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Q2317947 Medicina
Atenção: o caso a seguir refere-se a próxima questão.

Mulher de 43 anos, com hipertensão diagnosticada há 5 anos, em uso regular de anlodipina, enalapril, atenolol e hidroclorotiazida, com aderência adequada de todas as medicações. Está realizando atividade física regular, com dieta adequada e IMC de 28 kg/m2 . Todos os anti-hipertensivos estão em doses máximas toleradas e nega uso de outras medicações. Refere diagnóstico recente de síndrome de apneia do sono, adequadamente controlada com um gerador de pressão positiva contínua (CPAP) noturno. Mãe com diagnóstico de hipertensão aos 38 anos.

Ao exame: eupneica em ar ambiente, corada, frequência cardíaca: 68bpm; pressão arterial: 168x96mmHg no membro superior direito e 166x92mmHg no membro superior esquerdo. Murmúrio universalmente audível sem ruídos adventícios; Ritmo cardíaco regular, 3 tempos (B4), bulhas normofonéticas, sem sopros ou turgência jugular. Abdome flácido, indolor, sem visceromegalias ou sopros. Membros inferiores sem edema. Laboratório em jejum: glicemia 98mg/dL; creatinina 1,0mg/dL; Na+ 140mEq/L; K+ 3,0mEq/L, aldosterona 26ng/dL, atividade de renina plasmática 0,8ng/mL/h. Eletrocardiograma: Bradicardia sinusal e sinais de sobrecarga ventricular esquerda. Tomografia de abdome sem alterações
Considerando que a paciente do caso não é candidata à cirurgia, por recusar o procedimento, assinale a afirmativa que apresenta a melhor opção terapêutica para o manejo da hipertensão. 
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A questão apresenta um caso clínico de uma paciente com hipertensão resistente, já que ela está em uso de quatro classes diferentes de anti-hipertensivos em doses máximas toleradas (anlodipina, enalapril, atenolol e hidroclorotiazida) sem controle adequado da pressão arterial. A presença de hipopotassemia (K+ de 3,0 mEq/L) sugere uma possível hiperaldosteronismo secundário como contribuição para a hipertensão resistente. A escolha da espironolactona, um antagonista dos receptores de aldosterona, como tratamento adicional é apropriada nesse contexto, pois pode ajudar a bloquear os efeitos do excesso de aldosterona, que pode estar contribuindo para a resistência ao tratamento anti-hipertensivo e para a hipopotassemia. A resposta correta é, portanto, a alternativa C - Espironolactona. A eplerenona (alternativa B) também é um antagonista da aldosterona, mas a espironolactona é mais frequentemente utilizada e tem maior evidência no manejo da hipertensão resistente. A angioplastia da artéria renal (alternativa A) normalmente é considerada quando há suspeita de estenose de artéria renal, o que não é sugerido pelo caso clínico. Olmesartana (alternativa D) é um bloqueador dos receptores de angiotensina II e não seria a escolha ideal diante de um provável quadro de hiperaldosteronismo. O alisquireno (alternativa E) é um inibidor direto da renina, e não é indicado pela presença de um inibidor da enzima conversora de angiotensina (enalapril) que já atua na via do sistema renina-angiotensina-aldosterona.

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