (2008) propõe uma visita ao percurso histórico da interface entre literatura e educação. A autora retorna à Antiguidade e reflete sobre a Educação Moral e Social promovida pelas tragédias gregas e epopeias; à Idade Média, período no qual a literatura era entendida como parte da Gramática, Retórica e Lógica; e ao Renascimento, em que a literatura era utilizada para o ensino do Grego e do Latim.

        Entre os séculos XVII e XVIII, surge o modelo moderno de escola e a educação se torna obrigatória e responsabilidade dessa instituição. Nesse momento, a literatura segue com propensão educativa, mas de outra natureza, deixando de ter finalidade ética para privilegiar um caráter linguístico. Em um contexto de consolidação dos Estados Nacionais – isto é, a centralização do poder político e econômico –, o estudo da literatura nacional passa a compor as propostas pedagógicas da escola, como maneira de dar força à língua estabelecida como nacional e às ideologias dominantes.

       Desde então, o ensino da literatura move-se entre dois objetivos: ajuda a conhecer a norma linguística nacional, de que é simultaneamente a expressão mais credenciada; e, arranjada segundo um eixo cronológico, responde por uma história que coincide com a história da região de quem toma o nome e cuja existência acaba por comprovar. (Zilberman, 2008, p. 49.)

      Contemporaneamente, parece-nos que a escola não passou incólume por esse processo. No contexto brasileiro, até a década de 1970, a literatura era entendida como um meio de transmitir a norma culta e incutir valores morais. A partir dessa década, com a entrada da literatura no então 2º grau, é adotada uma abordagem cronológica e historiográfica, com foco em características de uma época, e a literatura também passa a ser utilizada para o ensino da língua.

       Dessa forma, não é exagero dizer que, em contextos escolares, tradicionalmente, a literatura tem funcionado como uma espécie de ferramenta ou apoio (Todorov, 2010), que auxilia no ensino da língua e difunde a história do país e do mundo. Além disso, observa-se uma abordagem calcada na historiografia literária, que busca estabelecer uma série de autores e escolas literárias, com suas características próprias e engessadas.

       Tudo isso nos leva à constatação de que as aulas hoje abordam diversas coisas, mas literatura não é uma delas. Por mais que essa maneira de ensinar pareça um porto seguro – e é frequentemente apregoada por algumas universidades e livros didáticos – acreditamos que se trata, na verdade, de uma armadilha, que pode afastar cada vez mais crianças e jovens de um direito fundamental: o direito à literatura (Candido, 2011).



(Texto – Esdras Soares e Lara Rocha. 07 de agosto de 2023.
Disponível em: <https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/revista-digital/artigo/104/a-literatura-os-jovens-e-a-escola-caminhos-para-aleitura-literaria-e-a-formacao-de-leitores. Fragmento.)
Mantendo-se a correção gramatical e o sentido original do texto, o período “Tudo isso nos leva à constatação de que as aulas hoje abordam diversas coisas, mas literatura não é uma delas.” (6º§) pode ser reescrito da seguinte forma: 
Alternativas
Respostas
21: D
22: B
23: A
24: B
25: D
26: A
27: A
28: B
29: B
30: C
31: D
32: D
33: C
34: B
35: A
36: A
37: B
38: D
39: A
40: C