Questões de Concurso Público UFRJ 2015 para Auxiliar em Administração - Biblioteca

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Q502197 Português
TEXTO 1
                                           SERGIO CASTRO/ESTADÃO CONTEÚDO
imagem-001.jpg
                               A gestão da água não construiu um sistema interligado que
                                                                          equilibrasse demanda e estoque

                                                O MITO DA ESTIAGEM DE SÃO PAULO
                                                                                                                       Luis Antonio Bittar Venturi

       A água é um dos recursos naturais mais abundantes no planeta e as quantidades existentes sobram diante da necessidade humana. Mesmo considerando apenas as águas doces continentais, 3%do total da Terra, há muito mais água do que a capacidade humana de utilizá-la. Indo além, apenas a quantidade de água que precipita anualmente só na superfície dos continentes (cerca de 110 km3) já seria capaz, se fosse captada e armazenada, de suprir  toda a humanidade. Considerando a água subterrânea, o Alter do Chão, maior aquífero do mundo sob a  Bacia Amazônica, armazena água suficiente (86 mil km3)  para abastecer a humanidade por pelo menos três séculos, já que ele é continuamente recarregado pela infiltração de água proveniente da atmosfera  e da superfície.
       Os estoques de água doce são inesgotáveis,  na medida em que são alimentados principalmente
pelos oceanos, infinitos via evaporação e precipitação, ou seja, pelo ciclo hidrológico, que depende  de forças físicas as quais o homem nunca poderá  interromper. Enquanto existirem, o ciclo funcionará
e os estoques de água doce nos continentes serão  repostos indefinidamente.
       O alerta de que a água vai acabar, portanto, não  tem fundamento. Obviamente que a água não se
distribui equitativamente pelo planeta. Há regiões  com muita água, normalmente na zona tropical, na
qual a evaporação é maior, e regiões áridas, onde,  por razões específicas da dinâmica climática, as taxas de evaporação são maiores do que a precipitação, gerando déficit de reposição de estoques de  água doce. Esse não é o caso de São Paulo, cidade  situada em uma região úmida, com elevados índices  pluviométricos, em grande parte decorrente da umidade trazida do oceano pelas massas de ar.
      Enquanto o Sol brilhar, a Terra girar e a Lei da  Gravidade não for “revogada", as recargas de água
doce na Região Sudeste estarão garantidas, em volumes muito superiores à nossa necessidade.

                                POR QUE FALTA ÁGUA EM SÃO PAULO?

        Considerando apenas a Região Metropolitana de  São Paulo (RMSP), há mananciais na parte norte da  região, a (Serra da Cantareira), e em toda a parte  sul, na região da Bacia do Guarapiranga, do Alto Cotia etc., além de reservatórios (represamentos artificiais) que formam um sistema de abastecimento. Além disso, São Paulo importa água de outras bacias, como a do Rio Piracicaba, como também planeja fazer com a Bacia do Rio Ribeira de Iguape.
       Ocorre que, embora haja diversas fontes de  abastecimento para a região, elas não estão interligadas. Trata-se de um sistema desconexo, no qual,  se falta água em um reservatório por um período –  como tem ocorrido com a Cantareira –, não há como compensar esse déficit com a água dos outros. Os sistemas Alto Cotia e Guarapiranga, por exemplo, estiveram, em 2014, com níveis de água superiores ao da Cantareira, que sozinha abastece cerca  de 8 milhões de pessoas.
       Mas não puderam “socorrer" essa demanda por não estarem interligados. Havendo um período de
estiagem natural mais prolongado, como tem ocorrido na Cantareira, a retirada de água tornou-se mais
intensa do que a reposição natural dos estoques, daí  o porquê de suas represas estarem secas. A gestão  dos recursos hídricos não foi inteligente o suficiente  para construir um sistema interligado que equilibrasse demandas e estoques. Se assim o tivessem feito,  amais faltaria água em São Paulo, pois o total de  água existente em torno da RMSP é mais do que  suficiente para atender à demanda.
       Outro fator auxiliar na compreensão da falta d'água em São Paulo refere-se às perdas, que estão entre 27% e 30% de toda a água tratada. Elas  advêm, sobretudo, de vazamentos e de captações
clandestinas, embora, nesse último caso, apesar da  ilegalidade, não haja o desperdício, não haja a perda  de fato da água como há nos vazamentos. Alguém a  está usando, só que sem pagar.

