Transpondo-se para a voz passiva a frase A ciência jamais ha...

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Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TJ-CE Prova: FCC - 2022 - TJ-CE - Oficial de Justiça |
Q1951050 Português

Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo. 


[Religiões e progresso]

É conhecida a tese de que nas sociedades pré-modernas, como o medievo europeu ou as culturas ameríndias e africanas tradicionais, a religião não tem uma existência à parte das demais esferas da vida, não é um nicho compartimentalizado de devoção e celebração ritual demarcado no tempo e no espaço, mas está integrada à textura do cotidiano comum e permeia todas as instâncias da existência.  

A separação radical entre o profano e o sagrado – entre o mundo secular regido pela razão, de um lado, e o mundo da fé, regido por opções e afinidades estritamente pessoais, de outro – seria um traço distintivo da moderna cultura ocidental. Mas será isso mesmo verdade? Até que ponto o mundo moderno teria de fato banido a emoção religiosa da vida prática e confinado a esfera do sagrado ao gueto das preces, contrições e liturgias dominantes? Ou não seria essa compartimentalização, antes, um meio de apaziguar as antigas formas de religiosidade e ajustar contas com elas ao mesmo tempo em que se abre e se desobstrui o terreno visando a liberação da vida prática para o culto de outros deuses e de outra fé?

Não se trata, é claro, de negar o valor desses outros deuses: a ciência, a técnica, o conforto material, a sede de acumulação de riquezas. O equívoco está em absolutizar esses novos deuses em relação a outros valores, e esperar deles mais do que podem oferecer. A ciência jamais decifrará o enigma de existir; a tecnologia não substitui a ética; e o aumento indefinido de renda e riqueza não nos conduz a vidas mais livres, plenas e dignas de serem vividas, além de pôr em risco o equilíbrio mesmo da bioesfera.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 152-153)

Transpondo-se para a voz passiva a frase A ciência jamais haverá de decifrar os enigmas de nossa existência, a forma verbal resultante será:
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Letra A.

"Os enigmas de nossa existência jamais haverão de ser decifrados pela ciência".

Voz passiva analítica pede o verbo ser.

Letra A.

"Os enigmas de nossa existência jamais haverão de ser decifrados pela ciência".

Voz passiva analítica pede o verbo ser.

Qual o sentido do verbo haver?

Gab, A

Estrutura da voz passiva: verbo ser + particípio.

Passando para a voz passiva:

Os enigmas da nossa existência jamais haverão de ser decifrados pela ciência.

Obs.: O verbo auxiliar carregará a carga do sujeito da passiva.

Para transpor para a voz passiva:

1º - O Objeto direto vira sujeito paciente: "Os enigmas de nossa existência"

2º - Deve-se acrescentar o verbo "ser" e colocar o verbo principal no particípio. Além disso, o verbo auxiliar da locução verbal deve concordar com seu sujeito paciente, já que o verbo principal é verbo pessoal: "jamais haverão de ser decifrados"

3º - O sujeito vira agente da passiva: "pela ciência"

"Os enigmas de nossa existência jamais haverão de ser decifrados pela ciência".

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