Questões de Concurso Público UFMA 2022 para Historiador

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Ano: 2022 Banca: UFMA Órgão: UFMA Prova: UFMA - 2022 - UFMA - Historiador |
Q2211250 História
“Uma das opções possíveis para definir o deslocamento de paradigma na área das humanidades e das ciências sociais que se liga, em nosso século, a um processo mais ou menos longo cuja fase decisiva parece ter sido 1968-1989 consistiria em vê-lo como uma vitória do corte interpretativo de origem alemã sobre o de origem francesa, sintetizando o que muitos pensadores contemporâneos veem como o fim de uma longa fase na história dos homens e suas visões de mundo, começada com o Renascimento e intensificada com o Iluminismo: donde a designação usual deste fim de século como inaugurando um período pós-moderno.”
CARDOSO, C. F. História e Paradigmas Rivais. In.: ______; VAINFAS, R. Domínios da História. Ensaios de Teoria e Metodologia. 5ª. Ed. Rio de Janeiro: Editora Campus LTDA, 1997, p. 20-21.
Leia as assertivas abaixo.
I O ponto de partida na produção de conhecimento deve ser, no mínimo, hipotético ou hipotético-dedutivo.
II A História deve ser analítica, estrutural e mesmo macroestrutural, explicativa, racional, científica.
III É necessária a produção de uma síntese global que explique as articulações entre os níveis que fazem da sociedade humana uma totalidade estruturada e as especificidades no desenvolvimento de cada nível.
IV As interpretações sobre qualquer ação dos homens no tempo são, necessariamente, múltiplas. Não há formas aceitáveis de escolher entre elas, sendo, portanto, todas válidas se satisfizerem aos critérios do autor e daqueles que com ele concordarem.
V Opõe-se ao historicismo e ao método puramente hermenêutico ou interpretativo que tal corrente propugnava. Assim, defende a razão e o progresso humano e pretende estender aos estudos sociais o método científico.

Assinale a alternativa abaixo que melhor relaciona as assertivas acima aos paradigmas moderno ou pósmoderno de produção de conhecimento social e histórico. 
Alternativas
Ano: 2022 Banca: UFMA Órgão: UFMA Prova: UFMA - 2022 - UFMA - Historiador |
Q2211251 História
Vejamos uma estrofe significativa da invocação mágica entre os Songhai:
“Não é da minha boca É da boca de A Que o deu a B Que o deu a C Que o deu a D Que o deu a E Que o deu a F Que o deu a mim Que o meu esteja melhor na minha boca Que na dos ancestrais.” HAMA, B.; KI-ZERBO, J. Lugar da História na sociedade africana. In.: KI-ZERBO, J. (Org.) História geral da África, I: Metodologia e pré-história da África. 2.ed. rev. Brasília: UNESCO, 2010.


Assinale a alternativa que melhor corresponde à concepção de tempo histórico ilustrada pela estrofe de invocação mágica praticada entre os Songhai. 
Alternativas
Ano: 2022 Banca: UFMA Órgão: UFMA Prova: UFMA - 2022 - UFMA - Historiador |
Q2211252 História
“Há muito tempo, com efeito, nossos grandes precursores, Michelet, Fustel de Coulanges, nos ensinaram a reconhecer: o objeto da história é, por natureza, o homem. Digamos melhor: os homens. Mais que o singular, favorável à abstração, o plural, que é o modo gramatical da relatividade, convém a uma ciência da diversidade. Por trás dos grandes vestígios sensíveis da paisagem, [os artefatos ou as máquinas, por trás dos escritos aparentemente mais insípidos e as instituições aparentemente mais desligadas daqueles que as criaram, são os homens que a história quer capturar. Quem não conseguir isso será apenas, no máximo, um serviçal da erudição. Já o bom historiador se parece com o ogro da lenda. Onde fareja carne humana, sabe que ali está a sua caça” BLOCH, Marc. Apologia da história, ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, p. 51.
Com relação às concepções de Marc Bloch a respeito da legitimidade e utilidade do conhecimento histórico, assinale a alternativa correta.
I – O conhecimento histórico age tão profundamente sobre os fundamentos mesmos da “estrutura mental ocidental” e pertence a ela tão intrinsecamente que se tornou inconsciente.
II- O conhecimento histórico deve ser experienciado como uma forma de prazer, o prazer do conhecimento do outro, e pela curiosidade de conhecer situações vividas, sentimentos, formas de vida, sobrevivência e morte.
III-O conhecimento histórico interessa ao homo sapiens, que tem a intenção de conhecer-se e se reconhecer e quer conhecer o que o rodeia e a ele mesmo, donde advém parte significativa de sua legitimidade intelectual.
IV-Na medida em que coloca em contato homens do presente e do passado, o conhecimento histórico tem legitimidade social. 
Alternativas
Ano: 2022 Banca: UFMA Órgão: UFMA Prova: UFMA - 2022 - UFMA - Historiador |
Q2211253 História
“Cabe-nos tratar das bases epistemológicas em que repousa a concepção pós-moderna da história, também conhecida como “nova história”, embora não no sentido em que esta última expressão se aplicava, por exemplo – bem mais legitimamente, aliás –, aos Annales nas décadas que vão de Marc Bloch e Lucien Febvre a Fernand Braudel. Igualmente falsa é a afirmação de que não haverá mais ideologias totalizadoras com capacidade de consenso e desmobilização. Vivemos, sem dúvida, os efeitos intelectuais de sérias derrotas políticas das posições de esquerda em todo o mundo. Mesmo agora, porém, percebem-se elementos que poderão confluir em novas teorias globais do social (e, portanto, da história), bem como tentativas − mais ou menos sérias conforme os casos, além de dotadas de ideologias distintas – de efetivamente construir teorias assim”
CARDOSO, C. F. Epistemologia pós-moderna, texto e conhecimento: a visão de um historiador. Diálogos, 3(1), 1 - 28, 2017.
Com relação às bases epistemológicas em que repousam a concepção pós-moderna da História, assinale a alternativa que melhor representa os principais temas pós-modernos. 
Alternativas
Ano: 2022 Banca: UFMA Órgão: UFMA Prova: UFMA - 2022 - UFMA - Historiador |
Q2211254 História
“Considerei o labor histórico como o que ele manifestamente é, a saber: uma estrutura verbal na forma de um discurso narrativo em prosa que pretende ser um modelo, ou ícone, de estruturas e processos passados no interesse de explicar o que eram representando-os” WHITE, Hayden. Meta-História: A imaginação Histórica do século XIX. Tradução de José Laurêncio de Melo. 2º Ed. São Paulo: Editora da USP, 2008, p. 18
Em Meta-História, Hayden White procura identificar quais seriam as figuras retóricas e fundacionais dos quatro modos possíveis de narrativa que limitam o campo de possibilidades autorais no campo da História. Entre as alternativas abaixo, selecione a que corresponde aos quatro modos de enredo possíveis ao historiador, na perspectiva de White. 
Alternativas
Respostas
36: E
37: A
38: B
39: A
40: A