                                                                                 Texto adaptado. Publicado na edição 91, out. 2014
                                                                                   http://www.cartanaescola.com.br/single/show/445
O principal argumento do texto 1 em defesa da tese de que não há risco de a água doce acabar baseia-se na:
Alternativas
Q502198 Português
TEXTO 2
                                                  RECADOS
                                                                            José Miguel Wisnik

       O Cerrado é o Matusalém dos biomas. Enquanto  a Amazônia tem três mil anos de formada, e a Mata  Atlântica, sete mil, o Cerrado tem quarenta milhões. É, ou chegou a ser, o maior viveiro de espécies florais do planeta. Ali, em sua lentidão ancestral, um  buriti de vinte e cinco ou trinta metros de altura tem a  idade do Brasil. Nas suas áreas planas, a água das  chuvas é absorvida pela vegetação nativa, tendo  esta a maior parte da sua estrutura dentro da terra,  como uma verdadeira floresta invertida. Por suas raízes são alimentados os lençóis freáticos e os lençóis  artesianos dos aquíferos, cuja carga interna afora,  por sua vez, na forma das nascentes dos rios (ou,  para dizer como Guimarães Rosa, “rebrotam desengolidos num bilo-bilo fácil").
       Essa respiração hídrica veio sendo sufocada, no  entanto, pela introdução de gramíneas para o pastoreio, pela expansão da fronteira agrícola com a soja  e o algodão, cujas raízes são superficiais, pela ação  dos fertilizantes, pela devastação dos insetos e animais polinizadores, impedindo a renovação da vegetação nativa, ditadas todas pela ocupação desenfreada que o agronegócio impôs ao Cerrado desde os  anos 1970. Aparentemente, teríamos aí apenas uma  mudança de paisagem, e a substituição da flora anciã pelas inovações progressistas das monoculturas, junto com o império do eucalipto a ser convertido em  carvão. Mas, [...] o processo envolve uma devastação invisível de grandes consequências estruturais:  é a floresta subterrânea das raízes que desaparece  junto com a vegetação nativa, com ela o bioma de  milhões de anos e o sistema que alimenta e realimenta os   aquíferos.
       Assim, dezenas de pequenos rios vêm desaparecendo, enquanto as nascentes dos grandes rios  estão secando ou migrando para áreas mais baixas,  à medida que o lençol que as abastece vai sendo  também rebaixado. O esvaziamento a olhos nus das  represas que abastecem São Paulo teria seu correspondente literalmente mais profundo no esgotamento  invisível dos reservatórios subterrâneos, que deu seu  sinal emblemático, faz poucos dias, com o estancamento da nascente do São Francisco. As chuvas que  sobrevierem, quando vierem, não têm a mesma capacidade de nutrir, na falta da vegetação mediadora,  os enfraquecidos reservatórios ocultos. O Brasil não  pode mais ser visto, senão irresponsavelmente, como  o paraíso dos mananciais inesgotáveis.

                                                                                                                             O Globo, 25, out. 2014
Assinale a alternativa em que todas as palavras são acentuadas segundo a mesma regra:
Alternativas
Q502199 Português
TEXTO 2
                                                  RECADOS
                                                                            José Miguel Wisnik

       O Cerrado é o Matusalém dos biomas. Enquanto  a Amazônia tem três mil anos de formada, e a Mata  Atlântica, sete mil, o Cerrado tem quarenta milhões. É, ou chegou a ser, o maior viveiro de espécies florais do planeta. Ali, em sua lentidão ancestral, um  buriti de vinte e cinco ou trinta metros de altura tem a  idade do Brasil. Nas suas áreas planas, a água das  chuvas é absorvida pela vegetação nativa, tendo  esta a maior parte da sua estrutura dentro da terra,  como uma verdadeira floresta invertida. Por suas raízes são alimentados os lençóis freáticos e os lençóis  artesianos dos aquíferos, cuja carga interna afora,  por sua vez, na forma das nascentes dos rios (ou,  para dizer como Guimarães Rosa, “rebrotam desengolidos num bilo-bilo fácil").
       Essa respiração hídrica veio sendo sufocada, no  entanto, pela introdução de gramíneas para o pastoreio, pela expansão da fronteira agrícola com a soja  e o algodão, cujas raízes são superficiais, pela ação  dos fertilizantes, pela devastação dos insetos e animais polinizadores, impedindo a renovação da vegetação nativa, ditadas todas pela ocupação desenfreada que o agronegócio impôs ao Cerrado desde os  anos 1970. Aparentemente, teríamos aí apenas uma  mudança de paisagem, e a substituição da flora anciã pelas inovações progressistas das monoculturas, junto com o império do eucalipto a ser convertido em  carvão. Mas, [...] o processo envolve uma devastação invisível de grandes consequências estruturais:  é a floresta subterrânea das raízes que desaparece  junto com a vegetação nativa, com ela o bioma de  milhões de anos e o sistema que alimenta e realimenta os   aquíferos.
       Assim, dezenas de pequenos rios vêm desaparecendo, enquanto as nascentes dos grandes rios  estão secando ou migrando para áreas mais baixas,  à medida que o lençol que as abastece vai sendo  também rebaixado. O esvaziamento a olhos nus das  represas que abastecem São Paulo teria seu correspondente literalmente mais profundo no esgotamento  invisível dos reservatórios subterrâneos, que deu seu  sinal emblemático, faz poucos dias, com o estancamento da nascente do São Francisco. As chuvas que  sobrevierem, quando vierem, não têm a mesma capacidade de nutrir, na falta da vegetação mediadora,  os enfraquecidos reservatórios ocultos. O Brasil não  pode mais ser visto, senão irresponsavelmente, como  o paraíso dos mananciais inesgotáveis.

