Gomes (in: Moreira, 2007) aponta, em seu artigo, que
“há uma nova sensibilidade nas escolas públicas, sobretudo para a diversidade e suas múltiplas dimensões na
vida dos sujeitos. Sensibilidade que vem se traduzindo
em ações pedagógicas de transformação do sistema educacional em um sistema inclusivo, democrático e aberto
à diversidade”. Entretanto, a pesquisadora ressalta que,
ao analisar as propostas e documentos oficiais, a diversidade aparece não como um dos eixos centrais da orientação curricular, mas, sim, como um tema que, muitas
vezes, transversaliza o currículo, sendo entendida como
pluralidade cultural. A Resolução CNE/CP nº
01/2004, a
qual institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, estabelece,
no § 3º
, do artigo 3º
, o ensino sistemático de História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica, e
refere-se, em especial, aos componentes curriculares de
Educação Artística, Literatura e História do Brasil.
Na análise da autora, a cultura deve ser vista como um
eixo que orienta