Questões de Concurso Público Prefeitura de Arapiraca - AL 2018 para Professor de Séries Iniciais
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Considerando a situação apresentada e o que estabelece a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva, é INCORRETO afirmar que o aluno tem direito:
“Convém que o ensino acompanhe as transformações do globo. […] a geografia é uma interrogação permanente do mundo. A evolução do ensino da geografia, nesse sentido, é facilitada pelos contatos de todo o gênero que tem a mocidade com os problemas de nossos dias. A conversação em família, o rádio, a televisão, os jornais, as atualidades cinematográficas mergulham os jovens, e às vezes até as crianças, nesse banho cotidiano de inquietação [...]. Não é difícil ao professor aproveitar-se disso para animar o seu ensino. Os alunos encontrarão aí uma prova de que a vida não para na porta da classe” (Pierre Monbeig). Entendendo-se que a articulação entre teoria e prática contempla a tríade indissociável da pesquisa / ensino / extensão, o texto de Monbeig traz reflexões de ordem teórico-metodológica no campo da ciência geográfica, destinadas especialmente aos professores que atuam nos anos iniciais. Com base nesse pensamento, avalie as assertivas abaixo:
I - De acordo com Pontuschka (2000), não é possível pensar o ensino e a aprendizagem da Geografia sem pensar que ela é parte integrante do contexto escolar. Nessa perspectiva, juntamente com outras disciplinas escolares, a Geografia pode ser um instrumento valioso para elevar a alienação dos alunos, pois trata de assuntos polêmicos e políticos, acentuando a tendência secular da escola como algo tedioso e desligado do cotidiano.
II - Considera-se um grave erro antecipar conteúdos e atividades para crianças que agora entram mais cedo na escola, a preocupação de qual geografia ensinar e de quais conceitos e conteúdos desenvolver e como focalizá-los, implicou pensar sobre as práticas cotidianas do professor dos anos iniciais e a visão de mundo que a geografia escolar passa aos estudantes, em uma relação que buscou vincular o currículo e a prática pedagógica.
III - No desenvolvimento das ideias apresentadas pelo autor, fica evidente a ausência de valorização da geografia escolar comprometida com a pesquisa, de modo a iniciar o educando na descoberta e conscientização do lugar e do mundo, por intermédio do desenvolvimento do espírito investigativo, crítico e metódico, desde os primeiros anos de escolaridade.
IV - Considerando os avanços, no âmbito das discussões acadêmicas, muitas coisas estão resolvidas na escola, a prática da sala de aula no ensino da geografia é, hoje, a de problematizar os conhecimentos, fundamentando os mesmos na criatividade, estimulando a ação em uma reflexão sobre a realidade. Assim, ela é extremamente descontextualizada, com itens sem sentido, isolados e, no conjunto, sem o encadeamento que permite dar significado à Geografia escolar.
V - A formação do professor se constitui um elemento primordial para a construção e reconstrução dos conhecimentos geográficos fundamentais e de seus significados sociais. Para tanto, não basta ao professor ter domínio da matéria (conteúdos), torna-se necessário que o docente tenha a capacidade de pensar criticamente, desvendar os processos que permeiam a realidade social e que se coloque como sujeito transformador desta realidade.
No ensino da Geografia, é INCORRETO afirmar o que está em:
Pegue uma criança de 6 (seis) anos ou mais, pode ser no estado de Alagoas, suja ou limpa e coloque numa sala de aula, onde existam muitas coisas escritas para olhar e examinar. Servem jornais, livros, revistas, embalagens, propaganda eleitoral, latas vazias, caixas de sabão, sacolas de supermercados, enfim, vários tipos de materiais que estiverem ao alcance do professor. Convide as crianças para brincarem de ler, adivinhando o que está escrito. Nesta perspectiva de alfabetização em construção, marque o(s) procedimento(s) que devem ser adotados pelo (a) professor (a) no processo de alfabetização e letramento com seus alunos:
I - Conversar com a turma, trocar idéias sobre suas identidades, escrever no quadro algumas frases que foram ditas e leia-as em voz alta para a turma.
II - Pedir para mastigar, uma a uma as palavras da cartilha. Cada palavra deve ser mastigada, no mínimo, 60 vezes, como alimentação macrobiótica.
III - Ao fim do 8º mês, aplicar uma prova de leitura e verificar se ela devolve pelo menos 70% das palavras e frases estudadas.
IV - Pedir para as crianças olharem os escritos que existem por aí, nas lojas, nos ônibus, nas ruas, na televisão e desafiá-las a pensarem juntamente com o professor sobre a escrita de forma a evitar indigestão alfabética.
V - Inventar sua própria cartilha e usar sua capacidade de observação para verificar o que funciona e qual o método
que dá certo para sua turma, em coerência com o Projeto Pedagógico da escola.
Um grande desafio do Ensino de Geografia nos anos iniciais do ensino fundamental, a ser enfrentado nos dias de hoje, refere-se ao tratamento dispensado à pesquisa. Com efeito, uma visão excessivamente acadêmica sobre essa atividade tem impedido de concebê-la como dimensão privilegiada da relação teoria e prática. Sobre esta questão, é CORRETO afirmar que:
I - Se considerarmos a docência nos anos iniciais como atividade intelectual e prática, revela-se importante ao professor ter cada vez maior intimidade com o processo de investigação, uma vez que os conteúdos, com os quais ele trabalha, são construções teóricas fundamentadas na pesquisa científica.
II - Apesar da importância dessa questão, persiste ainda a ideia de que a professora da escola básica não necessita pesquisar. Tal posição tem reforçado uma concepção de professor como transmissor ou repassador de informações, mero usuário da produção do conhecimento científico.
III - A pesquisa pode ser considerada um processo aglutinador de reflexão científica, uma facilitadora da prática crítico-reflexiva, embora não seja necessariamente um desdobramento natural de qualquer prática reflexiva (LUDKE, 2001).
IV - Não tem sentido para os professores, em seu processo formativo, sobretudo, inicial, pesquisar como são produzidos os conhecimentos por eles assumidos. Os livros didáticos já trazem resultados de pesquisas suficientemente aceitáveis.
V - Além de dominar conteúdos, é de menor relevância que o professor desenvolva a capacidade de utilizá-los como
instrumentos para desvendar e compreender a realidade do mundo, dando sentido e significado à aprendizagem.
O processo de ensino-aprendizagem das ciências naturais deve se propor a preparar o aluno para uma atitude positiva em relação às mudanças e de forma reflexiva levar o aluno a pensar, sentir e agir a favor da vida, de modo a descobrir o seu mundo bem como conhecê-lo para saber valorizar o ambiente que o cerca, capacitando-o a tomar as decisões mais acertadas para com os semelhantes e com a natureza. Sabemos que a evolução da ciência é cada vez maior. Desta forma, pode-se dizer que o progresso da tecnologia se dá juntamente com as descobertas da ciência, oferecendo aos estudiosos recursos para ampliar e aperfeiçoar os conhecimentos científicos.
Avalie as assertivas que se seguem:
I - Ensinar ciências dentro de uma corrente crítico-reflexiva vai além da mera transmissão de conteúdos produzidos pelos grandes gênios. De acordo com Millar (2001), o ensino de ciências naturais deve ser para compreensão de todos, sem pretensões de formar pequenos cientistas.
II - Carvalho e colaboradores (1998) salientam a importância do ensino de ciências naturais ocorrer desde os anos iniciais. Segundo os autores, o desencadear futuro do aluno na disciplina depende da maneira como se dá o primeiro contato: quando de maneira forçada, dentro da realidade do aluno, pode criar uma aversão pelas ciências.
III - Nesse sentido, trabalhar os conhecimentos científicos em sala de aula não deve ser uma via para que o estudante se aproprie da construção humana do conhecimento e se sinta parte dessa evolução, tendo então, o ensino de ciências, um caráter histórico e cultural com foco principal da formação científica do estudante.
IV - Lorenzetti e Delizoicov (2001) afirmam que a alfabetização científica deve ocorrer desde os anos iniciais, pois é quando se inicia o processo de alfabetização básica. De acordo com esses autores, a alfabetização científica é uma maneira de dar significado às ciências naturais, para que o estudante possa fazer uma leitura científica do mundo.
V - Não se deve evitar as memorizações e transições atropeladas de conceitos, pois o espaço das aulas dedicado a questionamentos pode ou não ser interessante para a criança. Para isso, espaços de grande interesse das crianças, como laboratórios, parques e museus podem servir como locais para discussões que favoreçam a alfabetização científica com a mediação do professor (LORENZETTI; DELIZOICOV, 2001).
Marque a alternativa que representa as afirmações CORRETAS:
“Os projetos de trabalho constituem um planejamento de ensino e aprendizagem vinculados a uma concepção da escolaridade em que se dá importância não só à aquisição de estratégias cognitivas de ordem superior, mas também ao papel do estudante como responsável por sua própria aprendizagem” (Hernandez, 1998).
É consensual que um projeto de trabalho seja caracterizado por:
I - Ser uma concepção de educação e de escola que leva em conta a abertura para os conhecimentos e problemas que circulam fora da sala de aula e que vão além do currículo básico.
II - Ser um planejamento técnico, envolvendo a gestão no processo de aprendizagem.
III - Favorecer à autodireção do aluno a partir de atividades como o plano de trabalho individual e o planejamento semanal ou quinzenal do que acontece na sala de aula.
