Questões de Concurso Público Prefeitura de Poá - SP 2014 para Procurador Jurídico
Foram encontradas 80 questões
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516399
Português
Texto associado
“Cacilda!", exclamei ao entrar na plateia do teatro Cacilda Becker para assistir ao espetáculo “Eu Não Sou Bonita", com direção e atuação da espanhola Angélica Liddell. Não, infelizmente meu clamor não estava vinculado à admiração pela gloriosa atriz que batiza a casa. Fato está que dei de cara com um cavalo branco que, de tão grande, mais parecia um alce. O pobre animal estava entocado num canto do palco atrás de um monte de feno, cena assaz perturbadora.
Enquanto a protagonista não chegava ao palco para nos brindar com sua crítica à brutalidade da sociedade patriarcal, eu viajei perdida em conjecturas. “E esse animal é mesmo necessário em cena?", pensei. Lembrei de “Equus", de Peter Shaffer, em 1975. Minha mãe me levou para assistir na Broadway, estrelado por Anthony Perkins. Que show! A maneira como resolveram a presença de cavalos em cena foi eficiente e sintética: máscaras, tamancões, bailarinos e pronto.
Uma imponente Angélica Liddell entrou em cena jorrand o versos em choro. “Cansei de ser mulher, de ter vergonha! Ensinaramme a detestar meu corpo…" A atriz é performática, bem anos 1980. Vai abrindo uma cerveja e outra e afogando as mágoas do tamanho do equino. Você começa a entender que a personagem sofreu alguma barbaridade na infância. Só quem não se comove é o cavalo, que não para de mastigar alfafa e parece se incomodar a cada vez que ela quebra um objeto ou grita.
De repente, um punhado de ativistas está sobre o palco exibindo cartazes. “Tirem o animal!"; “Animal não é propriedade!"; “Sejamos artistas, não algozes!".
No mínimo, é interessante ver a interferência de jovens e xpressando os direitos de quem não tem voz ativa, não? Só que o público não viu graça. Devo ter tido a má sorte de cair com uma plateia intolerante. Vai ver, sobrei com a turma que considera “arte" uma coisa que deve ser levada muito, muito a sério.
A garotada pediu para dizer umas palavras e avisou que iria embora logo. Porém, homens adultos, mulheres refinadas, supostos apreciadores de cultura levantaramse enfurecidos e, amparados na unanimidade de respeitadores da ordem, partiram para um bullying violento contra os manifestantes.
A portavoz tentou falar, mas foi abafada pela gritaria. Lembrou - me da cena deprimente que presenciei no ano passado, ao mediar um debate da blogueira cubana Yoani Sánchez, violentamente impedida de falar. Intransigência no lugar de diálogo.
Finalmente, depois de serem xingadas, humilhadas e tratadas por loucas, as moças puderam falar. Uma das manifestantes desceu do palco e sentouse, tremendo, na cadeira ao meu lado. “Como a senhora se chama?", perguntou. Respondi. Ela havia me visto filmando.
“Sou estudante de veterinária, posso lhe garantir que o cavalo não deveria estar ali, a senhora entende, sabe o que é um ser senciente?"
Sei sim, é um ser capaz de sentimentos como dor e agonia e emoções próximas ao pensamento. Mais do que muitos ali parecem dominar. Inclusive a protagonista. Sim, porque, para quem deseja denunciar injustiça e preconceito, o ato de jogar seus irmãos de armas aos leões mostrou a medida de sua sinceridade.
(Barbara Gancia, Folha de S.Paulo, 15.03.2014. Adaptado)
Enquanto a protagonista não chegava ao palco para nos brindar com sua crítica à brutalidade da sociedade patriarcal, eu viajei perdida em conjecturas. “E esse animal é mesmo necessário em cena?", pensei. Lembrei de “Equus", de Peter Shaffer, em 1975. Minha mãe me levou para assistir na Broadway, estrelado por Anthony Perkins. Que show! A maneira como resolveram a presença de cavalos em cena foi eficiente e sintética: máscaras, tamancões, bailarinos e pronto.
Uma imponente Angélica Liddell entrou em cena jorrand o versos em choro. “Cansei de ser mulher, de ter vergonha! Ensinaramme a detestar meu corpo…" A atriz é performática, bem anos 1980. Vai abrindo uma cerveja e outra e afogando as mágoas do tamanho do equino. Você começa a entender que a personagem sofreu alguma barbaridade na infância. Só quem não se comove é o cavalo, que não para de mastigar alfafa e parece se incomodar a cada vez que ela quebra um objeto ou grita.
De repente, um punhado de ativistas está sobre o palco exibindo cartazes. “Tirem o animal!"; “Animal não é propriedade!"; “Sejamos artistas, não algozes!".
No mínimo, é interessante ver a interferência de jovens e xpressando os direitos de quem não tem voz ativa, não? Só que o público não viu graça. Devo ter tido a má sorte de cair com uma plateia intolerante. Vai ver, sobrei com a turma que considera “arte" uma coisa que deve ser levada muito, muito a sério.
A garotada pediu para dizer umas palavras e avisou que iria embora logo. Porém, homens adultos, mulheres refinadas, supostos apreciadores de cultura levantaramse enfurecidos e, amparados na unanimidade de respeitadores da ordem, partiram para um bullying violento contra os manifestantes.
A portavoz tentou falar, mas foi abafada pela gritaria. Lembrou - me da cena deprimente que presenciei no ano passado, ao mediar um debate da blogueira cubana Yoani Sánchez, violentamente impedida de falar. Intransigência no lugar de diálogo.
Finalmente, depois de serem xingadas, humilhadas e tratadas por loucas, as moças puderam falar. Uma das manifestantes desceu do palco e sentouse, tremendo, na cadeira ao meu lado. “Como a senhora se chama?", perguntou. Respondi. Ela havia me visto filmando.
“Sou estudante de veterinária, posso lhe garantir que o cavalo não deveria estar ali, a senhora entende, sabe o que é um ser senciente?"
Sei sim, é um ser capaz de sentimentos como dor e agonia e emoções próximas ao pensamento. Mais do que muitos ali parecem dominar. Inclusive a protagonista. Sim, porque, para quem deseja denunciar injustiça e preconceito, o ato de jogar seus irmãos de armas aos leões mostrou a medida de sua sinceridade.
(Barbara Gancia, Folha de S.Paulo, 15.03.2014. Adaptado)
Uma frase coerente com as informações do texto é:
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516400
Português
Texto associado
“Cacilda!", exclamei ao entrar na plateia do teatro Cacilda Becker para assistir ao espetáculo “Eu Não Sou Bonita", com direção e atuação da espanhola Angélica Liddell. Não, infelizmente meu clamor não estava vinculado à admiração pela gloriosa atriz que batiza a casa. Fato está que dei de cara com um cavalo branco que, de tão grande, mais parecia um alce. O pobre animal estava entocado num canto do palco atrás de um monte de feno, cena assaz perturbadora.
Enquanto a protagonista não chegava ao palco para nos brindar com sua crítica à brutalidade da sociedade patriarcal, eu viajei perdida em conjecturas. “E esse animal é mesmo necessário em cena?", pensei. Lembrei de “Equus", de Peter Shaffer, em 1975. Minha mãe me levou para assistir na Broadway, estrelado por Anthony Perkins. Que show! A maneira como resolveram a presença de cavalos em cena foi eficiente e sintética: máscaras, tamancões, bailarinos e pronto.
Uma imponente Angélica Liddell entrou em cena jorrand o versos em choro. “Cansei de ser mulher, de ter vergonha! Ensinaramme a detestar meu corpo…" A atriz é performática, bem anos 1980. Vai abrindo uma cerveja e outra e afogando as mágoas do tamanho do equino. Você começa a entender que a personagem sofreu alguma barbaridade na infância. Só quem não se comove é o cavalo, que não para de mastigar alfafa e parece se incomodar a cada vez que ela quebra um objeto ou grita.
De repente, um punhado de ativistas está sobre o palco exibindo cartazes. “Tirem o animal!"; “Animal não é propriedade!"; “Sejamos artistas, não algozes!".
No mínimo, é interessante ver a interferência de jovens e xpressando os direitos de quem não tem voz ativa, não? Só que o público não viu graça. Devo ter tido a má sorte de cair com uma plateia intolerante. Vai ver, sobrei com a turma que considera “arte" uma coisa que deve ser levada muito, muito a sério.
A garotada pediu para dizer umas palavras e avisou que iria embora logo. Porém, homens adultos, mulheres refinadas, supostos apreciadores de cultura levantaramse enfurecidos e, amparados na unanimidade de respeitadores da ordem, partiram para um bullying violento contra os manifestantes.
A portavoz tentou falar, mas foi abafada pela gritaria. Lembrou - me da cena deprimente que presenciei no ano passado, ao mediar um debate da blogueira cubana Yoani Sánchez, violentamente impedida de falar. Intransigência no lugar de diálogo.
Finalmente, depois de serem xingadas, humilhadas e tratadas por loucas, as moças puderam falar. Uma das manifestantes desceu do palco e sentouse, tremendo, na cadeira ao meu lado. “Como a senhora se chama?", perguntou. Respondi. Ela havia me visto filmando.
“Sou estudante de veterinária, posso lhe garantir que o cavalo não deveria estar ali, a senhora entende, sabe o que é um ser senciente?"
Sei sim, é um ser capaz de sentimentos como dor e agonia e emoções próximas ao pensamento. Mais do que muitos ali parecem dominar. Inclusive a protagonista. Sim, porque, para quem deseja denunciar injustiça e preconceito, o ato de jogar seus irmãos de armas aos leões mostrou a medida de sua sinceridade.
(Barbara Gancia, Folha de S.Paulo, 15.03.2014. Adaptado)
Enquanto a protagonista não chegava ao palco para nos brindar com sua crítica à brutalidade da sociedade patriarcal, eu viajei perdida em conjecturas. “E esse animal é mesmo necessário em cena?", pensei. Lembrei de “Equus", de Peter Shaffer, em 1975. Minha mãe me levou para assistir na Broadway, estrelado por Anthony Perkins. Que show! A maneira como resolveram a presença de cavalos em cena foi eficiente e sintética: máscaras, tamancões, bailarinos e pronto.
Uma imponente Angélica Liddell entrou em cena jorrand o versos em choro. “Cansei de ser mulher, de ter vergonha! Ensinaramme a detestar meu corpo…" A atriz é performática, bem anos 1980. Vai abrindo uma cerveja e outra e afogando as mágoas do tamanho do equino. Você começa a entender que a personagem sofreu alguma barbaridade na infância. Só quem não se comove é o cavalo, que não para de mastigar alfafa e parece se incomodar a cada vez que ela quebra um objeto ou grita.
De repente, um punhado de ativistas está sobre o palco exibindo cartazes. “Tirem o animal!"; “Animal não é propriedade!"; “Sejamos artistas, não algozes!".
No mínimo, é interessante ver a interferência de jovens e xpressando os direitos de quem não tem voz ativa, não? Só que o público não viu graça. Devo ter tido a má sorte de cair com uma plateia intolerante. Vai ver, sobrei com a turma que considera “arte" uma coisa que deve ser levada muito, muito a sério.
A garotada pediu para dizer umas palavras e avisou que iria embora logo. Porém, homens adultos, mulheres refinadas, supostos apreciadores de cultura levantaramse enfurecidos e, amparados na unanimidade de respeitadores da ordem, partiram para um bullying violento contra os manifestantes.
A portavoz tentou falar, mas foi abafada pela gritaria. Lembrou - me da cena deprimente que presenciei no ano passado, ao mediar um debate da blogueira cubana Yoani Sánchez, violentamente impedida de falar. Intransigência no lugar de diálogo.
Finalmente, depois de serem xingadas, humilhadas e tratadas por loucas, as moças puderam falar. Uma das manifestantes desceu do palco e sentouse, tremendo, na cadeira ao meu lado. “Como a senhora se chama?", perguntou. Respondi. Ela havia me visto filmando.
“Sou estudante de veterinária, posso lhe garantir que o cavalo não deveria estar ali, a senhora entende, sabe o que é um ser senciente?"
Sei sim, é um ser capaz de sentimentos como dor e agonia e emoções próximas ao pensamento. Mais do que muitos ali parecem dominar. Inclusive a protagonista. Sim, porque, para quem deseja denunciar injustiça e preconceito, o ato de jogar seus irmãos de armas aos leões mostrou a medida de sua sinceridade.
(Barbara Gancia, Folha de S.Paulo, 15.03.2014. Adaptado)
Para a autora, a presença do cavalo no palco causou
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516401
Português
Texto associado
“Cacilda!", exclamei ao entrar na plateia do teatro Cacilda Becker para assistir ao espetáculo “Eu Não Sou Bonita", com direção e atuação da espanhola Angélica Liddell. Não, infelizmente meu clamor não estava vinculado à admiração pela gloriosa atriz que batiza a casa. Fato está que dei de cara com um cavalo branco que, de tão grande, mais parecia um alce. O pobre animal estava entocado num canto do palco atrás de um monte de feno, cena assaz perturbadora.
Enquanto a protagonista não chegava ao palco para nos brindar com sua crítica à brutalidade da sociedade patriarcal, eu viajei perdida em conjecturas. “E esse animal é mesmo necessário em cena?", pensei. Lembrei de “Equus", de Peter Shaffer, em 1975. Minha mãe me levou para assistir na Broadway, estrelado por Anthony Perkins. Que show! A maneira como resolveram a presença de cavalos em cena foi eficiente e sintética: máscaras, tamancões, bailarinos e pronto.
Uma imponente Angélica Liddell entrou em cena jorrand o versos em choro. “Cansei de ser mulher, de ter vergonha! Ensinaramme a detestar meu corpo…" A atriz é performática, bem anos 1980. Vai abrindo uma cerveja e outra e afogando as mágoas do tamanho do equino. Você começa a entender que a personagem sofreu alguma barbaridade na infância. Só quem não se comove é o cavalo, que não para de mastigar alfafa e parece se incomodar a cada vez que ela quebra um objeto ou grita.
De repente, um punhado de ativistas está sobre o palco exibindo cartazes. “Tirem o animal!"; “Animal não é propriedade!"; “Sejamos artistas, não algozes!".
No mínimo, é interessante ver a interferência de jovens e xpressando os direitos de quem não tem voz ativa, não? Só que o público não viu graça. Devo ter tido a má sorte de cair com uma plateia intolerante. Vai ver, sobrei com a turma que considera “arte" uma coisa que deve ser levada muito, muito a sério.
A garotada pediu para dizer umas palavras e avisou que iria embora logo. Porém, homens adultos, mulheres refinadas, supostos apreciadores de cultura levantaramse enfurecidos e, amparados na unanimidade de respeitadores da ordem, partiram para um bullying violento contra os manifestantes.
A portavoz tentou falar, mas foi abafada pela gritaria. Lembrou - me da cena deprimente que presenciei no ano passado, ao mediar um debate da blogueira cubana Yoani Sánchez, violentamente impedida de falar. Intransigência no lugar de diálogo.
Finalmente, depois de serem xingadas, humilhadas e tratadas por loucas, as moças puderam falar. Uma das manifestantes desceu do palco e sentouse, tremendo, na cadeira ao meu lado. “Como a senhora se chama?", perguntou. Respondi. Ela havia me visto filmando.
“Sou estudante de veterinária, posso lhe garantir que o cavalo não deveria estar ali, a senhora entende, sabe o que é um ser senciente?"
Sei sim, é um ser capaz de sentimentos como dor e agonia e emoções próximas ao pensamento. Mais do que muitos ali parecem dominar. Inclusive a protagonista. Sim, porque, para quem deseja denunciar injustiça e preconceito, o ato de jogar seus irmãos de armas aos leões mostrou a medida de sua sinceridade.
(Barbara Gancia, Folha de S.Paulo, 15.03.2014. Adaptado)
Enquanto a protagonista não chegava ao palco para nos brindar com sua crítica à brutalidade da sociedade patriarcal, eu viajei perdida em conjecturas. “E esse animal é mesmo necessário em cena?", pensei. Lembrei de “Equus", de Peter Shaffer, em 1975. Minha mãe me levou para assistir na Broadway, estrelado por Anthony Perkins. Que show! A maneira como resolveram a presença de cavalos em cena foi eficiente e sintética: máscaras, tamancões, bailarinos e pronto.
Uma imponente Angélica Liddell entrou em cena jorrand o versos em choro. “Cansei de ser mulher, de ter vergonha! Ensinaramme a detestar meu corpo…" A atriz é performática, bem anos 1980. Vai abrindo uma cerveja e outra e afogando as mágoas do tamanho do equino. Você começa a entender que a personagem sofreu alguma barbaridade na infância. Só quem não se comove é o cavalo, que não para de mastigar alfafa e parece se incomodar a cada vez que ela quebra um objeto ou grita.
De repente, um punhado de ativistas está sobre o palco exibindo cartazes. “Tirem o animal!"; “Animal não é propriedade!"; “Sejamos artistas, não algozes!".
No mínimo, é interessante ver a interferência de jovens e xpressando os direitos de quem não tem voz ativa, não? Só que o público não viu graça. Devo ter tido a má sorte de cair com uma plateia intolerante. Vai ver, sobrei com a turma que considera “arte" uma coisa que deve ser levada muito, muito a sério.
A garotada pediu para dizer umas palavras e avisou que iria embora logo. Porém, homens adultos, mulheres refinadas, supostos apreciadores de cultura levantaramse enfurecidos e, amparados na unanimidade de respeitadores da ordem, partiram para um bullying violento contra os manifestantes.
A portavoz tentou falar, mas foi abafada pela gritaria. Lembrou - me da cena deprimente que presenciei no ano passado, ao mediar um debate da blogueira cubana Yoani Sánchez, violentamente impedida de falar. Intransigência no lugar de diálogo.
Finalmente, depois de serem xingadas, humilhadas e tratadas por loucas, as moças puderam falar. Uma das manifestantes desceu do palco e sentouse, tremendo, na cadeira ao meu lado. “Como a senhora se chama?", perguntou. Respondi. Ela havia me visto filmando.
“Sou estudante de veterinária, posso lhe garantir que o cavalo não deveria estar ali, a senhora entende, sabe o que é um ser senciente?"
Sei sim, é um ser capaz de sentimentos como dor e agonia e emoções próximas ao pensamento. Mais do que muitos ali parecem dominar. Inclusive a protagonista. Sim, porque, para quem deseja denunciar injustiça e preconceito, o ato de jogar seus irmãos de armas aos leões mostrou a medida de sua sinceridade.
(Barbara Gancia, Folha de S.Paulo, 15.03.2014. Adaptado)
Considerando a atitude de Angélica Liddell com relação aos manifestantes, a autora sugere que a atriz se revelou
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516402
Português
Texto associado
“Cacilda!", exclamei ao entrar na plateia do teatro Cacilda Becker para assistir ao espetáculo “Eu Não Sou Bonita", com direção e atuação da espanhola Angélica Liddell. Não, infelizmente meu clamor não estava vinculado à admiração pela gloriosa atriz que batiza a casa. Fato está que dei de cara com um cavalo branco que, de tão grande, mais parecia um alce. O pobre animal estava entocado num canto do palco atrás de um monte de feno, cena assaz perturbadora.
Enquanto a protagonista não chegava ao palco para nos brindar com sua crítica à brutalidade da sociedade patriarcal, eu viajei perdida em conjecturas. “E esse animal é mesmo necessário em cena?", pensei. Lembrei de “Equus", de Peter Shaffer, em 1975. Minha mãe me levou para assistir na Broadway, estrelado por Anthony Perkins. Que show! A maneira como resolveram a presença de cavalos em cena foi eficiente e sintética: máscaras, tamancões, bailarinos e pronto.
Uma imponente Angélica Liddell entrou em cena jorrand o versos em choro. “Cansei de ser mulher, de ter vergonha! Ensinaramme a detestar meu corpo…" A atriz é performática, bem anos 1980. Vai abrindo uma cerveja e outra e afogando as mágoas do tamanho do equino. Você começa a entender que a personagem sofreu alguma barbaridade na infância. Só quem não se comove é o cavalo, que não para de mastigar alfafa e parece se incomodar a cada vez que ela quebra um objeto ou grita.
De repente, um punhado de ativistas está sobre o palco exibindo cartazes. “Tirem o animal!"; “Animal não é propriedade!"; “Sejamos artistas, não algozes!".
No mínimo, é interessante ver a interferência de jovens e xpressando os direitos de quem não tem voz ativa, não? Só que o público não viu graça. Devo ter tido a má sorte de cair com uma plateia intolerante. Vai ver, sobrei com a turma que considera “arte" uma coisa que deve ser levada muito, muito a sério.
A garotada pediu para dizer umas palavras e avisou que iria embora logo. Porém, homens adultos, mulheres refinadas, supostos apreciadores de cultura levantaramse enfurecidos e, amparados na unanimidade de respeitadores da ordem, partiram para um bullying violento contra os manifestantes.
A portavoz tentou falar, mas foi abafada pela gritaria. Lembrou - me da cena deprimente que presenciei no ano passado, ao mediar um debate da blogueira cubana Yoani Sánchez, violentamente impedida de falar. Intransigência no lugar de diálogo.
Finalmente, depois de serem xingadas, humilhadas e tratadas por loucas, as moças puderam falar. Uma das manifestantes desceu do palco e sentouse, tremendo, na cadeira ao meu lado. “Como a senhora se chama?", perguntou. Respondi. Ela havia me visto filmando.
“Sou estudante de veterinária, posso lhe garantir que o cavalo não deveria estar ali, a senhora entende, sabe o que é um ser senciente?"
Sei sim, é um ser capaz de sentimentos como dor e agonia e emoções próximas ao pensamento. Mais do que muitos ali parecem dominar. Inclusive a protagonista. Sim, porque, para quem deseja denunciar injustiça e preconceito, o ato de jogar seus irmãos de armas aos leões mostrou a medida de sua sinceridade.
(Barbara Gancia, Folha de S.Paulo, 15.03.2014. Adaptado)
Enquanto a protagonista não chegava ao palco para nos brindar com sua crítica à brutalidade da sociedade patriarcal, eu viajei perdida em conjecturas. “E esse animal é mesmo necessário em cena?", pensei. Lembrei de “Equus", de Peter Shaffer, em 1975. Minha mãe me levou para assistir na Broadway, estrelado por Anthony Perkins. Que show! A maneira como resolveram a presença de cavalos em cena foi eficiente e sintética: máscaras, tamancões, bailarinos e pronto.
Uma imponente Angélica Liddell entrou em cena jorrand o versos em choro. “Cansei de ser mulher, de ter vergonha! Ensinaramme a detestar meu corpo…" A atriz é performática, bem anos 1980. Vai abrindo uma cerveja e outra e afogando as mágoas do tamanho do equino. Você começa a entender que a personagem sofreu alguma barbaridade na infância. Só quem não se comove é o cavalo, que não para de mastigar alfafa e parece se incomodar a cada vez que ela quebra um objeto ou grita.
De repente, um punhado de ativistas está sobre o palco exibindo cartazes. “Tirem o animal!"; “Animal não é propriedade!"; “Sejamos artistas, não algozes!".
No mínimo, é interessante ver a interferência de jovens e xpressando os direitos de quem não tem voz ativa, não? Só que o público não viu graça. Devo ter tido a má sorte de cair com uma plateia intolerante. Vai ver, sobrei com a turma que considera “arte" uma coisa que deve ser levada muito, muito a sério.
A garotada pediu para dizer umas palavras e avisou que iria embora logo. Porém, homens adultos, mulheres refinadas, supostos apreciadores de cultura levantaramse enfurecidos e, amparados na unanimidade de respeitadores da ordem, partiram para um bullying violento contra os manifestantes.
A portavoz tentou falar, mas foi abafada pela gritaria. Lembrou - me da cena deprimente que presenciei no ano passado, ao mediar um debate da blogueira cubana Yoani Sánchez, violentamente impedida de falar. Intransigência no lugar de diálogo.
Finalmente, depois de serem xingadas, humilhadas e tratadas por loucas, as moças puderam falar. Uma das manifestantes desceu do palco e sentouse, tremendo, na cadeira ao meu lado. “Como a senhora se chama?", perguntou. Respondi. Ela havia me visto filmando.
“Sou estudante de veterinária, posso lhe garantir que o cavalo não deveria estar ali, a senhora entende, sabe o que é um ser senciente?"
Sei sim, é um ser capaz de sentimentos como dor e agonia e emoções próximas ao pensamento. Mais do que muitos ali parecem dominar. Inclusive a protagonista. Sim, porque, para quem deseja denunciar injustiça e preconceito, o ato de jogar seus irmãos de armas aos leões mostrou a medida de sua sinceridade.
