De acordo com o artigo 8º das Diretrizes Curriculares Nacio...
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Alternativa correta: D
A questão pede que identifiquemos o que as escolas indígenas que ofertam a educação infantil não devem fazer, de acordo com o artigo 8º das Diretrizes Curriculares Nacionais. Analisando as opções, todas parecem descrever ações positivas e alinhadas com a valorização da cultura indígena, exceto a alternativa D, que é a correta segundo o gabarito. Vamos entender o porquê.
As alternativas A, B, C, e E listam práticas recomendadas e consistentes com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação indígena. Elas enfatizam a importância da participação comunitária, o respeito pelas línguas indígenas, a valorização das práticas educativas próprias de cada povo e a produção de materiais didáticos contextualizados.
Entretanto, a alternativa D apresenta uma afirmação que contradiz o espírito das diretrizes, ao sugerir que as escolas indígenas deveriam apenas "reconhecer as atividades culturais desenvolvidas" e se limitar a "fazer cumprir as ações, os objetivos e as metas estabelecidos nos projetos político-pedagógicos". Isso poderia ser interpretado como uma imposição de um modelo educacional pré-definido, sem a necessária flexibilidade e adaptação às realidades e necessidades específicas de cada comunidade indígena. A educação indígena deve ser dinâmica e participativa, respeitando a autonomia e a cultura de cada povo.
Portanto, a alternativa D está correta porque reflete uma atitude que as escolas indígenas não devem adotar, ou seja, a de apenas reconhecer passivamente as atividades culturais sem integrá-las efetivamente no processo educativo e curricular de maneira viva e construtiva.
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d) Reconhecer as atividades culturais desenvolvidas e fazer cumprir as ações, os objetivos e as metas estabelecidos nos projetos político-pedagógicos
Art. 37. A Educação Escolar Indígena ocorre em unidades educacionais inscritas em suas terras e culturas, as quais têm uma realidade singular, requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada povo ou comunidade e formação específica de seu quadro docente, observados os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica brasileira.
Parágrafo único. Na estruturação e no funcionamento das escolas indígenas, é reconhecida a sua condição de possuidores de normas e ordenamento jurídico próprios, com ensino intercultural e bilíngue, visando à valorização plena das culturas dos povos indígenas e à afirmação e manutenção de sua diversidade étnica.
Art. 38. Na organização de escola indígena, deve ser considerada a participação da comunidade, na definição do modelo de organização e gestão, bem como:
I - suas estruturas sociais;
II - suas práticas socioculturais e religiosas;
III - suas formas de produção de conhecimento, processos próprios e métodos de ensino-aprendizagem;
IV - suas atividades econômicas;
V - edificação de escolas que atendam aos interesses das comunidades indígenas;
VI - uso de materiais didático-pedagógicos produzidos de acordo com o contexto sociocultural de cada povo indígena.
Art. 8º A Educação Infantil, etapa educativa e de cuidados, é um direito dos povos indígenas que deve ser garantido e realizado com o compromisso de qualidade sociocultural e de respeito aos preceitos da educação diferenciada e específica.
§ 1º A Educação Infantil pode ser também uma opção de cada comunidade indígena que tem a prerrogativa de, ao avaliar suas funções e objetivos a partir de suas referências culturais, decidir sobre a implantação ou não da mesma, bem como sobre a idade de matrícula de suas crianças na escola.
§ 2º Os sistemas de ensino devem promover consulta livre, prévia e informada acerca da oferta da Educação Infantil a todos os envolvidos com a educação das crianças indígenas, tais como pais, mães, avós, “os mais velhos”, professores, gestores escolares e lideranças comunitárias, visando a uma avaliação que expresse os interesses legítimos de cada comunidade indígena.
§ 3º As escolas indígenas que ofertam a Educação Infantil devem:
I - promover a participação das famílias e dos sábios, especialistas nos conhecimentos tradicionais de cada comunidade, em todas as fases de implantação e desenvolvimento da Educação Infantil;
II - definir em seus projetos político-pedagógicos em que língua ou línguas serão desenvolvidas as atividades escolares, de forma a oportunizar o uso das línguas indígenas; III - considerar as práticas de educar e de cuidar de cada comunidade indígena como parte fundamental da educação escolar das crianças de acordo com seus espaços e tempos socioculturais;
IV - elaborar materiais didáticos específicos e de apoio pedagógico para a Educação Infantil, garantindo a incorporação de aspectos socioculturais indígenas significativos e contextualizados para a comunidade indígena de pertencimento da criança;
V - reconhecer as atividades socioculturais desenvolvidas nos diversos espaços institucionais de convivência e sociabilidade de cada comunidade indígena – casas da cultura, casas da língua, centros comunitários, museus indígenas, casas da memória, bem como outros espaços tradicionais de formação – como atividades letivas, definidas nos projetos políticopedagógicos e nos calendários escolares.
Comentário: A resposta errada (o que a questão pede) é a letra D pois é a única com a redação totalmente diferente da RESOLUÇÃO Nº 5, DE 22 DE JUNHO DE 2012. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/resolucaoeduc_campo.pdf
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