Questões de Concurso Público UFRJ 2016 para Técnico em Radiologia Geral
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O programa Escola Sem Partido, também conhecido como Lei da Mordaça, é uma proposta de lei que pretende impedir os professores do ensino fundamental e médio de expor e discutir, em sala de aula, suas opiniões e convicções a respeito de temas como religião, sexualidade e política.
Ele prevê a fixação, em todas as salas, de um cartaz intitulado “Deveres do Professor”, entre os quais figura o de “não fazer propaganda político-partidária nem incitar seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas”.
Para os apoiadores dessa ideia, como pastores evangélicos e políticos e organizações conservadores, o ensino estaria contaminado por “ideologias de esquerda e de gênero”.
Maria Cristina Miranda da Silva, diretora e professora de Artes Visuais do Colégio de Aplicação (CAp) da UFRJ e participante ativa da “Frente Nacional Escola sem Mordaça”, classifica o programa como um retrocesso.
“Na UFRJ, consideramos inadmissível a postura do MEC e do governo, que, antes de receber as entidades acadêmicas e sindicais da educação, recebeu um pretenso ator junto com um grupo que propugna o cerceamento da liberdade de cátedra e difunde valores de ódio na sociedade. É preciso que os educadores e educadoras se posicionem publicamente sobre tamanho retrocesso” afirma.
Texto adaptado de Professores reagem ao “cala a boca” do
Escola sem Partido, publicado no Boletim CONEXÃO UFRJ,
Edição 2 | setembro de 2016. https://conexao.ufrj.br/node/34
“O Tribunal de Justiça de SP anulou os julgamentos que condenaram 74 policiais militares pelo massacre do Carandiru, em 1992, quando 111 presidiários foram assassinados em uma ação da PM para conter um motim na antiga Casa de Detenção de São Paulo.”
Fragmento recolhido de http://www1.folha.uol.com.br/ cotidiano/2016/09/1817306-tj-anula-julgamentos-que-condenaram-pms-no-massacre-do-carandiru.shtml, 27 de setembro de 2016.
TEXTO 5
“(...)
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no
feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua sobre
um saco
Brilhante de lixo do Leblon
E ao ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
Diante da chacina
111 presos indefesos, mas presos são quase
todos pretos
Ou quase pretos, ou quase brancos
quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres e todos sabem
como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no
bloqueio a Cuba
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
(...)”
Fragmento de HAITI. Música: Gilberto Gil; Letra: Caetano Veloso. CD Tropicália 2 (1993).
Vinte e três anos separam esses dois momentos: o lançamento da canção HAITI (1993) e a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (2016). Ambos são alusivos ao que ficou tragicamente conhecido como O MASSACRE DO CARANDIRU.
Comparados os dois TEXTOS, é correto afirmar que, de uma perspectiva ética e simbólica, a recente anulação do julgamento que condenou os policiais militares encontra sua melhor síntese “poética” no verso:
“O Tribunal de Justiça de SP anulou os julgamentos que condenaram 74 policiais militares pelo massacre do Carandiru, em 1992, quando 111 presidiários foram assassinados em uma ação da PM para conter um motim na antiga Casa de Detenção de São Paulo.”
Fragmento recolhido de http://www1.folha.uol.com.br/ cotidiano/2016/09/1817306-tj-anula-julgamentos-que-condenaram-pms-no-massacre-do-carandiru.shtml, 27 de setembro de 2016.
TEXTO 5
“(...)
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no
feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua sobre
um saco
Brilhante de lixo do Leblon
E ao ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
Diante da chacina
111 presos indefesos, mas presos são quase
todos pretos
Ou quase pretos, ou quase brancos
quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres e todos sabem
como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no
bloqueio a Cuba
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
(...)”
Fragmento de HAITI. Música: Gilberto Gil; Letra: Caetano Veloso. CD Tropicália 2 (1993).
“O Tribunal de Justiça de SP anulou os julgamentos que condenaram 74 policiais militares pelo massacre do Carandiru, em 1992, quando 111 presidiários foram assassinados em uma ação da PM para conter um motim na antiga Casa de Detenção de São Paulo.”
Fragmento recolhido de http://www1.folha.uol.com.br/ cotidiano/2016/09/1817306-tj-anula-julgamentos-que-condenaram-pms-no-massacre-do-carandiru.shtml, 27 de setembro de 2016.
TEXTO 5
“(...)
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no
feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua sobre
um saco
Brilhante de lixo do Leblon
E ao ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
Diante da chacina
111 presos indefesos, mas presos são quase
todos pretos
Ou quase pretos, ou quase brancos
quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres e todos sabem
como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no
bloqueio a Cuba
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
(...)”
Fragmento de HAITI. Música: Gilberto Gil; Letra: Caetano Veloso. CD Tropicália 2 (1993).
“Notar um homem mijando na (1) esquina da rua (2) sobre um saco (3) Brilhante de lixo do Leblon”
Quanto à sua classe gramatical, as palavras em destaque nesses versos são, respectivamente:
TEXTO 6
Pronominais
Dê-me (1) um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me (2) dá um cigarro
Oswald de Andrade, O. Obras completas, Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.
Nesse marcante poema “Pronominais”, Oswald de Andrade reafirma uma das propostas do movimento Modernista brasileiro, em sua primeira fase (1922-1930): a de reduzir a distância entre a linguagem falada e a escrita, o que marca sua crítica e sua recusa ao passadismo acadêmico.
Quanto aos itens (1) e (2) em destaque no texto
do poema, podemos afirmar que: