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Q2367213 Pedagogia
Texto 9A3


        Como defende Hoffmann, a avaliação mediadora consiste no acompanhamento permanente, na observação, no contato direto entre alunos e professores e na real preocupação em mudar a forma de funcionamento das engrenagens da educação. Porém, a interpretação errônea que se tem desse tipo de avaliação a torna descartável logo que citada ou trazida à tona em reuniões, encontros, formações e outros tipos de eventos acadêmicos ou institucionais. O argumento utilizado pelos professores que estão presos às suas práticas conservadoras e positivistas se volta para a superlotação das salas de aula brasileiras, o que supostamente tornaria impossível conhecer cada um dos discentes mais profundamente e mediá-los individualmente durante cada encontro.

      Pelo que é apresentado por Hoffmann, nota-se como é vago o conhecimento dos discentes sobre a avaliação mediadora. Quando a prática não é situada, lacunas são observadas, as quais podem prejudicar, de forma considerável, o andamento e até mesmo a permanência dos alunos nas salas de aula. Algo que ilustra bem essa afirmação é o seguinte exemplo: em determinado ano letivo de quatro bimestres, um aluno consegue alcançar a nota máxima nos dois primeiros, em que foram trabalhados os conteúdos, por exemplo, de present simple e de verbo to be. No entanto, ao chegar ao terceiro e ao quarto bimestres do ano, o aluno se depara com o simple past e o past-perfect, e não consegue compreender nem produzir conhecimentos efetivos sobre esses tempos verbais. Contudo, conforme a atual lógica matemática das escolas tradicionais, o aluno somente precisa obter determinada nota média ao final do ano letivo. Como ele se saiu bem nos primeiros bimestres, ele é aprovado pela média, porém com certos espaços incompletos, pois os outros dois conteúdos que não foram bem construídos e apreendidos pelo estudante não são retomados. Isso pode ser totalmente danoso, principalmente no que se refere à aprendizagem de um idioma, que requer prática e construção progressiva. Assim, a escola foi imprudente e negligenciou o aprendizado do aluno, simplesmente entendendo que os números conquistados por ele foram suficientes para sua avaliação, o que se mostra totalmente inadequado por desconsiderar as dificuldades que o aluno teve nos últimos bimestres.


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A principal crítica feita no texto 9A3 à abordagem tradicional de avaliação nas escolas diz respeito à
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