Questões de Concurso Público Prefeitura de Patrocínio - MG 2023 para Médico Veterinário

Os agentes etiológicos da esporotricose estão distribuídos amplamente no solo rico em matéria vegetal, sob determinadas condições de temperatura e umidade, o que favorece a sua persistência e dificulta o seu controle.

 A infecção ocorre, principalmente, pelo contato do fungo com a pele ou mucosa, por trauma decorrente de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira; contato com vegetais em decomposição; traumas relacionados a animais, sendo o gato o mais comum.

A ocorrência de casos de esporotricose decorre da interconexão complexa de sistemas sociais e biológicos entre a saúde humana, animal e ambiental, o que requer abordagens multi e interdisciplinares.

A esporotricose humana é de evolução aguda, geralmente maligna e restrita à pele e aos vasos linfáticos adjacentes, causando ulceras, nódulos e abscessos.

O agente etiológico é um bacilo gram-negativo, anaeróbio e esporulado. Em sua forma vegetativa, pode produzir pré-toxina botulínica. 

Apesar de a toxina botulínica ser letal e apenas uma pequena quantidade causar doença, as toxinas são termolábeis e podem ser destruídas se aquecidas a 80°C por, no mínimo, dez minutos.

São conhecidos sete tipos de toxinas botulínicas: A, B, C1, C2, D, E, e F. Os tipos que causam doença no ser humano são: A, B, E e F, sendo os mais frequentes o A e o B.

Devido à gravidade da doença e à possibilidade de ocorrência de outros casos resultantes da ingestão da mesma fonte de alimentos contaminados, um caso é considerado surto e emergência de saúde pública. Todo caso suspeito de botulismo exige notificação à vigilância epidemiológica local em até 48 horas.

É causada por um vírus que possui a forma de um projétil e apresenta dois antígenos, o primeiro de superfície (glicoproteína) que induz a formação de anticorpos neutralizantes e adsorção vírus-célula. O segundo antígeno é interno, constituído por uma nucleoproteína.

A transmissão envolve quatro ciclos epidemiológicos distintos. No ciclo aéreo a doença é transmitida entre os morcegos, o ciclo silvestre, com transmissão entre animais silvestres (exemplo: macacos e raposas), o ciclo urbano, com transmissão entre cães e gatos e o rural que envolve bovinos, bubalinos e equinos. A partir desses ciclos a doença pode acometer os humanos. 

Os casos de animais positivos para raiva devem ser informados para as áreas competentes dos serviços de saúde municipais, para que seja realizada a busca por pessoas expostas e iniciadas as medidas profiláticas conforme a situação. As atividades de comunicação de risco devem ser realizadas de forma a ampliar a notificação de casos suspeitos e evitar o contato da população com os animais expostos ao vírus. 

Em ruminantes domésticos, a transmissão ocorre principalmente a partir do ciclo silvestre, com a transmissão por morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus por mordedura, ou lambedura durante a alimentação. O período de incubação varia entre 15 a 45 dias.