                                                                                                                             O Globo, 25, out. 2014
Assinale a alternativa em que o uso do sinal indicativo de crase está de acordo com a modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.
Alternativas
Q502200 Português
TEXTO 1
                                           SERGIO CASTRO/ESTADÃO CONTEÚDO
imagem-001.jpg
                               A gestão da água não construiu um sistema interligado que 
                                                                          equilibrasse demanda e estoque

                                                O MITO DA ESTIAGEM DE SÃO PAULO
                                                                                                                       Luis Antonio Bittar Venturi

       A água é um dos recursos naturais mais abundantes no planeta e as quantidades existentes sobram diante da necessidade humana. Mesmo considerando apenas as águas doces continentais, 3%do total da Terra, há muito mais água do que a capacidade humana de utilizá-la. Indo além, apenas a quantidade de água que precipita anualmente só na superfície dos continentes (cerca de 110 km3) já seria capaz, se fosse captada e armazenada, de suprir  toda a humanidade. Considerando a água subterrânea, o Alter do Chão, maior aquífero do mundo sob a  Bacia Amazônica, armazena água suficiente (86 mil km3)  para abastecer a humanidade por pelo menos três séculos, já que ele é continuamente recarregado pela infiltração de água proveniente da atmosfera  e da superfície. 
       Os estoques de água doce são inesgotáveis,  na medida em que são alimentados principalmente 
pelos oceanos, infinitos via evaporação e precipitação, ou seja, pelo ciclo hidrológico, que depende  de forças físicas as quais o homem nunca poderá  interromper. Enquanto existirem, o ciclo funcionará 
e os estoques de água doce nos continentes serão  repostos indefinidamente. 
       O alerta de que a água vai acabar, portanto, não  tem fundamento. Obviamente que a água não se 
distribui equitativamente pelo planeta. Há regiões  com muita água, normalmente na zona tropical, na 
qual a evaporação é maior, e regiões áridas, onde,  por razões específicas da dinâmica climática, as taxas de evaporação são maiores do que a precipitação, gerando déficit de reposição de estoques de  água doce. Esse não é o caso de São Paulo, cidade  situada em uma região úmida, com elevados índices  pluviométricos, em grande parte decorrente da umidade trazida do oceano pelas massas de ar. 
      Enquanto o Sol brilhar, a Terra girar e a Lei da  Gravidade não for “revogada", as recargas de água 
doce na Região Sudeste estarão garantidas, em volumes muito superiores à nossa necessidade.

                                POR QUE FALTA ÁGUA EM SÃO PAULO?

        Considerando apenas a Região Metropolitana de  São Paulo (RMSP), há mananciais na parte norte da  região, a (Serra da Cantareira), e em toda a parte  sul, na região da Bacia do Guarapiranga, do Alto Cotia etc., além de reservatórios (represamentos artificiais) que formam um sistema de abastecimento. Além disso, São Paulo importa água de outras bacias, como a do Rio Piracicaba, como também planeja fazer com a Bacia do Rio Ribeira de Iguape. 
       Ocorre que, embora haja diversas fontes de  abastecimento para a região, elas não estão interligadas. Trata-se de um sistema desconexo, no qual,  se falta água em um reservatório por um período –  como tem ocorrido com a Cantareira –, não há como compensar esse déficit com a água dos outros. Os sistemas Alto Cotia e Guarapiranga, por exemplo, estiveram, em 2014, com níveis de água superiores ao da Cantareira, que sozinha abastece cerca  de 8 milhões de pessoas.
       Mas não puderam “socorrer" essa demanda por não estarem interligados. Havendo um período de 
estiagem natural mais prolongado, como tem ocorrido na Cantareira, a retirada de água tornou-se mais 
intensa do que a reposição natural dos estoques, daí  o porquê de suas represas estarem secas. A gestão  dos recursos hídricos não foi inteligente o suficiente  para construir um sistema interligado que equilibrasse demandas e estoques. Se assim o tivessem feito,  amais faltaria água em São Paulo, pois o total de  água existente em torno da RMSP é mais do que  suficiente para atender à demanda. 
       Outro fator auxiliar na compreensão da falta d'água em São Paulo refere-se às perdas, que estão entre 27% e 30% de toda a água tratada. Elas  advêm, sobretudo, de vazamentos e de captações 
clandestinas, embora, nesse último caso, apesar da  ilegalidade, não haja o desperdício, não haja a perda  de fato da água como há nos vazamentos. Alguém a  está usando, só que sem pagar.

