Em relação à questão do cidadão cliente, analise as afirmati...

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Q2348015 Administração Pública
Em relação à questão do cidadão cliente, analise as afirmativas a seguir:

I. Uma das maiores críticas ao conceito de cliente é que ele apresenta o risco de levar à esfera pública o fortalecimento da perspectiva individualista, já comum no mundo das escolhas privadas.

II. Isso seria particularmente prejudicial, devido ao papel de redistribuição do Estado. Num mundo formado por indivíduos voltados para a consecução dos próprios objetivos, considerações sobre ética, bem maior e interesse público seriam pouco significantes.

III. Seria provavelmente considerado natural que os menos privilegiados e os incapazes de fazer ouvir suas reivindicações fossem abandonados à própria sorte.

Assinale
Alternativas

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Alternativa correta: D

Vamos explorar o tema da questão sobre o conceito do cidadão como cliente no contexto da Administração Pública, abordando as afirmativas apresentadas.

I. Uma das maiores críticas ao conceito de cliente é que ele apresenta o risco de levar à esfera pública o fortalecimento da perspectiva individualista, já comum no mundo das escolhas privadas.

Essa afirmativa destaca uma crítica central ao conceito de "cidadão-cliente". A ideia de tratar o cidadão como um cliente pode transferir para a administração pública um viés individualista comum no setor privado, onde as escolhas são guiadas por interesses pessoais e não pelo bem comum. Isso é relevante no estudo da Administração Pública pois o setor público deve priorizar o interesse coletivo.

II. Isso seria particularmente prejudicial, devido ao papel de redistribuição do Estado. Num mundo formado por indivíduos voltados para a consecução dos próprios objetivos, considerações sobre ética, bem maior e interesse público seriam pouco significantes.

Aqui, a afirmação reforça os perigos do individualismo na esfera pública. O papel do Estado inclui a redistribuição de recursos e a promoção da justiça social. Se os cidadãos forem tratados apenas como clientes com objetivos individuais, valores essenciais como ética e interesse público podem ser negligenciados. Este ponto é fundamental para entender o funcionamento e os objetivos da administração pública.

III. Seria provavelmente considerado natural que os menos privilegiados e os incapazes de fazer ouvir suas reivindicações fossem abandonados à própria sorte.

Essa afirmativa completa a crítica ao modelo de cidadão-cliente ao apontar um risco social significativo: a exclusão dos mais vulneráveis. No setor público, é crucial que todos os cidadãos tenham voz e acesso aos serviços. Se o foco estiver apenas nas demandas individuais mais audíveis, grupos menos privilegiados podem ser negligenciados, o que contraria os princípios de equidade e justiça social da administração pública.

Portanto, todas as afirmativas estão corretas ao criticar o conceito de cidadão-cliente na administração pública por promover um enfoque individualista que pode comprometer o papel redistributivo do Estado e a inclusão social. Esses pontos são essenciais para quem estuda Administração Pública, pois reforçam a importância de uma gestão voltada para o interesse coletivo e o bem-estar social.

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Comentários

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fonte: vozes da cabeça do examinador

SEM PÉ NEM CABEÇA

Tudo sem eira nem beira. Questão elaborada pela Dilma do PT.

I. Uma das maiores críticas ao conceito de cliente é que ele apresenta o risco de levar à esfera pública o fortalecimento da perspectiva individualista, já comum no mundo das escolhas privadas.

Correto. Sabe aquela máxima "o cliente tem sempre razão"? Então, isso não pode ser levado para a esfera pública, porque não é sobre o que você, cliente, quer. É sobre o que é melhor para o bem-comum.

II. Isso seria particularmente prejudicial, devido ao papel de redistribuição do Estado. Num mundo formado por indivíduos voltados para a consecução dos próprios objetivos, considerações sobre ética, bem maior e interesse público seriam pouco significantes.

Correto. Ora, se você só liga para o que você quer, você vai pensar no outro? Vai redistribuir recursos? Vai ligar para o bem maior ou interesse público? Lembre-se: Você é o cliente, então é você que tem a razão e dane-se os outros kkkkk

III. Seria provavelmente considerado natural que os menos privilegiados e os incapazes de fazer ouvir suas reivindicações fossem abandonados à própria sorte.

Correto. Se só importa o que eu quero, então pra que vou ligar para os hipossuficientes?

Ao analisar a questão do "cidadão como cliente" no contexto da gestão pública, é essencial considerar os impactos de transplantar uma lógica de mercado para o setor público. Os conceitos refletidos nas afirmativas oferecem uma profunda reflexão sobre essas implicações.

Afirmativa I: Esta observação destaca a preocupação de que o enfoque no cidadão como cliente fortalece uma abordagem individualista já prevalente no setor privado. Na administração pública, isso pode resultar em uma ênfase excessiva nos direitos e demandas individuais em detrimento do coletivo. Isso é crítico porque, enquanto o mercado atende à demanda com poder aquisitivo, o Estado deve garantir direitos básicos de forma universal.

Afirmativa II: Reforça o problema identificado na afirmativa I ao apontar que este individualismo pode debilitar o papel redistributivo do Estado, essencial para garantir equidade na sociedade. Se as políticas públicas começarem a ser moldadas mais por critérios de eficiência mercantil do que por justiça e redistribuição, isso poderia comprometer a integridade ética e o foco no bem-estar coletivo, elementos fundamentais na gestão pública.

Afirmativa III: A terceira observação trata das consequências sociais da competitividade individualista, prevendo que pessoas menos favorecidas, ou aquelas incapazes de lutar efetivamente por seus direitos, poderiam ser ainda mais marginalizadas. Isso seria uma consequência natural de um modelo que valoriza o desempenho individual sem considerar as disparidades socioeconômicas intrínsecas.

Assim, todas as três afirmativas discutem efeitos negativos plausíveis de uma perspectiva que trata os cidadãos meramente como clientes em um contexto que deveria prioritariamente focar no bem-estar coletivo e na justiça social. Cada alternativa descreve uma faceta importante dessa problemática, formando um argumento compreensivo sobre os riscos dessa abordagem.

a alternativa correta é D

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