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Matemática não é por si só conhecimento difícil a ponto de traumatizar as crianças. O que pode traumatizá-las é a forma inadequada de apresentá-la na escola. Segundo Smole (2000), o trabalho do professor não consiste em resolver problemas e tomar decisões sozinho. Ele anima e mantém as redes de conversas e coordena ações. Sobretudo, ele tenta discernir, durante as atividades, as novas possibilidades que poderiam abrir-se à comunidade da classe, orientando e selecionando aquelas que não ponham em risco algumas de suas finalidades mais essenciais na busca por novos conhecimentos.
Considere as situações a seguir e assinale em qual delas o trabalho do professor favorece a construção da educação matemática.
D - Perguntar às crianças por aquilo que tenham visto, pensado, imaginado, experimentado ou descoberto, para ajudá-las a atribuir sentido matemático às experiências vividas.
A alternativa correta é a Letra D. A justificativa para esta ser a escolha correta está embasada na concepção moderna de educação matemática que preconiza o envolvimento ativo dos alunos no processo de aprendizagem. Vamos entender o porquê.
O papel do educador, conforme descrito por Smole, é o de um facilitador no processo de aprendizado, propiciando um ambiente em que os estudantes possam expressar o que viram, pensaram, imaginaram ou descoberto. Ao fazer perguntas sobre as experiências das crianças e ajudá-las a atribuir sentido matemático a estas, o professor incentiva o pensamento crítico, a curiosidade, a investigação e a construção do conhecimento de forma significativa.
Essa abordagem é preferível em relação às outras opções, pois permite que os alunos construam o conhecimento por si mesmos, ao invés de apenas memorizar procedimentos ou fatos isolados. A aprendizagem significativa ocorre quando o aluno é capaz de ligar novos conhecimentos aos que já possui, dando-lhes sentido e compreendendo suas aplicações. Portanto, ao valorizar as vivências e percepções dos alunos, o professor está favorecendo uma educação matemática rica e conectada com a realidade dos estudantes.
Esta metodologia está alinhada com o que se espera da Educação Matemática contemporânea, que busca desenvolver não apenas habilidades numéricas, mas também o raciocínio lógico, a resolução de problemas e a capacidade de aplicar o conhecimento matemático em diferentes contextos.
Portanto, a alternativa D exemplifica uma prática pedagógica que coloca o aluno no centro do processo de aprendizagem, em consonância com as orientações dos especialistas na área da Educação Matemática, como as de Smole.
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