                                                                                 Texto adaptado. Publicado na edição 91, out. 2014 
                                                                                      http://www.cartanaescola.com.br/single/show/445

TEXTO 2
                                                  RECADOS
                                                                            José Miguel Wisnik

       O Cerrado é o Matusalém dos biomas. Enquanto  a Amazônia tem três mil anos de formada, e a Mata  Atlântica, sete mil, o Cerrado tem quarenta milhões. É, ou chegou a ser, o maior viveiro de espécies florais do planeta. Ali, em sua lentidão ancestral, um  buriti de vinte e cinco ou trinta metros de altura tem a  idade do Brasil. Nas suas áreas planas, a água das  chuvas é absorvida pela vegetação nativa, tendo  esta a maior parte da sua estrutura dentro da terra,  como uma verdadeira floresta invertida. Por suas raízes são alimentados os lençóis freáticos e os lençóis  artesianos dos aquíferos, cuja carga interna afora,  por sua vez, na forma das nascentes dos rios (ou,  para dizer como Guimarães Rosa, “rebrotam desengolidos num bilo-bilo fácil").
       Essa respiração hídrica veio sendo sufocada, no  entanto, pela introdução de gramíneas para o pastoreio, pela expansão da fronteira agrícola com a soja  e o algodão, cujas raízes são superficiais, pela ação  dos fertilizantes, pela devastação dos insetos e animais polinizadores, impedindo a renovação da vegetação nativa, ditadas todas pela ocupação desenfreada que o agronegócio impôs ao Cerrado desde os  anos 1970. Aparentemente, teríamos aí apenas uma  mudança de paisagem, e a substituição da flora anciã pelas inovações progressistas das monoculturas, junto com o império do eucalipto a ser convertido em  carvão. Mas, [...] o processo envolve uma devastação invisível de grandes consequências estruturais:  é a floresta subterrânea das raízes que desaparece  junto com a vegetação nativa, com ela o bioma de  milhões de anos e o sistema que alimenta e realimenta os   aquíferos.
       Assim, dezenas de pequenos rios vêm desaparecendo, enquanto as nascentes dos grandes rios  estão secando ou migrando para áreas mais baixas,  à medida que o lençol que as abastece vai sendo  também rebaixado. O esvaziamento a olhos nus das  represas que abastecem São Paulo teria seu correspondente literalmente mais profundo no esgotamento  invisível dos reservatórios subterrâneos, que deu seu  sinal emblemático, faz poucos dias, com o estancamento da nascente do São Francisco. As chuvas que  sobrevierem, quando vierem, não têm a mesma capacidade de nutrir, na falta da vegetação mediadora,  os enfraquecidos reservatórios ocultos. O Brasil não  pode mais ser visto, senão irresponsavelmente, como  o paraíso dos mananciais inesgotáveis.

                                                                                                                             O Globo, 25, out. 2014



Marque a alternativa em que o termo destacado tem o mesmo valor semântico do termo em destaque no trecho a seguir:

“Considerando a água subterrânea, o Alter do Chão, maior aquífero do mundo sob a Bacia Amazônica, armazena água suficiente (86 mil km3 ) para abastecer a humanidade por pelo menos três séculos, já que ele é continuamente recarregado pela infiltração de água proveniente da atmosfera e da superfície." (texto 1)
Alternativas
Q502201 Português
TEXTO 3

                                    BANDEIRA BRANCA, BANDEIRAS VERDES
                                                                                                          Ana Maria Machado

       Para mim, pensar em águas é pensar em mata. Nasci no bairro carioca de Santa Teresa, encravado na Floresta da Tijuca. Cresci íntima da Mata Atlântica  na serra fluminense (meus avós paternos moravam em Petrópolis) e no vale do Rio Doce (meus avós  maternos eram capixabas). Não consigo deixar de  ligar arvoredo e umidade, fios d'água, cachoeirinhas. Ou de relacionar falta de chuva com falta de mata.
       Não sou técnica no assunto, mas diante da seca  que nos assola, é inevitável examinar o desequilíbrio climático relacionado a fatores ambientais. Então  tento me informar. Descubro que o desmatamento  voltou a crescer no Brasil após ter caído durante dez  anos. Leio que a polícia descobriu que grande parte  dos incêndios na serra fluminense tem origem proposital — sejam criminosos para especulação imobiliária, sejam ignorantes para fazer pastagem ou  roçado. Têm a ver com modelos econômicos perversos e educação inexistente.
       A redução da proteção às matas ciliares deixa  rastros: rio precisa ter corredor de árvores às suas  margens. A largura desse corredor não pode ser objeto de troca em votações no Congresso. É muito bom ter campos plantados, produzindo e  exportando alimento. Mas há que se atentar para a  proteção do delicado equilíbrio ecológico do cerrado,  onde nasce grande parte dos riachos que irão formar  as principais bacias brasileiras — a amazônica  correndo para o norte, a do Prata para o sul, a do  São Francisco que atravessa Minas e Bahia em  busca do nordeste.
       Os jornais dão notícia de um horror inimaginável: na atual estiagem, secou uma nascente do São
Francisco — tradicionalmente chamado Rio da Unidade Nacional. A causa não é a inexistência de unidade nacional. Mas de umidade natural. O pesadelo  está ligado à falta de consciência ambiental.  Não há por que evitar o termo “racionamento" por  sua conotação negativa ou só se preocupar com os
vazamentos de depoimentos sobre corrupção, e esquecer os dos canos que desperdiçam água. Há que  olhar a situação de frente. Poupar água, incentivar  seu reúso. Planejar a recuperação de rios, ter projetos de fortalecimento das bacias. Se a hora é de fazer pontes, que sejam sobre as  águas e não sobre leitos secos.


