Questões de Concurso Público Prefeitura de Vitória de Santo Antão - PE 2015 para Assistente Social

Do ponto de vista jurídico-legal, os dois instrumentos fundamentais para elaboração de um projeto de trabalho profissional são a lei 8662/93 e o Código de Ética Profissional.

As propostas apresentadas pelo/a Assistente Social em seus projetos de trabalho devem se centrar apenas nas requisições institucionais.

O projeto profissional se configura tanto como instrumento para o trabalho do/a Assistente Social com outros/as profissionais, como pelo ponto de agregação da população demandatária.

A caracterização da instituição, dos/as usuários/as dos serviços disponibilizados pela instituição e a clarificação dos pressupostos teóricos que darão concretude ao trabalho do/a Assistente Social são elementos necessários para a elaboração do projeto de trabalho profissional.

O projeto ético-político profissional é materializado pela soma de todos os projetos de assistentes sociais, desenvolvidos nos distintos espaços sócio-ocupacionais em que se inserem esses/as profissionais.

O desenvolvimento capitalista industrial e a expansão urbana relacionam-se ao desenvolvimento do Serviço Social como profissão reconhecida na divisão social e técnica do trabalho.

As transformações societárias contemporâneas não afetam o/a Assistente Social, uma vez que este/a possui ampla liberdade em sua ação profissional, considerando o fato de ser um profissional liberal.

A transição da década de 1970 à de 1980 marca um momento importante no desenvolvimento do Serviço Social no Brasil, vinculado, especialmente ao enfrentamento e à denúncia do conservadorismo profissional. Mas, desde a segunda metade dos anos 1960, quando o Movimento de Reconceituação deu seus primeiros passos, o conservadorismo profissional já era objeto de problematização.

O Serviço Social, no contexto de seu surgimento no Brasil e durante o processo de institucionalização profissional, não ultrapassava o imediatismo das demandas institucionais colocadas a sua prática e não possuía uma visão crítica sobre a questão social. Isso se dava pelos aportes teóricos que utilizava para explicar a realidade social, a saber: os fundamentos filosóficos da doutrina social da igreja (neotomismo), os conteúdos ideológicos (pensamento conservador) e a perspectiva analítica então hegemônica nas ciências sociais (positivismo).

No desenvolvimento do seu trabalho, o/a Assistente Social lança mão de bases teórico-metodológicas, as quais contribuem para iluminar a leitura da realidade e imprimir rumos à intervenção profissional. Na atualidade, o arcabouço teórico-metodológico hegemônico na categoria é a teoria social crítica.

A análise das políticas sociais sob o enfoque dialético precisa considerar elementos essenciais para explicar seu surgimento e desenvolvimento, a saber: a natureza do capitalismo, seu grau de desenvolvimento e as estratégias de acumulação prevalente; o papel do Estado na regulamentação e na implementação das políticas sociais; o papel das classes sociais.

A concepção teórica para a análise das políticas sociais denominada “liberal revisitada” evidencia a impossibilidade de convivência entre as políticas sociais universais e as focalizadas.

As políticas sociais não têm qualquer relação com as concepções de direitos e de justiça social, configurando-se unicamente como estratégias de acessos a bens e serviços sociais.

O trabalho desenvolvido pelos assistentes sociais nas esferas de formulação, gestão e execução da política social é relevante para o processo de institucionalização das políticas públicas, mas não se relaciona de nenhuma maneira com a consolidação do projeto ético-político da profissão.

São inexpressivos os programas de transferência de renda no contexto da política social brasileira contemporânea.

A proposição de ações socioeducativas com indivíduos, grupos e famílias não obriga o profissional a conhecer as políticas sociais e as postulações legais referentes ao espaço sócio-ocupacional em que as referidas ações irão ser realizadas.

A orientação e o acompanhamento de indivíduos, grupos e famílias, enquanto ações socioeducativas, contribuem para o fortalecimento de processos emancipatórios, independentemente do arcabouço teórico-metodológico utilizado pelo/a profissional para fundamentar essas ações.

As ações profissionais desenvolvidas junto a indivíduos, grupos e famílias não são determinadas pelas relações entre as classes na sociedade capitalista, assim como não são mediatizadas pelas políticas sociais.

As ações profissionais desenvolvidas junto a indivíduos, grupos e famílias se voltam exclusivamente a responder as necessidades de sobrevivência dos que vivem do trabalho.

As competências específicas dos/as assistentes sociais, no âmbito da política de Assistência Social, abrangem diversas dimensões interventivas, complementares e indissociáveis, entre as quais, a dimensão que engloba as abordagens individuais, familiares ou grupais na perspectiva de atendimento às necessidades básicas e acesso aos direitos, bens e equipamentos públicos. Nessa perspectiva, essa dimensão não deve se orientar pelo atendimento psicoterapêutico, mas sim à potencialização da orientação social com vistas à ampliação do acesso dos indivíduos e da coletividade aos direitos sociais.