(Barbara Gancia, Folha de S.Paulo, 15.03.2014. Adaptado)
A passagem que apresenta termos empregados com sentidos opostos está na alternativa:
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516403
Português
Texto associado
“Cacilda!", exclamei ao entrar na plateia do teatro Cacilda Becker para assistir ao espetáculo “Eu Não Sou Bonita", com direção e atuação da espanhola Angélica Liddell. Não, infelizmente meu clamor não estava vinculado à admiração pela gloriosa atriz que batiza a casa. Fato está que dei de cara com um cavalo branco que, de tão grande, mais parecia um alce. O pobre animal estava entocado num canto do palco atrás de um monte de feno, cena assaz perturbadora.
Enquanto a protagonista não chegava ao palco para nos brindar com sua crítica à brutalidade da sociedade patriarcal, eu viajei perdida em conjecturas. “E esse animal é mesmo necessário em cena?", pensei. Lembrei de “Equus", de Peter Shaffer, em 1975. Minha mãe me levou para assistir na Broadway, estrelado por Anthony Perkins. Que show! A maneira como resolveram a presença de cavalos em cena foi eficiente e sintética: máscaras, tamancões, bailarinos e pronto.
Uma imponente Angélica Liddell entrou em cena jorrand o versos em choro. “Cansei de ser mulher, de ter vergonha! Ensinaramme a detestar meu corpo…" A atriz é performática, bem anos 1980. Vai abrindo uma cerveja e outra e afogando as mágoas do tamanho do equino. Você começa a entender que a personagem sofreu alguma barbaridade na infância. Só quem não se comove é o cavalo, que não para de mastigar alfafa e parece se incomodar a cada vez que ela quebra um objeto ou grita.
De repente, um punhado de ativistas está sobre o palco exibindo cartazes. “Tirem o animal!"; “Animal não é propriedade!"; “Sejamos artistas, não algozes!".
No mínimo, é interessante ver a interferência de jovens e xpressando os direitos de quem não tem voz ativa, não? Só que o público não viu graça. Devo ter tido a má sorte de cair com uma plateia intolerante. Vai ver, sobrei com a turma que considera “arte" uma coisa que deve ser levada muito, muito a sério.
A garotada pediu para dizer umas palavras e avisou que iria embora logo. Porém, homens adultos, mulheres refinadas, supostos apreciadores de cultura levantaramse enfurecidos e, amparados na unanimidade de respeitadores da ordem, partiram para um bullying violento contra os manifestantes.
A portavoz tentou falar, mas foi abafada pela gritaria. Lembrou - me da cena deprimente que presenciei no ano passado, ao mediar um debate da blogueira cubana Yoani Sánchez, violentamente impedida de falar. Intransigência no lugar de diálogo.
Finalmente, depois de serem xingadas, humilhadas e tratadas por loucas, as moças puderam falar. Uma das manifestantes desceu do palco e sentouse, tremendo, na cadeira ao meu lado. “Como a senhora se chama?", perguntou. Respondi. Ela havia me visto filmando.
“Sou estudante de veterinária, posso lhe garantir que o cavalo não deveria estar ali, a senhora entende, sabe o que é um ser senciente?"
Sei sim, é um ser capaz de sentimentos como dor e agonia e emoções próximas ao pensamento. Mais do que muitos ali parecem dominar. Inclusive a protagonista. Sim, porque, para quem deseja denunciar injustiça e preconceito, o ato de jogar seus irmãos de armas aos leões mostrou a medida de sua sinceridade.
(Barbara Gancia, Folha de S.Paulo, 15.03.2014. Adaptado)
Enquanto a protagonista não chegava ao palco para nos brindar com sua crítica à brutalidade da sociedade patriarcal, eu viajei perdida em conjecturas. “E esse animal é mesmo necessário em cena?", pensei. Lembrei de “Equus", de Peter Shaffer, em 1975. Minha mãe me levou para assistir na Broadway, estrelado por Anthony Perkins. Que show! A maneira como resolveram a presença de cavalos em cena foi eficiente e sintética: máscaras, tamancões, bailarinos e pronto.
Uma imponente Angélica Liddell entrou em cena jorrand o versos em choro. “Cansei de ser mulher, de ter vergonha! Ensinaramme a detestar meu corpo…" A atriz é performática, bem anos 1980. Vai abrindo uma cerveja e outra e afogando as mágoas do tamanho do equino. Você começa a entender que a personagem sofreu alguma barbaridade na infância. Só quem não se comove é o cavalo, que não para de mastigar alfafa e parece se incomodar a cada vez que ela quebra um objeto ou grita.
De repente, um punhado de ativistas está sobre o palco exibindo cartazes. “Tirem o animal!"; “Animal não é propriedade!"; “Sejamos artistas, não algozes!".
No mínimo, é interessante ver a interferência de jovens e xpressando os direitos de quem não tem voz ativa, não? Só que o público não viu graça. Devo ter tido a má sorte de cair com uma plateia intolerante. Vai ver, sobrei com a turma que considera “arte" uma coisa que deve ser levada muito, muito a sério.
A garotada pediu para dizer umas palavras e avisou que iria embora logo. Porém, homens adultos, mulheres refinadas, supostos apreciadores de cultura levantaramse enfurecidos e, amparados na unanimidade de respeitadores da ordem, partiram para um bullying violento contra os manifestantes.