                                                                                                                              O Globo, 01, nov.2014
Observando a seguinte passagem do texto 3:

“Leio que a polícia descobriu que grande parte dos incêndios na serra fluminense tem origem proposital – sejam criminosos por especulação imobiliária, sejam ignorantes para fazer pastagem ou roçado.", pode-se afirmar que:
Alternativas
Q502202 Português
TEXTO 4

                                           CIENTISTA VÊ RELAÇÃO ENTRE O CLIMA NO
                                          SUDESTE E OS '184 MILHÕES DE CAMPOS DE
                                                          FUTEBOL DESMATADOS'


imagem-003.jpg                                       Árvores são queimadas na Amazônia para a atividade
                                                                  agrícola - NACHO DOCE / REUTERS


       RIO — O cientista Antônio Pereira Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),  lançou anteontem o estudo “O Futuro Climático da Amazônia", no qual relaciona a seca no Sudeste ao desmatamento.

       Qual a relação entre a Floresta Amazônica e o clima do Sudeste?

       O Sudeste fica numa faixa onde há desertos no resto  do mundo: o Atacama, na América do Sul, e o Kalahari,  na África. Por que não temos deserto? Por causa dos  rios voadores, correntes de umidade que vêm da Amazônia e provocam chuvas no Sudeste. O problema é  que arrebentamos a cabeceira desses rios aéreos.

       Só o desmatamento ajuda a explicar a seca?

       A situação é gravíssima. O problema não é só em  São Paulo ou no Espírito Santo. É mundial. É o aquecimento global, é o desmatamento, tudo junto. Nos últimos 40 anos, a Amazônia perdeu, com corte raso e degradação, o equivalente a 184 milhões de campos de futebol. O sistema ambiental está em crise, e o custo de  não resolver essa crise é altíssimo, é a nossa vida.

       O que fazer?

       Primeiro, tomar conhecimento do tamanho do problema. Depois, precisamos replantar nossas florestas. O terceiro ponto é envolver os governos, os empresários e as elites, que têm uma procrastinação  criminosa.

                                                                                                                               O Globo, 01, nov.2014
Na conclusão do texto 4, ao defender o seu ponto de vista, o escritor selecionou o vocábulo procrastinação com referência às atitudes criminosas de governos, empresários e elites no tratamento da questão do desmatamento. Para ser coerente com seu posicionamento, o vocábulo em destaque deve ser compreendido como:
Alternativas
Q502203 Português
TEXTO 5

                                                                                                               Guimarães Rosa

     [...] Dava alegria, a gente ver o regato botar espuma e oferecer suas claras friagens, e a gente pensar no que era o valor daquilo. Um riachinho xexe, puro,  ensombrado, determinado no fino, com rogojeio e  suazinha algazarra – ah, esse não se economizava:  de primeira, a água, pra se beber. Então, deduziram  de fazer a Casa ali, traçando de se ajustar com a beira dele, num encosto fácil, com piso de lajes, a porta-da-cozinha, a bom de tudo que se carecia. Porém,  estrito ao cabo de um ano de lá se estar, e quando  menos esperassem, o riachinho cessou.
       Foi no meio duma noite, indo para a madrugada, todos estavam dormindo. Mas cada um sentiu,  de repente, no coração, o estalo do silenciozinho  que ele fez, a pontuda falta da toada, do barulhinho.  Acordaram, se falaram. Até as crianças. Até os cachorros latiram. Aí, todos se levantaram, caçaram o
quintal, saíram com luz, para espiar o que não havia.  Foram pela porta-da-cozinha. Manuelzão adiante,  os cachorros sempre latindo. – “Ele perdeu o chio..."  Triste duma certeza: cada vez mais fundo, mais longe nos silêncios, ele tinha ido s'embora, o riachinho  de todos. Chegado na beirada, Manuelzão entrou,  ainda molhou os pés, no fresco lameal. Manuelzão,  segurando a tocha de cera de carnaúba, o peito batendo com um estranhado diferente, ele se debruçou  e esclareceu. Ainda viu o derradeiro fapo d'água  escorrer, estilar, cair degrau de altura de palmo a  derradeira gota, o bilbo. E o que a tocha na mão de  Manuelzão mais alumiou: que todos tremiam mágoa  nos olhos. Ainda esperaram ali, sem sensatez; por  fim se avistou no céu a estrela-d'alva. O riacho soluço se estancara,  sem resto e talvez para sempre.  Secara-se a lagrimal, sua boquinha serrana. Era  como se um menino sozinho tivesse morrido.

