Questões de Concurso Público SESAU de Campo Grande - MS 2022 para Residência Multiprofissonal em Saúde Mental

No século XVII são criados grandes espaços de internamento na Europa, denominados Hospitais Gerais, onde, por meio de cartas régias ou prisões arbitrárias são reclusos os margilanizados, pervertidos, miseráveis, delinquentes e loucos.

Foucault, na História da Loucura, chamou esse costume social de A Grande Internação.

O Hospital Geral, no contexto da Grande Internação, era ao mesmo tempo, espaço de assistência pública, acolhimento, correção e reclusão.

A Grande Internação que ocorreu no século XVII no Hospital Geral, relatada por Foucault na História da Loucura, se referia a extensa reclusão dos doentes mentais. Tal costume não se aplicava aos demais excluídos sociais.

Pinel esquadrinha o Hospital Geral e nele reserva um primeiro espaço rigorosamente médico para os alienados. Manda desacorrentar os loucos e inscreve suas alienações na nosografia médica.

A comunicação efetiva que o profissional de saúde precisa desenvolver como competência, se esgota na comunicação terapêutica que deverá desenvolver com o usuário.

Estudantes e profissionais da saúde aprendem a desenvolver habilidades de comunicação com os usuários, o que é determinante para a qualidade do cuidado, no entanto, aprendem pouco sobre a comunicação com os diferentes profissionais do campo da saúde e têm escassez experiências de trocas com estudantes de outras áreas na graduação, não desenvolvendo habilidades para discutir as situações, questionar, discordar e apresentar alternativas.

A comunicação efetiva vai permitir que as diversas áreas profissionais envolvidas na atenção à saúde potencializem o conhecimento e recursos que trazem para responder às necessidades de saúde colocadas pelos usuários, famílias e comunidade.

Aprender junto, de forma compartilhada, colaborativa e interativa com o explícito propósito de melhorar as práticas de cuidado é o que caracteriza o que é chamado de Educação Interprofissional.

Um dos atributos mais relevantes do trabalho em equipe e prática colaborativa interprofissional é a comunicação efetiva.

Excluir epistemologicamente a localização de qualquer determinação biológica da problemática do usuário.

Que a direção do tratamento deve ser orientada pela oferta de práticas sociais e psicoterápicas, independentemente da queixa do usuário.

Uma complementação necessária do modelo asilar.

Levar em consideração fatores políticos, biológicos, psicológicos, sociais e culturais como determinantes, sendo a que a ênfase de cada dimensão é dada pela problemática particular do usuário. Os meios utilizados são diversos.

Todas as alternativas estão corretas.

O autor afirma, que é sobre o sujeito corporalmente encarnado que operam, em última instância, ética e tecnicamente todas as diferentes formas de prática clínica. Nesse sentido toda a prática clinica compartilha daquilo que se pode considerar a orientação moral de qualquer forma de tratamento: melhorar a posição do sujeito.

O autor propõe que apenas os transtornos categorizados nos manuais diagnósticos contemporâneos, em função de sua validação científica, podem ser considerados verdadeiros fenômenos psicopatológicos.

O fundamento biológico do sujeito se coloca no campo da patologia em um sentido próprio, através da captura pela linguagem, com tudo aquilo que implica das dimensões de singularidade, da alteridade, de sexualidade, de sofrimento e morte, que formam o plano que o autor propõe chamar de corpo.

A condição especificamente (psico)patológica não pode ser confundida com a incompletude estrutural e constituinte da condição humana, expressa em dimensões como a finitude, a temporalidade, a fatuidade e o desamparo humano.

A patologia tal como definida no artigo, é um fenômeno que incide necessariamente sobre um sujeito, ou seja, em um ser constituído enquanto tal pela linguagem e por sua inserção simbólica do laço social.