A portavoz tentou falar, mas foi abafada pela gritaria. Lembrou - me da cena deprimente que presenciei no ano passado, ao mediar um debate da blogueira cubana Yoani Sánchez, violentamente impedida de falar. Intransigência no lugar de diálogo.
Finalmente, depois de serem xingadas, humilhadas e tratadas por loucas, as moças puderam falar. Uma das manifestantes desceu do palco e sentouse, tremendo, na cadeira ao meu lado. “Como a senhora se chama?", perguntou. Respondi. Ela havia me visto filmando.
“Sou estudante de veterinária, posso lhe garantir que o cavalo não deveria estar ali, a senhora entende, sabe o que é um ser senciente?"
Sei sim, é um ser capaz de sentimentos como dor e agonia e emoções próximas ao pensamento. Mais do que muitos ali parecem dominar. Inclusive a protagonista. Sim, porque, para quem deseja denunciar injustiça e preconceito, o ato de jogar seus irmãos de armas aos leões mostrou a medida de sua sinceridade.
(Barbara Gancia, Folha de S.Paulo, 15.03.2014. Adaptado)
A expressão empregada com sentido figurado no texto está destacada em:
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516404
Português
Texto associado
“Cacilda!", exclamei ao entrar na plateia do teatro Cacilda Becker para assistir ao espetáculo “Eu Não Sou Bonita", com direção e atuação da espanhola Angélica Liddell. Não, infelizmente meu clamor não estava vinculado à admiração pela gloriosa atriz que batiza a casa. Fato está que dei de cara com um cavalo branco que, de tão grande, mais parecia um alce. O pobre animal estava entocado num canto do palco atrás de um monte de feno, cena assaz perturbadora.
Enquanto a protagonista não chegava ao palco para nos brindar com sua crítica à brutalidade da sociedade patriarcal, eu viajei perdida em conjecturas. “E esse animal é mesmo necessário em cena?", pensei. Lembrei de “Equus", de Peter Shaffer, em 1975. Minha mãe me levou para assistir na Broadway, estrelado por Anthony Perkins. Que show! A maneira como resolveram a presença de cavalos em cena foi eficiente e sintética: máscaras, tamancões, bailarinos e pronto.
Uma imponente Angélica Liddell entrou em cena jorrand o versos em choro. “Cansei de ser mulher, de ter vergonha! Ensinaramme a detestar meu corpo…" A atriz é performática, bem anos 1980. Vai abrindo uma cerveja e outra e afogando as mágoas do tamanho do equino. Você começa a entender que a personagem sofreu alguma barbaridade na infância. Só quem não se comove é o cavalo, que não para de mastigar alfafa e parece se incomodar a cada vez que ela quebra um objeto ou grita.
De repente, um punhado de ativistas está sobre o palco exibindo cartazes. “Tirem o animal!"; “Animal não é propriedade!"; “Sejamos artistas, não algozes!".
No mínimo, é interessante ver a interferência de jovens e xpressando os direitos de quem não tem voz ativa, não? Só que o público não viu graça. Devo ter tido a má sorte de cair com uma plateia intolerante. Vai ver, sobrei com a turma que considera “arte" uma coisa que deve ser levada muito, muito a sério.
A garotada pediu para dizer umas palavras e avisou que iria embora logo. Porém, homens adultos, mulheres refinadas, supostos apreciadores de cultura levantaramse enfurecidos e, amparados na unanimidade de respeitadores da ordem, partiram para um bullying violento contra os manifestantes.
A portavoz tentou falar, mas foi abafada pela gritaria. Lembrou - me da cena deprimente que presenciei no ano passado, ao mediar um debate da blogueira cubana Yoani Sánchez, violentamente impedida de falar. Intransigência no lugar de diálogo.
Finalmente, depois de serem xingadas, humilhadas e tratadas por loucas, as moças puderam falar. Uma das manifestantes desceu do palco e sentouse, tremendo, na cadeira ao meu lado. “Como a senhora se chama?", perguntou. Respondi. Ela havia me visto filmando.
“Sou estudante de veterinária, posso lhe garantir que o cavalo não deveria estar ali, a senhora entende, sabe o que é um ser senciente?"
Sei sim, é um ser capaz de sentimentos como dor e agonia e emoções próximas ao pensamento. Mais do que muitos ali parecem dominar. Inclusive a protagonista. Sim, porque, para quem deseja denunciar injustiça e preconceito, o ato de jogar seus irmãos de armas aos leões mostrou a medida de sua sinceridade.
(Barbara Gancia, Folha de S.Paulo, 15.03.2014. Adaptado)
Enquanto a protagonista não chegava ao palco para nos brindar com sua crítica à brutalidade da sociedade patriarcal, eu viajei perdida em conjecturas. “E esse animal é mesmo necessário em cena?", pensei. Lembrei de “Equus", de Peter Shaffer, em 1975. Minha mãe me levou para assistir na Broadway, estrelado por Anthony Perkins. Que show! A maneira como resolveram a presença de cavalos em cena foi eficiente e sintética: máscaras, tamancões, bailarinos e pronto.
