Questões de Concurso Público UFCG 2019 para Pedagogo
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Reconhecendo a historicidade dos sujeitos e a prática educativa na busca pela humanização, reflita sobre o conteúdo do seguinte texto e, em seguida, identifique as formulações que analisam coerentemente o seu sentido pedagógico. Marque a alternativa que apresenta as formulações coerentes.
SE BASTASSE UMA CANÇÃO
Eros Ramazzotti, Piero Cassano e A. Cogliatti
Se bastasse cantar com ternura
Pra acalmar esses dias
em que os homens perderam a
doçura
de cantar morreria!
Mas quem sou Eu?
Mas quem sou Eu?
Simples cigarra em que a voz
é escrava
Da melodia.
Se bastasse a canção da
esperança pra inundar de alegria
A tristeza de nossas crianças
de cantar morreria
Mas quem sou Eu?
Mas quem sou Eu?
Simples cigarra nas sendas profanas
da poesia.
Se bastasse cantar compassiva
Pra aplacar a agonia
Dessas terras de gente cativa
De cantar morreria
Mas quem sou Eu?
Mas quem sou Eu?
Simples agente da estrela regente
das sinfonias
É preciso muito mais, muito mais
Gente cantando
É preciso muito, muito mais
É quase um esforço sobre-humano
Pra conseguir mudar os planos
É preciso muito, muito mais
Gente cantando
É preciso muito, muito mais
Cantar a paz no mundo inteiro
É quase um esforço verdadeiro.
Se bastasse cantar com brandura
Pra estancar a sangria
Pro universo viver com candura
De cantar morreria
Mas quem sou Eu?
Mas quem sou Eu?
Simples cantante das noites
dançantes das fantasias.
É preciso muito, muito mais gente
cantando.
É preciso muito, muito mais cantar,
cantar que ainda é tempo uma
canção sem sofrimento.
É preciso muito, muito mais
Gente cantando.
É preciso muito, muito mais
Cantar com o céu, com os
movimentos.
Cantar com a luz, com os elementos
Enquanto espero
Sigo cantando, cantando e
cantando
Eu vou vivendo.
(I) A historicidade dos sujeitos é construída e ressignificada num processo de humanização, caracterizado por relações do homem consigo mesmo, e com outros seres humanos. Nesse movimento interpessoal, reflexivo e dialógico a meta perseguida é a humanização.
(II) Os seres humanos podem ou não ser capazes de construir e de reconstruir suas compreensões, preterindo um pensar dialético em que ação e mundo, mundo e ações estão intimamente solidários.
(III) As demandas pela paz, o reconhecimento da necessidade do outro e o sentido da perseverança são importantes para congregar forças na luta pela educação de qualidade.
(IV) Gestores e professores necessitam inspirar-se e inserir-se em um processo de humanização pessoal e de valorização do outro como ser capaz e desejoso de ser mais, em benefício da prática educativa de modo geral.
(V) O trabalho humanizante implica na desmistificação e na formação da consciência crítica libertadora,
desvelando a estrutura dominante e construindo o entendimento crítico da realidade e de si mesmo.
Explicita-se, de forma cada vez mais intensa, que a ciência, a técnica e a tecnologia constituem-se, por excelência, no núcleo fundamental do desenvolvimento das forças produtivas e, portanto, em mediação crucial na possibilidade de diminuição do trabalho regulado pelo ‘mundo da necessidade’ e pela ampliação do trabalho livre, dilatador da emancipação e da criatividade humana.
Em destaque, o sentido da educação como prática histórico-social, para que você identifique nas alternativas o papel do pedagogo que está em consonância com essa concepção da prática educativa, levando em consideração os desafios da educação no contexto da sociabilidade neoliberal.
No seu relacionamento com o universo simbólico da existência humana, a prática educativa revela-se, em sua
essencialidade, como modalidade técnica e política de expressão desse universo, e como investimento formativo em todas as outras modalidades de práticas. Como modalidade de trabalho, atividade técnica, essa prática
é estritamente cultural, uma vez que se realiza mediante o uso de ferramentas simbólicas. Desse modo, é como prática cultural que a educação se faz mediadora da prática produtiva e da prática política, ao mesmo tempo em que responde também pela produção cultural. É servindo-se de seus elementos de subjetividade que a
prática educativa prepara para o mudo do trabalho e para a vida social.