Questões de Concurso Público UFRJ 2014 para Técnico em Assuntos Educacionais - Atendimento a Alunos
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O trechos a seguir são os parágrafos finais do conto Gato gato gato, de Otto Lara Resende. Leia-os e responda à questão.
“O silêncio da tarde invariável. O intransponível muro entre o menino e tudo que não é o menino. A cidade, as casas, os quintais, a densa copa da mangueira de folhas avermelhadas. O (1) inatingível (2) céu azul.
Em cima do muro, indiferente aos cacos de vidro, um gato – outro gato, o sempre gato – transportava para a casa vizinha o (3) tédio de um mundo impenetrável. O vento quente que desgrenhou o mormaço trouxe de longe, de outros quintais, o vitorioso canto de um galo.”
Marque a alternativa que justifica corretamente a acentuação das palavras em destaque no texto.
Acentuam-se graficamente:
REGIME JURÍDICO
Em 27 de março último, o Conselho Universitário da UFRJ aprovou a criação do Ano da Memória e Verdade da universidade. Especialmente entre 1º de abril de 2014 e 1º de abril de 2015, diversas iniciativas coordenadas pela Comissão da Memória e Verdade da instituição discutirão os anos de ditadura militar marcados por graves violações de direitos na sociedade, nas instituições universitárias, em geral, e na UFRJ, em especial.
O texto adiante é integrado de partes do artigo de Maurício Dias, publicado em 26 de abril de 2014, no Portal da revista Carta Capital.
“A difamação da política afeta o eleitor
As pesquisas mostram que, fosse hoje o pleito, 62% dos eleitores não votariam em ninguém
(...) não há até agora e, talvez nem haja até o dia da eleição, novidade maior do que o refluxo de eleitores apontado nas pesquisas eleitorais recentes. A soma dos porcentuais de votos brancos e nulos, de rejeição e daqueles que não quiseram ou não souberam responder, está próxima dos 40%. É um porcentual inédito e expressa, aproximadamente, quase 50 milhões de um total de 140 milhões de eleitores brasileiros.
Há dados conjunturais diversos dando vida a esse problema. Alguns são antigos e outros, mais modernos, como é o caso da demonização dos políticos.
(...) O ataque aos políticos, resumidamente, tem sido sempre, até agora, uma tentativa de desestabilizar a base governista. É preciso dizer com franqueza, porém, que os políticos contribuem para tanto. (...) O descrédito facilitou a ingerência de uma questão chamada judicialização da política, que, por sinal, perturba o processo democrático ao longo do mundo.(...)”
O texto que segue apresenta trechos selecionados do artigo publicado pelo professor da UFRJ, e diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia - (COPPE) da Universidade, Luiz Pinguelli Rosa
“Um almoço para Einstein
(...) Infelizmente, para a mentalidade conservadora e juridicista que entrava o serviço público, tudo o que moderniza a gestão do Estado é inimigo, até mesmo as fundações de apoio, criadas por lei com esse propósito. Por sua vez, tudo o que segue o caminho mais complicado e demorado é amigo: (...) São muitas as proibições que estimulam o imobilismo e a indolência, pois qualquer iniciativa acadêmica pode violar algo. (...) O deputado Chico Alencar contou 3,7 milhões de leis “no país da cultura bacharelesca”. Uma denúncia anônima mentirosa - disparada como um míssil por um inimigo pessoal - pode levar um colega sério a ser alvo de perseguição kafkiana. (...) Em 1925, Einstein esteve na UFRJ: na Escola Politécnica e no Museu Nacional, fundados por Dom João VI. (...)Oferecer um almoço na visita de Einstein à universidade hoje poderia ser considerado um ato ilícito,(...)”.
Até que se promova a já necessária atualização do Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais, deve ser permanente o esforço para fazer valer o DNA democrático da lei que o instituiu, herdado da Constituição Federal, promulgada em 1988.
Uma das expressões da desatualização da Lei Federal n° 8.112, de 1990, já com 24 anos, é a omissão de dispositivos claros a respeito de manifestações de assédio moral, absurdamente cada vez mais comuns, sobretudo no nível das relações hierárquicas. Além do dispositivo que proíbe o servidor de promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição, no Regime Disciplinar dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais (Título IV da referida Lei) há deveres que, respeitados pela autoridade, resguardam o servidor de variadas modalidades de assédio moral. Assinale, adiante, a alternativa em que esses deveres são citados:
A partir da leitura do poema Pneumotórax, de Manuel Bandeira, responda à questão:
“Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
osse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
- Diga trinta e três.
- Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
- Respire.
- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.”
Depois da leitura do texto adiante, responda à questão:
“A CRISE NAS RUAS DA EUROPA
Classe média vira o ‘novo pobre’ europeu, sem casa, sem emprego e morando na rua.
A crise econômica alterou as ruas de Paris. Em frente ao famoso Museu do Louvre, todas as semanas, passam numerosas marchas de protesto contra as medidas conservadoras do governo francês e os cortes sociais. Na bela e imponente avenida Champs Elysees, império da moda, grandes marcas como Louis Vuitton, Chanel, Dior, Giorgio Armani, entre outras, agora dividem o cenário com mendigos e sem-teto. (...)”
Fania Rodrigues. Revista Caros Amigos, abril de 2014.
Os versos adiante são da belíssima obra Pedro Pedreiro, do autor e compositor Chico Buarque de Holanda, aqui citada apenas para nos ajudar a pensar sobre a universal e sensível questão da remuneração do trabalho. Depois de sua leitura, responda à questão:
“Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém
Pedro pedreiro fica assim pensando
Assim pensando o tempo passa e a gente vai ficando prá trás
Esperando, esperando, esperando
Esperando o sol, esperando o trem
Esperando aumento desde o ano passado para o mês que vem.