IV - Ter o professor o papel de orientador da relação dos alunos com o conhecimento, processo no qual também o docente atua como aprendiz.
V - A construção de uma educação de qualidade ocorre no interior de cada escola com a participação apenas da equipe gestora da escola.
É INCORRETO apenas o que se afirma em:
Na escola em que Letícia é professora, existe um laboratório de informática, que é utilizado para os estudantes trabalharem conteúdos de diferentes disciplinas. Considere que Letícia quer utilizar o laboratório para favorecer o processo ensino-aprendizagem, fazendo uso da abordagem da Pedagogia de Projetos. Nesse caso, seu planejamento deve:
I - Ter, como eixo temático, uma problemática significativa para os estudantes, considerando as possibilidades tecnológicas existentes no laboratório.
II - Relacionar os conteúdos previamente instituídos no início do período letivo e os que estão no banco de dados, disponível nos computadores do laboratório de informática.
III - Definir os conteúdos a serem trabalhados, utilizando a relação dos temas instituídos no Projeto Pedagógico da escola e o banco de dados disponível nos computadores do laboratório.
IV - Listar os conteúdos que deverão ser ministrados durante o semestre, considerando a sequência apresentada no livro didático e os programas disponíveis nos computadores do laboratório.
V - Propor o estudo dos projetos que foram desenvolvidos pelo governo quanto ao uso de laboratórios de informática, relacionando o que consta no livro didático com as tecnologias existentes no laboratório.
É CORRETO apenas o que se afirma em:
Uma escola municipal desenvolveu, no âmbito de seu planejamento curricular, um projeto de preservação do meio ambiente junto à comunidade, em parceria com uma universidade. O projeto teve como tema principal a coleta seletiva e tratamento de lixo. Esse projeto teve efeitos positivos, tanto no aspecto geral da escola quanto no bairro. Para a concretização dessa ação educativa, o planejamento da escola em parceria com a universidade, no qual se inseriu o projeto, teve em sua construção as bases teóricas compreendidas:
I - Nos pressupostos que estruturam a universidade.
II - No estudo do contexto cultural, político e econômico da comunidade escolar e do seu entorno.
III - Na Pedagogia de Projetos visando à ressignificação do espaço escolar, transformando-o em um espaço vivo de interações, aberto ao real e às suas múltiplas dimensões. O trabalho com projetos traz uma nova perspectiva para se entender o processo de ensino/ aprendizagem. Aprender deixa de ser um simples ato de memorização e ensinar não significa mais repassar conteúdos prontos.
IV - No estudo da Cultura, visando à manutenção do pensamento hegemônico e, por decorrência, da estrutura social.
V - No planejamento de trabalho, que deve ser flexível, de modo que o tempo e as condições para desenvolvê-lo sejam sempre reavaliados em função dos objetivos inicialmente propostos, dos recursos à disposição do grupo e das circunstâncias que envolvem o projeto.
É CORRETO apenas o que se afirma em:
I - Ser utilizada para diagnosticar as carências e erros dos alunos ,a fim de que o avaliador tome uma decisão e possa ajudá-los a superar suas dificuldades ,sempre no sentido de promover sua aprendizagem.
II - Internalizar a auto-imagem do aluno, conforme a classificação que lhe é atribuída, entre os bons, os médios e os fracos.
III - Pensar a avaliação da aprendizagem e contextualizá-la num sistema de política educacional e social, clareando os pressupostos que embasam a proposta educacional da qual é parte,
IV - Ensino e avaliação não devem, necessariamente, caminhar juntos, pois a avaliação não é parte intrínseca do ensino.
V - Acredita-se que os avanços que se pretenda alcançar numa prática educativa poderão ser encaminhados a partir de um currículo preestabelecido e que subordine a formação do homem aos tramites da legislação.
Marque a alternativa que está em desacordo com o texto acima:
De acordo com teorias da aprendizagem, destacam-se como princípios fundamentais à construção do conhecimento as seguintes afirmativas, com EXCEÇÃO de:
I - Todo conhecimento provém da prática social e a ela retorna; II - Há produção de conhecimento na solidão do sujeito; III - No processo de avaliação, percebe-se que se deve dissociar o ato de acompanhar e retomar o processo de construção dos saberes, principalmente quando se pretende constatar o nível de conhecimento que o educando adquire. IV - O processo de avaliação não poderá ser maior do que o processo de aprendizagem, sob pena de reduzi-lo aos constructos de um avaliador. V - Ao encarar a avaliação, é preciso considerar que ela é a ponta do “iceberg” visível do processo de ensino e aprendizagem, e que se deve analisá-la para além da simples aparência do fenômeno, indo a seus determinantes, leis, nexos, fundamentos.