Júlio, aprovado em primeiro lugar no concurso público para exercer o cargo de médico para provimento
efetivo do plano de carreira dos cargos técnico-administrativos em educação, regido pela lei 8.112/90,
possui entre outras atribuições, a de realizar consultas e atendimentos médicos 3 (três) vezes por semana
na instituição. Um de seus pacientes, Roberto, foi diagnosticado com o vírus HIV, causador da Aids
(Acquired Immunodeficiency Syndrome). Esse paciente era um antigo rival político de seu pai (ex-prefeito
da cidade), que, após o término de seu mandato, foi acusado injustamente por Roberto pela prática do
crime de peculato por não devolver o telefone institucional da prefeitura. Dessa forma, Júlio resolveu se
vingar de Roberto e revelou na cidade toda que ele estava acometido com o vírus HIV, com o intuito de
ofender sua dignidade, fato esse de que teve conhecimento em razão do exercício de suas atribuições,
mas que deveria permanecer em segredo.
Roberto, muito constrangido com a situação, requereu à autoridade administrativa competente na
instituição a instauração de processo administrativo contra o servidor para apurar a prática do ato de
improbidade administrativa, que, no final do processo, foi reconhecido. Independentemente das sanções
penais, civis e administrativas previstas em legislação específica, conforme dispõe a lei nº 8.429/92, pelo
ato de improbidade praticado, Júlio estará sujeito a qual sanção?