Em sua obra – A Pedagogia da autonomia: saberes necessários...

A alternativa correta é a C - reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão.

Vamos entender melhor o que Paulo Freire, em sua obra A Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa, aborda sobre a prática do educador democrático. Freire argumenta que o papel do educador é fundamentalmente criar um ambiente que estimule a reflexão crítica e a curiosidade dos alunos. Ele acredita que a educação deve ser um processo ativo, onde o educando não é um mero receptor passivo de informações, mas um participante ativo na construção do conhecimento.

Agora, vamos justificar por que a alternativa C é a correta e as demais são incorretas:

Alternativa C: reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão

Esta alternativa está de acordo com os princípios da pedagogia freiriana. Freire defende que o educador deve incentivar os alunos a questionar, a ser curiosos e a não aceitar passivamente as informações e normas impostas. Essa atitude crítica é essencial para a formação de indivíduos autônomos e conscientes de seu papel na sociedade.

Alternativa A: adotar uma postura neutra ao ensinar os estudantes, evitando inclinações políticas

Freire argumenta que a neutralidade na educação é impossível e, de certa forma, indesejável. Para ele, ensinar é um ato político, e o educador deve estar consciente de seu papel na formação crítica dos alunos. Adotar uma postura neutra pode significar uma omissão frente às injustiças sociais e uma perpetuação do status quo.

Alternativa B: desempenhar a sua função educativa de forma espontânea, “desarmada”, sem sistematizações

Embora Freire valorize a espontaneidade e a autenticidade na relação educador-educando, ele também enfatiza a importância de uma prática educativa sistematizada e intencional. A educação, para Freire, deve ser planejada e refletida, com objetivos claros para promover a emancipação dos educandos.

Alternativa D: seguir rigorosamente o currículo definido pelos órgãos externos, isentando-se de atitudes críticas

Esta alternativa contradiz diretamente os princípios freirianos. Freire acredita que o currículo não deve ser seguido de maneira rígida, mas deve ser adaptado e criticado conforme a realidade vivida pelos alunos. O educador deve ter uma postura crítica frente ao currículo imposto e buscar contextualizá-lo de acordo com as necessidades e experiências dos educandos.

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