Questões de Concurso Público IF-SE 2024 para Médico - Área: Psiquiatria
Foram encontradas 14 questões
Leia o caso clínico a seguir.
Paciente J., 27 anos, foi levado a um psiquiatra pela irmã mais velha, depois de passar mal na festa de confraternização da empresa onde trabalha. Relatou que durante a apresentação de sua promoção pelo seu chefe, relatou tontura, formigamento dos braços e mãos, peito apertado, coração disparado, sensação de que iria desmaiar a qualquer momento. Teve que abandonar às pressas a festa e ir a uma emergência, pois achou que estava “infartando”. Segue relatando que já tinha apresentado uma crise semelhante, mas em menor intensidade, na oportunidade de entrevista de emprego nessa mesma empresa, há 4 anos. A irmã relata que desde pequeno J. era “arredio”, não gostava de se socializar. Era muito tímido, envergonhado. Sempre evitava ir a festas ou reuniões sociais, sobretudo na adolescência. Nunca namorou, por medo de ser criticado. Tenta sempre fazer o melhor em seu trabalho, para evitar as críticas. Já inclusive tinha rejeitado uma promoção por esse motivo. Sempre teve uma baixa autoestima. Mora ainda com a mãe.
O psiquiatra lhe prescreveu 25mg de paroxetina, para “ansiedade”. Cerca de 10 dias depois do início da medicação, a mãe reparou que J. estava mais alegre, falante, “radiante”, cheio de planos. Relatava que queira se candidatar à representante da sala. Cheio de energia, não dormia direito a noite. 15 dias após o início da paroxetina, a família retornou ao psiquiatra, que suspendeu a paroxetina. Dois dias depois, J. voltou a se queixar dos mesmos sintomas de antes, retornando ao comportamento anterior a medicação.
Baseado na história clínica, o(s) diagnóstico(s) compatível
para o caso é
Analise o caso clínico a seguir.
Um senhor de 77 anos foi ao pronto socorro acompanhado por seus familiares com a queixa de ele estar agitado há 5 dias. Nesse período passou subitamente a ficar mais distraído. Tira pequenos cochilos durante o dia, intercalando períodos de tranquilidade com períodos em que fica agitado, principalmente no período noturno. Há 2 dias tem relatado que nas paredes do quarto, na penumbra, animais brilhantes desfilam, “como num sonho”, que o deixava angustiado. Há 1 dia se queixou que eu olho esquerdo estava “caído” É portador de hipertensão arterial e diabetes. Faz uso de enalapril e metformina. Nunca fez tratamento com psiquiatra, mas já fez psicoterapia aos 20 anos em um período em que se sentia desanimado. Antes do ocorrido estava bem e tanto o paciente quanto seus familiares negaram evento estressor. Negou abuso de drogas. Na avaliação se apresentou com atitude indiferente, sonolento, desorientado, desatento, com memória imediata reduzida, pensamento lentificado, eutímico, com lentificação psicomotora e tremores de extremidade finos em repouso, sem crítica. Apresentava ptose palpebral esquerda, com dilatação pupilar.
O(s) sintoma(s) psicopatológico(s) evidente(s) e a
síndrome envolvida são:
Leia o caso clínico a seguir.
Um homem de 45 anos é encaminhado à avaliação de um psiquiatra forense após ser preso e acusado de um crime de tentativa de homicídio há 3 meses. Na prisão, era frequentemente encontrado vagando desorientado pelos corredores. Ele apresenta comportamento estranho e respostas incomuns, durante a avaliação inicial, com respostas aproximadas. Ao ser questionado sobre seu nome, ele responde com nomes de pessoas famosas, mas de maneira hesitante e incoerente. Quando perguntado sobre a data atual, ele fornece uma resposta incorreta e pouco precisa. Durante a conversa, o paciente apresenta um sorriso irônico e parece desviar o olhar enquanto responde às perguntas. Ele parece confuso e tem dificuldade em manter a atenção. Quando questionado sobre sua localização atual, ele dá respostas vagas e não relacionadas ao lugar em que está preso. Ao ser perguntado sobre o suposto crime, desconversa, como se estivesse confuso.
Na entrevista com familiares e testemunhas, não há relatos de antecedentes psicopatológicos ao longo de sua vida. À época do delito, não há descrição de alterações psicopatológicas de grande monta.
Durante o exame físico, o paciente parece ter dificuldade em andar de maneira coordenada e seus movimentos são desajeitados. Ele também relata dores de cabeça intermitentes e visão turva, mas não há sinais físicos objetivos que justifiquem esses sintomas.
Diante do exposto acima no caso, o diagnóstico
psicopatológico compatível e a decisão pericial são,
respectivamente:
Leia o caso clínico a seguir.
S. de 56 anos, há 2 anos tem apresentado alterações de comportamento, com surgimento insidioso e progressão gradual. Começou a ter dificuldade em manter-se em sua profissão (serralheiro), pois distraia-se com facilidade com conversas ou outras máquinas que estavam ao seu redor. Seu chefe o repreendia e ele parecia não se importar com isso. Após 3 meses, ele foi demitido e não conseguiu mais emprego. Apresentou inicialmente maior irritabilidade, labilidade emocional, evoluindo para desinibição comportamental, apatia, comportamento perseverante, hiperoralidade (pegava comida dos pratos dos filhos e enchia a boca até engasgar-se e regurgitar) além de um declínio importante na cognição social e nas capacidades executivas. Sua memória está relativamente preservada. Apresenta hipercolesterolemia desde os 50 anos e hipertensão arterial desde os 45 anos. Faz uso de Losartana desde os 58 anos. Nega diabetes.
O diagnóstico compatível com o quadro clínico é