Ocampo e colaboradores (2009) apresentam as etapas do proce...

Alternativa correta: C - manter constantes certas variáveis que intervêm no processo.

Para entender melhor o tema da questão, é importante saber que o processo psicodiagnóstico é uma sequência de etapas utilizadas pelo psicólogo para compreender, avaliar e diagnosticar o paciente. Segundo Ocampo e colaboradores (2009), uma dessas etapas é o enquadramento.

O enquadramento tem como objetivo manter constantes certas variáveis que intervêm no processo. Isso significa que o psicólogo deve garantir que fatores como o ambiente, a relação com o paciente e os métodos de avaliação sejam consistentes e controlados, para que os resultados sejam válidos e confiáveis.

Vamos analisar as alternativas para entender por que a alternativa C é a correta e as outras estão incorretas:

A - orientar os pais da criança sobre a importância do sigilo no processo

Embora o sigilo seja uma parte crucial do trabalho do psicólogo, não é a finalidade do enquadramento. O sigilo está mais relacionado à ética profissional.

B - planejar as atividades a serem desenvolvidas durante o psicodiagnóstico

Planejar atividades é, sem dúvida, uma parte importante do processo psicodiagnóstico, mas isso se refere mais ao planejamento geral do que ao enquadramento.

D - reconhecer as demandas do sujeito em processo de avaliação

Reconhecer as demandas do sujeito é essencial, pois ajuda a direcionar o foco da avaliação, mas não é específico do enquadramento. Essa etapa é mais abrangente e envolve compreender as necessidades e expectativas do paciente.

E - garantir condições mínimas de trabalho para o psicólogo

Garantir condições mínimas de trabalho também é importante, mas isso se refere às condições estruturais e logísticas, não ao enquadramento em si.

Portanto, a alternativa C é a correta, pois o enquadramento é especificamente sobre manter constantes certas variáveis que intervêm no processo psicodiagnóstico.

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Ocampo, assim como Bleger, enuncia os enquadres e limites do processo psicodiagnóstico e ressalta o motivo pelo qual o método da psicanálise seja contraindicado: 

"Se o psicólogo deve fazer um psicodiagnóstico, o enquadramento não pode ser esse: ele dispõe de um tempo limitado; a duração excessiva do processo torna-se prejudicial (...) em relação a técnica da entrevista livre ou totalmente aberta, se adotarmos o modelo psicanalista (que nem todos adotam) devemos deixar que o paciente fale o que quiser e quando quiser, isto é, respeitarmos seu timing. Mas com isso cairemos em uma confusão: não dispomos de tempo ilimitado (...) Portanto, aceitar silêncios muito prolongados, lacunas totais em temas fundamentais, insistência em um mesmo tema (...) é funcionar com uma identidade alheia (a do terapeuta) e romper com o próprio enquadramento. (0CAMPO, 1981, p. 15).

Ainda acerca das considerações de OCAMPO sobre enquadramento, ressalta-se que algumas variáveis devem ser mantidas no processo diagnóstico, tais como: esclarecimento dos papeis respectivos, lugares onde se realizarão as entrevistas; horário e duração do processo; honorários. 

Logo, a assertiva que trata de manter constante certas variáveis (as mencionadas acima) durante o processo psicodiagnóstico é correspondente a delimitar o enquadramento de tal processo.

Mantendo-se certas variáveis constantes durante o processo psicodiagnóstico teremos maiores certezas sobre as VARIÁVEIS psicológicas do paciente, casal ou grupo familiar que nos procuraram.