                                                                           ROSA, Guimarães.Corpo de baile. 3.ed. Rio de Janeiro:
                                                                                                              Nova Fronteira, 2010, p. 169-170.
Leia o seguinte fragmento do texto 5: “Manuelzão, segurando a tocha de cera de carnaúba, o peito batendo com um estranhado diferente, ele se debruçou e esclareceu." Com base na leitura do texto, pode-se afirmar que o segmento destacado revela:
Alternativas
Q502204 Português
TEXTO 5

                                                                                                               Guimarães Rosa

     [...] Dava alegria, a gente ver o regato botar espuma e oferecer suas claras friagens, e a gente pensar no que era o valor daquilo. Um riachinho xexe, puro,  ensombrado, determinado no fino, com rogojeio e  suazinha algazarra – ah, esse não se economizava:  de primeira, a água, pra se beber. Então, deduziram  de fazer a Casa ali, traçando de se ajustar com a beira dele, num encosto fácil, com piso de lajes, a porta-da-cozinha, a bom de tudo que se carecia. Porém,  estrito ao cabo de um ano de lá se estar, e quando  menos esperassem, o riachinho cessou.
       Foi no meio duma noite, indo para a madrugada, todos estavam dormindo. Mas cada um sentiu,  de repente, no coração, o estalo do silenciozinho  que ele fez, a pontuda falta da toada, do barulhinho.  Acordaram, se falaram. Até as crianças. Até os cachorros latiram. Aí, todos se levantaram, caçaram o
quintal, saíram com luz, para espiar o que não havia.  Foram pela porta-da-cozinha. Manuelzão adiante,  os cachorros sempre latindo. – “Ele perdeu o chio..."  Triste duma certeza: cada vez mais fundo, mais longe nos silêncios, ele tinha ido s'embora, o riachinho  de todos. Chegado na beirada, Manuelzão entrou,  ainda molhou os pés, no fresco lameal. Manuelzão,  segurando a tocha de cera de carnaúba, o peito batendo com um estranhado diferente, ele se debruçou  e esclareceu. Ainda viu o derradeiro fapo d'água  escorrer, estilar, cair degrau de altura de palmo a  derradeira gota, o bilbo. E o que a tocha na mão de  Manuelzão mais alumiou: que todos tremiam mágoa  nos olhos. Ainda esperaram ali, sem sensatez; por  fim se avistou no céu a estrela-d'alva. O riacho soluço se estancara,  sem resto e talvez para sempre.  Secara-se a lagrimal, sua boquinha serrana. Era  como se um menino sozinho tivesse morrido.

                                                                           ROSA, Guimarães.Corpo de baile. 3.ed. Rio de Janeiro:
                                                                                                              Nova Fronteira, 2010, p. 169-170.
Em “Triste duma certeza: cada vez mais fundo, mais longe nos silêncios, ele tinha ido s'embora, o riachinho de todos" (texto 5), o diminutivo no substantivo expressa, além de tamanho e afetividade, o sentido de:
Alternativas
Q502205 Português
TEXTO 5

                                                                                                               Guimarães Rosa

     [...] Dava alegria, a gente ver o regato botar espuma e oferecer suas claras friagens, e a gente pensar no que era o valor daquilo. Um riachinho xexe, puro,  ensombrado, determinado no fino, com rogojeio e  suazinha algazarra – ah, esse não se economizava:  de primeira, a água, pra se beber. Então, deduziram  de fazer a Casa ali, traçando de se ajustar com a beira dele, num encosto fácil, com piso de lajes, a porta-da-cozinha, a bom de tudo que se carecia. Porém,  estrito ao cabo de um ano de lá se estar, e quando  menos esperassem, o riachinho cessou.
       Foi no meio duma noite, indo para a madrugada, todos estavam dormindo. Mas cada um sentiu,  de repente, no coração, o estalo do silenciozinho  que ele fez, a pontuda falta da toada, do barulhinho.  Acordaram, se falaram. Até as crianças. Até os cachorros latiram. Aí, todos se levantaram, caçaram o
quintal, saíram com luz, para espiar o que não havia.  Foram pela porta-da-cozinha. Manuelzão adiante,  os cachorros sempre latindo. – “Ele perdeu o chio..."  Triste duma certeza: cada vez mais fundo, mais longe nos silêncios, ele tinha ido s'embora, o riachinho  de todos. Chegado na beirada, Manuelzão entrou,  ainda molhou os pés, no fresco lameal. Manuelzão,  segurando a tocha de cera de carnaúba, o peito batendo com um estranhado diferente, ele se debruçou  e esclareceu. Ainda viu o derradeiro fapo d'água  escorrer, estilar, cair degrau de altura de palmo a  derradeira gota, o bilbo. E o que a tocha na mão de  Manuelzão mais alumiou: que todos tremiam mágoa  nos olhos. Ainda esperaram ali, sem sensatez; por  fim se avistou no céu a estrela-d'alva. O riacho soluço se estancara,  sem resto e talvez para sempre.  Secara-se a lagrimal, sua boquinha serrana. Era  como se um menino sozinho tivesse morrido.