(...)”
O texto a seguir é fragmento do estudo “Os olhos do regime militar brasileiro nos campi. As assessorias de segurança e informações das universidades”, do pesquisador Rodrigo Patto Sá Motta. Leia-o, atentamente, e responda à questão proposta .
“Devido à prática de disseminação de documentos entre as agências da comunidade de informações, os Arquivos das AESI1 da UFMG2 e UnB3 contêm também documentos produzidos por outras AESIs universitárias, bem como volume considerável de material proveniente da Divisão de Segurança e Informações do Ministério da Educação e Cultura (DSI/MEC), órgão supervisor de todas as AESI universitárias e, por sua vez, subordinado ao Serviço Nacional de Informações. (...) O desaparecimento da documentação produzida por essas Assessorias – na verdade, em muitos casos houve destruição proposital – está longe de ser acontecimento fortuito. (...)”
1 Assessoria Especial de Segurança e Informação.
2 Universidade Federal de Minas Gerais.
3 Universidade de Brasília.
Nos termos da Lei Federal n° 8.112, de 1990, “retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,
qualquer documento ou objeto da repartição”:
Concebido para valorizar a função pública e atrair competências para a administração, o instituto da pensão vem sofrendo o questionamento crescente de setores da sociedade. Tudo agravado, registre-se, pelas efetivas deficiências de parte dos serviços prestados pelo Estado, mas também pela desacreditação deliberada e sistemática do público e da política.
Assinale, adiante, a afirmação INCORRETA quanto ao estabelecido no Título VI da Lei Federal
n° 8.112, de 1990, sobre a pensão.
No artigo Natureza e função da administração escolar, publicado em 1968, pela ANPAE, Anísio Teixeira afirma:
“Há no ensino, na função de ensinar, em gérmen, sempre ação administrativa. Seja a lição, seja a classe, envolve tomada de decisões, envolve administração, ou seja, plano, organização, execução, obediente a meios e técnicas. De modo geral o professor administra a lição ou a classe, ensina, ou seja,... comunica o conhecimento,... e orienta ou aconselha o aluno, função antes moral, envolvendo sabedoria, intuição, empatia humana. Alguns serão mais administradores, outros mais professores, outros mais conselheiros, todos, porém, terão de algum modo de exercer as três funções. Alguns, em casos raros, serão excelentes nas três funções.”
(TEIXEIRA, 1968, p. 14)
Esse fragmento do texto explicita parte das ideias que foram defendidas por esse importante intelectual brasileiro, acerca da ação administrativa, nas instituições de ensino. Reflita sobre as afirmativas a seguir.
1. A ação administrativa é sempre uma decisão política que terá repercussões e consequências de longo alcance sobre o acesso às oportunidades sociais da vida, de cada um, de todos os alunos, em sociedade.
2. Cada especialista, em uma instituição educativa, deve ter bem delineado seu papel para que as funções não se confundam, devendo, cada um, inclusive, ser formado em curso diferente, dada a especificidade do papel desempenhado.
3. A razão de ser da gestão da educação consiste em garantir a qualidade do processo de formação humana que possibilitará ao educando crescer e, por intermédio dos conteúdos do ensino, que são conteúdos de vida, tornar-se mais humano.
4. A administração escolar pode ser equiparada à administração de empresa, visto que cabe ao administrador escolar aprender as técnicas, os procedimentos e o espírito da complexa ciência do administrador de empresa de bens materiais de consumo, com vistas ao alcance dos objetivos educacionais.
Assinale a alternativa que apresenta
afirmativas corretas:
“O ser humano, para alcançar um determinado resultado, encadeia suas ações e, em consequência, constitui um processo para atingir aquele resultado. Quando se tratar de uma ação simples ou que envolva poucas pessoas, não será necessária uma grande preocupação teórica; quando porém, o resultado a alcançar for amplo ou complexo... ou a ação envolver muitas pessoas, os cuidados teóricos devem ser extremos” (GANDIN, 2013, p. 9)
O “percurso” de elaboração de um planejamento educacional passa pelas etapas abaixo. Enumere-as progressivamente de acordo com o processo de execução.
( ) Verificar a distância entre o desejado e o que temos.
( ) Definir o caminho: ações, atitudes e comportamentos, normas.
( ) Compreender a situação.
( ) Estabelecer o rumo: Para onde se vai?
Assinale a alternativa que contém a sequência correta.
Os psicólogos Jean Piaget e Lev Vygotsky construíram teorias fundamentais para a compreensão da construção do conhecimento do ser humano. As pesquisas de Piaget priorizam o processo de maturação biológica associado com os processos autônomos e espontâneos, importantes para o desenvolvimento e aprendizagem. Vygotsky privilegia a influência do ambiente social e cultural, pois o desenvolvimento da inteligência e da personalidade é externamente motivado pelas relações interpessoais.
Considerando as concepções de Vygotsky, o papel da palavra como comunicação:
O conhecimento dos mecanismos de defesa, pesquisados por Freud (1856-1939), permite aos profissionais da educação a compreensão sobre aspectos psicológicos que podem intervir sobre a aprendizagem, podem ser frequentemente utilizados pelas pessoas, seja qual for a situação vivenciada.
Um trabalhador, por exemplo, mostrava insucesso em suas atividades. Quando indagado por uma direção, justificou as falhas pelo modo como o coordenador relacionava-se com o grupo em um determinado departamento. Em outro, momento, atribuiu aos colegas a responsabilidade. Ao formular razões lógicas para justificar sentimentos ou comportamentos inaceitáveis, esse profissional apresenta o mecanismo de defesa denominado: