No âmbito da sociedade civil, o movimento “escola sem partid...

Alternativa correta: C

A alternativa C é a correta porque captura a essência do debate contemporâneo sobre gênero e educação. O enunciado da questão nos mostra um panorama em que determinados movimentos sociais, como o "escola sem partido", exercem pressão política e social para que a questão de gênero não seja abordada em escolas. Essa pressão manifesta-se através de propostas de alteração na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e de ações diretas contra professores que tratem do assunto em sala de aula.

O enfoque da questão está na disputa de narrativas em relação à abordagem de gênero na educação. A alternativa C identifica corretamente essa disputa como um debate hegemônico entre dois discursos: por um lado, aqueles que defendem os modelos tradicionais de masculinidade e feminilidade e, por outro, aqueles que propõem uma visão pluralista e recusam a naturalização dos gêneros.

Em outras palavras, a alternativa correta reconhece que há uma tensão entre as concepções normativas de gênero — que são vistas por alguns como as únicas válidas e naturais — e perspectivas que desafiam essa visão, promovendo a inclusão de diferentes identidades de gênero e orientações sexuais.

É importante notar que a alternativa C não toma partido, mas descreve a existência do debate e a polarização das visões sobre o tema. Isso reflete uma compreensão crítica de como o currículo escolar pode ser influenciado por ideologias e pressões sociais, um ponto crucial para quem se prepara para concursos na área de Pedagogia e Currículo.

As demais alternativas não correspondem adequadamente ao contexto proposto pelo enunciado, pois ou apresentam uma compreensão distorcida dos fatos (como a tentativa de promover "total permissividade sexual" na escola ou a alegação de que os defensores da "escola sem partido" buscam implantar um currículo que promova respeito entre diferentes grupos, o que não reflete o conteúdo da proposição desse movimento), ou inserem conceitos que não estão em discussão no enunciado, como a ideia de um debate "contra-hegemônico" ou a naturalização sendo enfrentada por perspectivas "maniqueístas".