O modelo médico de deficiência é uma abordagem que se concen...

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Q3016056 Pedagogia
O modelo médico de deficiência é uma abordagem que se concentra nas limitações físicas, sensoriais ou cognitivas da pessoa com deficiência e as vê como características individuais que precisam ser corrigidas, tratadas ou curadas. Nesse modelo, a deficiência é considerada uma condição patológica ou anormalidade que requer intervenção médica para mitigar seus efeitos. Críticas ao modelo médico de deficiência destacam que ele pode contribuir para a estigmatização, a exclusão social e a falta de autonomia das pessoas com deficiência, além de ignorar fatores sociais, culturais e ambientais que influenciam sua experiência de vida. A escola atual tem se baseado no referido modelo de deficiência quando condiciona o acesso a direitos básicos de educação à apresentação de diagnóstico clínico ou laudo médico, fortalecendo uma visão equivocada de seu próprio papel na promoção da inclusão e igualdade de oportunidades. Ao adotar essa abordagem, a escola muitas vezes coloca a responsabilidade pelo acesso à educação inclusiva exclusivamente sobre o aluno com deficiência, ignorando as barreiras sociais, estruturais e atitudinais que podem estar presentes no ambiente escolar. Logo:

I- Essa prática reforça a ideia de que a deficiência é uma questão individual a ser tratada pelos profissionais de saúde, em vez de reconhecer a responsabilidade coletiva da sociedade e da própria instituição educacional em garantir a participação plena e igualitária de todos os alunos.

II- Além disso, ao exigir um diagnóstico clínico como pré-requisito para o acesso a serviços e recursos educacionais especializados, a escola pode perpetuar estigmas e exclusão, desconsiderando as necessidades específicas de cada aluno e promovendo a segregação em vez da inclusão. 
Alternativas

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A alternativa correta é a C.

A questão aborda a crítica ao modelo médico de deficiência, que vê a deficiência como um problema a ser corrigido pela medicina, ignorando contextos sociais, culturais e ambientais. Essa visão pode levar à estigmatização e exclusão social, especialmente quando aplicada nas práticas educacionais.

Vamos analisar cada alternativa:

Alternativa A: Esta alternativa afirma que o modelo médico é o correto e que a comprovação de deficiência deve ser feita apenas por um diagnóstico clínico. Essa visão é incorreta e não condiz com as práticas inclusivas atuais, que buscam uma abordagem mais abrangente e inclusiva, como descrito no Estatuto da Pessoa com Deficiência.

Alternativa B: Esta alternativa descreve a deficiência intelectual, mas não está relacionada ao tipo de modelo de deficiência discutido na questão. O foco aqui é mais descritivo de uma condição específica, o que não responde adequadamente à pergunta sobre o modelo médico.

Alternativa C: Esta é a alternativa correta. O Estatuto da Pessoa com Deficiência rejeita o modelo médico como única abordagem, propondo uma avaliação biopsicossocial, que considera fatores como impedimentos físicos, fatores socioambientais e psicológicos, limitações em atividades e restrições de participação. Essa abordagem é mais inclusiva e abrangente.

Alternativa D: Esta alternativa é incorreta ao sugerir que o modelo médico já considera uma ampla gama de fatores além das limitações físicas, sensoriais ou cognitivas. Na realidade, o modelo médico é frequentemente criticado por não fazer isso, ao contrário do modelo social ou biopsicossocial.

É importante que os educadores estejam cientes dessas distinções para evitar práticas que possam prejudicar a inclusão e o desenvolvimento integral dos alunos com deficiência. Ao adotar uma abordagem mais inclusiva, é possível promover um ambiente educacional mais justo e equitativo.

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