Questões de Concurso Público Prefeitura de Alto Paraíso de Goiás - GO 2023 para Orientador Social

O debate sobre questões de gênero na escola, embora possa contribuir para o combate ao sexismo e ao machismo na sociedade, não guarda consonância com os princípios constitucionais da igualdade. 

As correlações entre as mídias sociais, a violência urbana e o uso de drogas ilícitas ou lícitas devem ser debatidas no âmbito escolar, a fim de estimular a consciência crítica e o protagonismo dos estudantes para promover mudanças positivas na sociedade. 

Embora a escola possa tomar conhecimento da ocorrência de violência doméstica na família de alunos, tal problema não diz respeito à instituição de ensino e seus profissionais não devem adotar nenhum tipo de providência nesses casos, pois a questão da violência doméstica é de responsabilidade exclusiva dos pais ou responsáveis. 

A diversidade cultural não se mostra como tema a ser tratado no âmbito escolar. Por exemplo, diferenças culturais relacionadas a religião não devem ser consideradas pelos profissionais da comunidade escolar em suas relações cotidianas com os estudantes.

A homofobia, o sexismo, o racismo e a intolerância religiosa são temas controversos que dizem respeito a crenças individuais, isto é, não são construídos social e historicamente. Diante disso, a escola não deve debatê-los nem considerá-los nas relações sociais do ambiente escolar, de modo a respeitar as diferenças nesse sentido. 

A fim de disseminar o respeito às diferenças culturais nas relações, todos os profissionais da comunidade escolar devem pautar suas ações na valorização da diversidade, como princípio do Estado brasileiro democrático e laico, independentemente de suas crenças pessoais. 

Atitudes de intolerância e violência nas relações são sempre facilmente identificáveis. Sendo assim, a formação continuada dos profissionais da instituição de ensino, relacionada a temas como diversidade cultural, gênero e raça, não se faz indispensável para que eles identifiquem e atuem de maneira ética diante de tais atitudes.

O profissional que tiver conhecimento da ocorrência de violência física deverá comunicar a autoridade escolar para que sejam tomadas as providências cabíveis. No entanto, outras formas de violência, como psicológica, sexual, moral ou simbólica, não são passíveis de tal comunicação. 

O bullying é a agressão física ou psicológica que ocorre repetitiva e intencionalmente, de modo a ridicularizar, humilhar e intimidar a vítima. É importante que os profissionais da escola reconheçam o bullying como forma de violência, pois isso simboliza um marco no respeito às diferenças. Não obstante a identificação do bullying pela escola, os pais ou responsáveis dos alunos são os únicos que possuem legitimidade para tomar as medidas necessárias contra esse tipo de violência. 

O fenômeno da violência nas escolas, amplamente divulgado pelas mídias, atesta a crescente falência da autoridade da instituição escolar. Esse contexto demanda que o assunto seja tratado, exclusivamente, pela inserção policialesca no âmbito escolar, de modo prioritário e urgente, a fim de coibir a violência.