Uma paciente de 47 anos de idade encontra‐se no ...

Vamos analisar a questão que envolve uma paciente no sexto dia pós-operatório de uma gastrectomia vertical videolaparoscópica realizada para tratar a obesidade. A paciente apresenta sinais de desidratação, taquicardia, hipotensão, além de sintomas gastrointestinais como náuseas, vômitos e ausência de evacuações.

O tema central da questão é a identificação da conduta mais adequada para uma complicação pós-operatória que pode estar relacionada à cirurgia realizada. Para resolver a questão, é necessário entender possíveis complicações pós-operatórias e a interpretação de sinais clínicos apresentados.

Alternativa Correta: C - Hidratação e realização de tomografia de abdome

A alternativa C é a correta porque a paciente apresenta sinais sugestivos de ileo paralítico ou obstrução intestinal, condições que são complicações comuns após cirurgias abdominais. A tomografia de abdome é essencial para avaliar a presença de obstruções ou outras anormalidades pós-cirúrgicas. Além disso, a paciente está desidratada e necessita de reposição volumétrica imediata, justificando a hidratação.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - Realização de lavagem intestinal acompanhada de óleo mineral: Esta alternativa não é adequada porque a lavagem intestinal não é indicada em casos de suspeita de obstrução intestinal ou ileo paralítico, já que pode piorar o quadro.

B - Endoscopia digestiva alta para avaliação do grampeamento: Embora a endoscopia possa ser útil em alguns casos, ela não é o exame de escolha imediato para os sintomas apresentados. A tomografia é mais apropriada para avaliar complicações pós-operatórias gerais.

D - Introdução de antibióticos e heparina de baixo peso molecular e reavaliação em 48 horas: Embora a profilaxia de trombose e o uso de antibióticos sejam importantes em algumas situações, eles não abordam diretamente os sintomas específicos da paciente e a necessidade imediata de diagnóstico por imagem.

E - Punção abdominal guiada por ultrassonografia: Esta alternativa não é indicada no contexto apresentado, pois não há sinais claros de coleção líquida ou ascite para justificar uma punção abdominal.

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A conduta mais adequada para o caso apresentado é a hidratação e realização de tomografia de abdome (alternativa C). A paciente apresenta sinais de desidratação, taquicardia, hipotensão, distensão abdominal, ausência de ruídos hidroaéreos e descompressão brusca negativa, indicando possibilidade de obstrução intestinal. A realização de lavagem intestinal ou introdução de antibióticos e heparina não são as condutas indicadas neste momento. A endoscopia digestiva alta também não é a melhor escolha, pois a paciente apresenta sinais de obstrução intestinal e a avaliação da anastomose feita pela endoscopia pode ser limitada. A punção abdominal guiada por ultrassonografia pode ser útil em alguns casos, mas não é a conduta inicial recomendada. A tomografia de abdome pode ajudar a avaliar a presença de obstrução intestinal, identificar possíveis complicações pós-operatórias e orientar o tratamento adequado.