                                                                           ROSA, Guimarães.Corpo de baile. 3.ed. Rio de Janeiro:
                                                                                                              Nova Fronteira, 2010, p. 169-170.
Por ser um texto literário, o tratamento da linguagem no texto 5 objetiva a estética de um universo mágico, subjetivo. Em “E o que a tocha na mão de Manuelzão mais alumiou: que todos tremiam mágoa nos olhos" ,pode-se considerar a construção de uma figura de linguagem conhecida como:
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Q502206 Português
TEXTO 3

                                    BANDEIRA BRANCA, BANDEIRAS VERDES
                                                                                                          Ana Maria Machado

       Para mim, pensar em águas é pensar em mata. Nasci no bairro carioca de Santa Teresa, encravado na Floresta da Tijuca. Cresci íntima da Mata Atlântica  na serra fluminense (meus avós paternos moravam em Petrópolis) e no vale do Rio Doce (meus avós  maternos eram capixabas). Não consigo deixar de  ligar arvoredo e umidade, fios d'água, cachoeirinhas. Ou de relacionar falta de chuva com falta de mata.
       Não sou técnica no assunto, mas diante da seca  que nos assola, é inevitável examinar o desequilíbrio climático relacionado a fatores ambientais. Então  tento me informar. Descubro que o desmatamento  voltou a crescer no Brasil após ter caído durante dez  anos. Leio que a polícia descobriu que grande parte  dos incêndios na serra fluminense tem origem proposital — sejam criminosos para especulação imobiliária, sejam ignorantes para fazer pastagem ou  roçado. Têm a ver com modelos econômicos perversos e educação inexistente.
       A redução da proteção às matas ciliares deixa  rastros: rio precisa ter corredor de árvores às suas  margens. A largura desse corredor não pode ser objeto de troca em votações no Congresso. É muito bom ter campos plantados, produzindo e  exportando alimento. Mas há que se atentar para a  proteção do delicado equilíbrio ecológico do cerrado,  onde nasce grande parte dos riachos que irão formar  as principais bacias brasileiras — a amazônica  correndo para o norte, a do Prata para o sul, a do  São Francisco que atravessa Minas e Bahia em  busca do nordeste.
       Os jornais dão notícia de um horror inimaginável: na atual estiagem, secou uma nascente do São 
Francisco — tradicionalmente chamado Rio da Unidade Nacional. A causa não é a inexistência de unidade nacional. Mas de umidade natural. O pesadelo  está ligado à falta de consciência ambiental.  Não há por que evitar o termo “racionamento" por  sua conotação negativa ou só se preocupar com os 
vazamentos de depoimentos sobre corrupção, e esquecer os dos canos que desperdiçam água. Há que  olhar a situação de frente. Poupar água, incentivar  seu reúso. Planejar a recuperação de rios, ter projetos de fortalecimento das bacias. Se a hora é de fazer pontes, que sejam sobre as  águas e não sobre leitos secos.


                                                                                                                              O Globo, 01, nov.2014

TEXTO 5

                                                                                                               Guimarães Rosa

     [...] Dava alegria, a gente ver o regato botar espuma e oferecer suas claras friagens, e a gente pensar no que era o valor daquilo. Um riachinho xexe, puro,  ensombrado, determinado no fino, com rogojeio e  suazinha algazarra – ah, esse não se economizava:  de primeira, a água, pra se beber. Então, deduziram  de fazer a Casa ali, traçando de se ajustar com a beira dele, num encosto fácil, com piso de lajes, a porta-da-cozinha, a bom de tudo que se carecia. Porém,  estrito ao cabo de um ano de lá se estar, e quando  menos esperassem, o riachinho cessou.
       Foi no meio duma noite, indo para a madrugada, todos estavam dormindo. Mas cada um sentiu,  de repente, no coração, o estalo do silenciozinho  que ele fez, a pontuda falta da toada, do barulhinho.  Acordaram, se falaram. Até as crianças. Até os cachorros latiram. Aí, todos se levantaram, caçaram o 
quintal, saíram com luz, para espiar o que não havia.  Foram pela porta-da-cozinha. Manuelzão adiante,  os cachorros sempre latindo. – “Ele perdeu o chio..."  Triste duma certeza: cada vez mais fundo, mais longe nos silêncios, ele tinha ido s'embora, o riachinho  de todos. Chegado na beirada, Manuelzão entrou,  ainda molhou os pés, no fresco lameal. Manuelzão,  segurando a tocha de cera de carnaúba, o peito batendo com um estranhado diferente, ele se debruçou  e esclareceu. Ainda viu o derradeiro fapo d'água  escorrer, estilar, cair degrau de altura de palmo a  derradeira gota, o bilbo. E o que a tocha na mão de  Manuelzão mais alumiou: que todos tremiam mágoa  nos olhos. Ainda esperaram ali, sem sensatez; por  fim se avistou no céu a estrela-d'alva. O riacho soluço se estancara,  sem resto e talvez para sempre.  Secara-se a lagrimal, sua boquinha serrana. Era  como se um menino sozinho tivesse morrido.

