Se ocorre que, por um defeito de um órgão, um homem não susc...

A alternativa correta é a A - Empirista.

No trecho apresentado, a referência à importância dos sentidos e das experiências sensíveis para a formação das ideias é uma característica central do empirismo. Esta corrente filosófica sustenta que o conhecimento origina-se na experiência e que o entendimento humano depende dos dados fornecidos pelos sentidos. É por meio da percepção sensorial que formamos nossas ideias sobre o mundo, as quais não poderiam existir sem o contato prévio com o objeto percebido.

Por exemplo, quando se fala sobre um cego por nascença que não pode ter uma ideia de cores ou um surdo de sons, está-se abordando a noção empirista de que o conhecimento é adquirido através das experiências concretas. Se essas experiências sensoriais são ausentes, as ideias correspondentes a elas também não se formarão na mente da pessoa. O empirismo é oposto ao racionalismo, que defende que a razão é a principal fonte do conhecimento humano e que muitas ideias são inatas ou podem ser alcançadas independentemente da experiência sensível.

O filósofo John Locke, um importante representante do empirismo, defendeu a ideia de que a mente humana é uma tabula rasa, ou seja, uma "tábua rasa" que é preenchida com a experiência. Essa experiência é que proporciona o material para o conhecimento. A menção de que um lapão ou um negro não tem nenhuma noção do gosto do vinho, ou que uma pessoa tímida não pode fazer ideia de um espírito de vingança ou crueldade, ilustra a ideia de que sem experiências particulares, certas ideias ou conhecimentos não podem ser formados.

Assim, a alternativa correta (A) refere-se ao empirismo porque descreve um ponto de vista que atribui aos sentidos e às experiências a fonte principal do conhecimento humano, o que está de acordo com os princípios dessa corrente filosófica.

Na leitura do texto verificamos que o autor enfatiza a importância da sensação e da experiência sensorial na formação das ideias e do conhecimento. O empirismo é uma corrente filosófica que defende que todo o conhecimento humano deriva da experiência sensorial, ou seja, das sensações que recebemos do mundo exterior através dos nossos sentidos. De acordo com o texto, a incapacidade de experimentar determinadas sensações resulta na impossibilidade de ter ideias correspondentes a essas sensações. Além disso, o texto destaca que a introdução das sensações adequadas permite a formação das ideias correspondentes. Isso está em linha com a perspectiva empirista, que valoriza a experiência sensorial como fonte primária do conhecimento.