A teoria de aprendizagem de Vygotsky, também conhecida como sociocultural ou sócio-histórica, destaca a influência do
ambiente social e cultural no desenvolvimento cognitivo humano. Ele enfatiza a importância da interação social e da
mediação cultural na construção do conhecimento e no desenvolvimento das funções psicológicas superiores, como a
linguagem, o pensamento e a aprendizagem. Em sua teoria se considera a característica social e cultural dos processos
psicológicos superiores, a origem social dos sistemas simbólicos mediadores, que possibilitam o desenvolvimento das
funções psicológicas superiores, o desenvolvimento como passagem do interpsíquico ou intermental ao intrapsíquico ou
intramental, além do conceito de zona de desenvolvimento proximal. Para Vygotsky, há uma relação complexa e dinâmica
entre a aprendizagem e o desenvolvimento. Está de acordo com a teoria de Vygotsky:
I. Dependendo da sua complexidade, há aprendizagens que incidem muito, como a aprendizagem da aritmética e da língua
escrita, e outras que não incidem sobre o desenvolvimento psicológico, como andar de bicicleta.
II. O ensino não deve ser direcionado para que a criança ou o adolescente já sabe. Deve antecipar-se ao desenvolvimento. O
educador precisa provocar o desenvolvimento por meio do conhecimento científico.
III. Para Vygotsky, é o desenvolvimento que gera aprendizagem. Cabe ao educador intervir na zona de desenvolvimento real,
no espaço compreendido entre o que a criança já sabe fazer e o que só conseguiria realizar com auxílio de uma pessoa mais
experiente, para provocar avanços na aprendizagem.
IV. A internalização de formas culturais de comportamento está relacionada à reconstrução, por meio das operações com
signos da atividade psicológica.