Questões de Concurso Público SEDF 2022 para Professor de Educação Básica - Música, Edital nº 31
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A exploração dos sons provenientes de instrumentos cotidiáfonos pode constituir-se em um recurso muito útil ao professor de música, além de fomentar o aprendizado dos alunos para a ludicidade. Para Akoschky, essa exploração pode resultar em respostas criativas dos alunos para as práticas musicais. Além disso, por meio desses objetos cotidianos, é possível que o professor proporcione uma rica experiência de exploração sonora e aborde uma série de conteúdos musicais em sala de aula, como timbre, altura, duração, ritmo, criação musical, entre outros.
As aulas de música, no Ensino Médio, devem contemplar múltiplas possibilidades de interação com o fazer musical. Para isso, é importante que sejam dinâmicas, envolvendo momentos de apreciação, prática, criação e teoria musical. O plano de aula precisa ser dimensionado para abranger mais de uma atividade sobre o mesmo tema, podendo o tema ser selecionado por meio de uma conversa com os alunos sobre seus interesses. Nessas escolhas, é importante considerar as características sociocognitivas dos estudantes, a complexificação do tema, a motivação para a aprendizagem e a adequação ao contexto social do projeto curricular.
De acordo com Sloboda, para que haja um ensino de instrumento efetivo, é necessário que o ambiente de aprendizagem seja direcionado à aquisição das habilidades necessárias à performance. Bastien confronta essa ideia, ao afirmar que existem quatro características principais necessárias à personalidade de um professor de instrumento de sucesso em seu ensino: ser agradável; ser entusiástico; ser encorajador; e ser paciente. Bastien afirma, ainda, que um professor bem-sucedido é, usualmente, uma pessoa positiva, que sente satisfação ao trabalhar com pessoas de idades variadas e que isso vem a ser, com frequência, um importante fator na escolha do ensino como profissão. Dessa forma, ambas as visões de ensino são conflitantes, pois só será possível o professor atuar na docência de forma integral se os fatores sociais e a motivação estiverem em dissonância com relação às atividades relacionadas à aquisição de habilidades, como aspectos expressivos e habilidades técnicas.
Considere-se que o professor Carlos tenha sido convidado para compor uma equipe interdisciplinar que produziria um festival cultural em uma escola. Considere-se que os professores de artes visuais e artes cênicas dessa escola estivessem planejando compor uma oficina de criação de fantoches junto com a elaboração de uma dramatização sobre a cultura da sociedade medieval, mas que Carlos tenha resolvido ministrar, separadamente, uma master class a respeito de execução musical sobre esse tema, de modo que, apesar de não estar envolvido na proposta de criação e dramatização dos fantoches, ele contemplaria, em sua master class, durante o festival, músicas da mesma cultura em questão. É correto afirmar que, nessa situação hipotética, o professor não trabalhou no festival de forma interdisciplinar, visto que, de acordo com as metodologias e com os pressupostos pedagógicos musicais, a função da música na perspectiva interdisciplinar é combinar os conteúdos, as técnicas e as habilidades musicais com as demais áreas artísticas, devendo o professor estar diretamente envolvido com as demais disciplinas da escola em um projeto cultural.
Considere-se que a professora de música de uma turma de sétimo ano do Ensino Fundamental tenha proposto o desenvolvimento de uma atividade de criação musical por meio da percussão corporal, partindo da perspectiva de que tal atividade proporcionaria o envolvimento direto dos alunos com a música em suas diferentes possibilidades de interação, conforme proposto na BNCC. Considere-se, ainda, que ela tenha pedido aos alunos que explorassem as possibilidades corporais e que, além dos aspectos rítmicos, atentassem aos aspectos timbrísticos e sonoros por meio da percussão vocal. Suponha-se também que, ao final, a professora tenha solicitado aos estudantes um registro musical por escrito, entregando folhas em branco para que eles pudessem grafar a composição por meio da construção de uma partitura não convencional, mas que um aluno tenha decidido escrever sua criação a partir da partitura convencional. Nessa situação hipotética, a professora não deverá aceitar a atividade do aluno que desejava escrever sua criação a partir da partitura convencional, pois, segundo os pressupostos pedagógico-musicais para o ensino de arte/música previstos na BNCC, o aluno deve explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente as práticas e produções artísticas em suas relações entre as linguagens da arte e suas práticas integradas, não podendo, portanto, utilizar partitura tradicional em sala de aula.