Questões de Concurso Público SESAU de Campo Grande - MS 2022 para Residência Multiprofissonal em Saúde Mental

Em uma espécie de antropologia reversa, Kopenawa chama as sociedades contemporâneas industrializadas como o "povo da mercadoria".

Bruce Albert traduz e interpreta as palavras do xamã Kopenawa através de um rígido formalismo acadêmico. A ideia central do livro é de que através de uma Parceria Público-Privado a mineração na Amazônia poderia ser benéfica para o desenvolvimento social do povo Yanomami.

Kopenawa afirma que o homem branco dorme muito, mas só sonha com ele mesmo.

A mineração é um problema gravíssimo para os povos da floresta. Além da contaminação por mercúrio, muitos Yanomami foram assassinados em conflitos com garimpeiros.

Kopenawa nos relata que quando a floresta for devastada e quando as entranhas da terra tiverem sido devoradas pelas máquinas da mineração, os alicerces do cosmos irão quebrar e o céu desabará terrivelmente sobre a cabeça de todos os seres viventes.

No século XVII são criados grandes espaços de internamento na Europa, denominados Hospitais Gerais, onde, por meio de cartas régias ou prisões arbitrárias são reclusos os margilanizados, pervertidos, miseráveis, delinquentes e loucos.

Foucault, na História da Loucura, chamou esse costume social de A Grande Internação.

O Hospital Geral, no contexto da Grande Internação, era ao mesmo tempo, espaço de assistência pública, acolhimento, correção e reclusão.

A Grande Internação que ocorreu no século XVII no Hospital Geral, relatada por Foucault na História da Loucura, se referia a extensa reclusão dos doentes mentais. Tal costume não se aplicava aos demais excluídos sociais.

Pinel esquadrinha o Hospital Geral e nele reserva um primeiro espaço rigorosamente médico para os alienados. Manda desacorrentar os loucos e inscreve suas alienações na nosografia médica.

O autor afirma, que é sobre o sujeito corporalmente encarnado que operam, em última instância, ética e tecnicamente todas as diferentes formas de prática clínica. Nesse sentido toda a prática clinica compartilha daquilo que se pode considerar a orientação moral de qualquer forma de tratamento: melhorar a posição do sujeito.

O autor propõe que apenas os transtornos categorizados nos manuais diagnósticos contemporâneos, em função de sua validação científica, podem ser considerados verdadeiros fenômenos psicopatológicos.

O fundamento biológico do sujeito se coloca no campo da patologia em um sentido próprio, através da captura pela linguagem, com tudo aquilo que implica das dimensões de singularidade, da alteridade, de sexualidade, de sofrimento e morte, que formam o plano que o autor propõe chamar de corpo.

A condição especificamente (psico)patológica não pode ser confundida com a incompletude estrutural e constituinte da condição humana, expressa em dimensões como a finitude, a temporalidade, a fatuidade e o desamparo humano.

A patologia tal como definida no artigo, é um fenômeno que incide necessariamente sobre um sujeito, ou seja, em um ser constituído enquanto tal pela linguagem e por sua inserção simbólica do laço social.