A transição democrática iniciara com o reconhecimento
da legitimidade do conflito. Com o transcurso da transição, a política teria passado a ser percebida como
experiência eminentemente conflituosa, aberta, avessa
a determinismos, sem espaço para sujeitos oniscientes
ou verdades inelutáveis. Seria agora extemporâneo cogitar eliminar o conflito em nome de metas supostamente
consensuais como estabilidade econômica ou reforma do
Estado. [...] O governo Fernando Collor de Mello viria pôr
à prova esse entendimento.
[Tarcísio Costa, Os anos noventa: o ocaso da política e
a sacralização do mercado. Em Carlos Guilherme Mota (org).
A experiência brasileira. A grande transação.]
O governo Collor, segundo o autor do artigo,