Uma imponente Angélica Liddell entrou em cena jorrand o versos em choro. “Cansei de ser mulher, de ter vergonha! Ensinaramme a detestar meu corpo…" A atriz é performática, bem anos 1980. Vai abrindo uma cerveja e outra e afogando as mágoas do tamanho do equino. Você começa a entender que a personagem sofreu alguma barbaridade na infância. Só quem não se comove é o cavalo, que não para de mastigar alfafa e parece se incomodar a cada vez que ela quebra um objeto ou grita.
De repente, um punhado de ativistas está sobre o palco exibindo cartazes. “Tirem o animal!"; “Animal não é propriedade!"; “Sejamos artistas, não algozes!".
No mínimo, é interessante ver a interferência de jovens e xpressando os direitos de quem não tem voz ativa, não? Só que o público não viu graça. Devo ter tido a má sorte de cair com uma plateia intolerante. Vai ver, sobrei com a turma que considera “arte" uma coisa que deve ser levada muito, muito a sério.
A garotada pediu para dizer umas palavras e avisou que iria embora logo. Porém, homens adultos, mulheres refinadas, supostos apreciadores de cultura levantaramse enfurecidos e, amparados na unanimidade de respeitadores da ordem, partiram para um bullying violento contra os manifestantes.
A portavoz tentou falar, mas foi abafada pela gritaria. Lembrou - me da cena deprimente que presenciei no ano passado, ao mediar um debate da blogueira cubana Yoani Sánchez, violentamente impedida de falar. Intransigência no lugar de diálogo.
Finalmente, depois de serem xingadas, humilhadas e tratadas por loucas, as moças puderam falar. Uma das manifestantes desceu do palco e sentouse, tremendo, na cadeira ao meu lado. “Como a senhora se chama?", perguntou. Respondi. Ela havia me visto filmando.
“Sou estudante de veterinária, posso lhe garantir que o cavalo não deveria estar ali, a senhora entende, sabe o que é um ser senciente?"
Sei sim, é um ser capaz de sentimentos como dor e agonia e emoções próximas ao pensamento. Mais do que muitos ali parecem dominar. Inclusive a protagonista. Sim, porque, para quem deseja denunciar injustiça e preconceito, o ato de jogar seus irmãos de armas aos leões mostrou a medida de sua sinceridade.
(Barbara Gancia, Folha de S.Paulo, 15.03.2014. Adaptado)
A frase do texto que, após a alteração da ordem, permanece correta, no que se refere à pontuação, é:
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516405
Português
Assinale a alternativa em que a concordância está de acordo com a normapadrão da língua portuguesa.
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516406
Português
Considere a charge.
O termo portanto, empregado na charge, tem valor
O termo portanto, empregado na charge, tem valor
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516407
Português
A frase em que o uso das formas verbais está correto, em conformidade com a normapadrão da língua portuguesa, é:
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516408
Português
Considere os quadrinhos.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas, de acordo com a normapadrão da língua portuguesa.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas, de acordo com a normapadrão da língua portuguesa.
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516409
Direito Administrativo
Assinale a alternativa que contempla um dos meios de controle externo popular da Administração Pública.
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516410
Direito Administrativo
Considerando as distinções entre outorga e delegação de serviços públicos, assinale a alternativa correta.
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516411
Direito Administrativo
Em relação aos atos administrativos, é correto afirmar que
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516412
Direito Administrativo
Florindo Furtado é Prefeito Municipal e tem como seu a dversário político, Fulaninho da Silva, que é Vereador. Florindo, querendo atingir seu desafeto, resolve desapropriar a casa onde reside Fulaninho, para instalar no local uma Escola Municipal. E assim o faz, utilizando o procedimento legal exigido para o caso. A população da região ficou bastante satisfeita com a novidade, pois o Município era carente de escolas. Considerando essa situação, é correto afirmar que o ato de Florindo
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516413
Direito Administrativo
Assinale a alternativa correta a respeito dos princípios do processo administrativo.
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516414
Direito Administrativo
A respeito da alienação de bens públicos, é correto afirmar que
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516415
Direito Administrativo
No tocante à responsabilidade dos agentes públicos, na hipótese do servidor público cometer infração considerada, ao mesmo tempo, ilícito administrativo e ilícito penal, é correto afirmar que
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516416
Direito Administrativo
Assinale a alternativa correta a respeito do Tombamento.
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516417
Direito Administrativo
Nos termos da Lei n.º 8.666/93, em igualdade de condições, como critério de desempate no procedimento licitatório, será assegurada preferência, entre outros casos, aos bens e serviços produzidos ou prestados por empresas
Ano: 2014
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Poá - SP
Prova:
VUNESP - 2014 - Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico |
Q516418
Direito Administrativo
Determinado Município está sendo processado judicialmente numa causa jurídica bastante complexa e de natureza singular, que pode afetar sensivelmente os cofres da Municipalidade caso venha a ser perdedor na ação. A fim de prestarlhe assessoria jurídica e defender o Município nessa ação judicial, o Prefeito pretende contratar um renomado escritório de advocacia, que possui notória especialização na matéria objeto da ação judicial. Nessa situação, portanto, e considerando o disposto na Lei de Licitações e Contratos, é correto afirmar que o Município