                                                                           ROSA, Guimarães.Corpo de baile. 3.ed. Rio de Janeiro: 
                                                                                                              Nova Fronteira, 2010, p. 169-170.

Nos textos 3 e 5 são expostas reações decorrentes da seca de uma nascente do São Francisco e de um riachinho.
Indique que sentimentos envolvem essas reações, nos textos 3 e 5, respectivamente:
Alternativas
Q502207 Direito Administrativo
O direito à transparência, à verdade e à cidadania figura em vários capítulos da Lei nº 8.112/90. Marque a alternativa que se refere a esse campo ético-político que deve reger as relações entre Estado e Sociedade.
Alternativas
Q502208 Direito Administrativo
A Infoglobo, empresa que administra os meios de comunicação do Grupo Globo, demitiu nesta quinta-feira cerca de 160 pessoas. Dessas, 30 são jornalistas, alguns com larga experiência e vencedores de prêmios importantes. (...) O Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro publicou uma nota de repúdio às demissões na Infoglobo. “Hoje é um dia triste para o jornalismo brasileiro. Otimização, revisão de processos, reestruturação. Eufemismos corporativos foram usados pela Infoglobo para justificar demissões em série de jornalistas de 'O Globo'", disse o sindicato. Fragmento adaptado da matéria “'O Globo' e o 'Estado de Minas' promovem demissões em massa", publicada em 11.01.2015, no Jornal do Brasil on line

Para proteger os interesses da administração, a Lei nº 8.112/90 dispõe sobre os deveres, as proibições e as penalidades aos quais os servidores públicos estão submetidos. Sobre a penalidade demissão é INCORRETO dizer que:
Alternativas
Q502209 Direito Administrativo
Além de direitos e de deveres, também são vedadas ao servidor condutas que ferem a ética pública e que desrespeitam ou contrariam os direitos democráticos de cidadania. Marque a alternativa que apresenta ERRONEAMENTE proibição prevista na Lei nº 8.112/90:
Alternativas
Q502210 Direito Administrativo
O estágio probatório é uma ferramenta de controle de qualidade do serviço prestado pelos servidores públicos à administração. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento terá sua aptidão e capacidade avaliadas para o desempenho do cargo. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta:
Alternativas
Q502211 Direito Administrativo
A Lei nº 8.112/90 diferencia vencimento e remuneração dos servidores públicos da seguinte forma: vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei; remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. É correto afirmar que:
Alternativas
Q502212 Direito Administrativo
O Plano de Seguridade Social objetiva assegurar a seus beneficiários os meios indispensáveis para sua manutenção, dando cobertura aos riscos a que estão sujeitos o servidor e sua família. Sobre este assunto é INCORRETO afirmar que:
Alternativas
Q502213 Direito Administrativo
O concurso público de provas ou de provas e títulos é obrigatório para a nomeação em cargos de provimento efetivo da administração pública federal. Sobre a investidura e o provimento de cargos públicos na UFRJ, assinale a alternativa correta:
Alternativas
Q502214 Direito Administrativo
O pacote anticorrupção enviado pelo governo ao Congresso Nacional no dia 18 de março deste ano evidencia a necessidade de o Estado se organizar para reduzir os índices de corrupção no Brasil. A principal meta do pacote está na agilização de processos judiciais e administrativos que tenham relação à prática de atos ilícitos contra o patrimônio público.
O servidor público responde não apenas administrativa, mas também civil e penalmente pelo exercício irregular de suas atribuições. Assinale a alternativa INCORRETA sobre o assunto:
Alternativas
Q502215 Direito Administrativo
Em relação às penalidades disciplinares previstas na Lei nº 8.112/90 é correto afirmar que:
Alternativas
Q502216 Direito Administrativo
Nos anos 1990, as instituições internacionais formuladoras de políticas globais (...) iniciaram uma ofensiva para privatizar bens públicos e submeter a ação do Estado e as políticas públicas aos interesses das empresas privadas. (...) O impacto dessa doutrina no Brasil é enorme. Apesar das denúncias de subvalorização do patrimônio público, apenas em 1977, a venda de empresas estatais totalizou US$ 23,7 bilhões. Conforme esse ideário, somente a segurança pública e a formulação de políticas públicas devem permanecer como responsabilidade direta do Estado. Tudo o mais – como a prestação de serviços de saúde, educação, desenvolvimento científico e tecnológico, serviços culturais... – seria mais bem administrado pela iniciativa privada.

Fragmento adaptado de Uma doutrina em questão, artigo de Sílvio Caccia Bava, publicado em Le Monde Diplomatique Brasil, Ano 8, nº 90, janeiro de 2015.

A Lei nº 8.112/90 contém dispositivos contrários ao que propunha o chamado neoliberalismo, e se referem à valorização da administração pública. Marque a alternativa que figura esta valorização:
Alternativas
Respostas
1: D
2: D
3: B
4: E
5: B
6: C
7: A
8: A
9: E
10: C
11: D
12: C
13: A
14: B
15: A
16: B
17: B
18: C
19: E
20: A