O segmento “optam mais pela linguagem técnica” (L.11-12) pod...
Com relação à compreensão e à interpretação do texto acima bem
como a aspectos morfossintáticos, julgue os próximos itens.
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Comentários
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O sentido até poderia se manter, todavia NÃO é gramaticalmente correto o emprego simultâneo de "preferem mais".
O verbo "preferir", por si só, já denota condição de gostar mais de algo ou alguém em relação a outrem, ter preferência. Assim, este verbo deve rejeitar o "mais" ao seu lado.
No texto temos: Linguagem rebuscada não é privilégio dos bacharéis, mas estes esmeram-se na exibição de floreios, enquanto outros profissionais optam mais pela linguagem técnica.
Ficaria correto com a subtstituição, apenas, por preferem (sem o mais), resultando em... Linguagem rebuscada não é privilégio dos bacharéis, mas estes esmeram-se na exibição de floreios, enquanto outros profissionais preferem (mais) a linguagem técnica.
O uso dos dois termos juntos cria um Pleonasmo Vicioso (vicio de linguagem, erro formal).
PARA LEMBRAR:
Pleonasmo é o emprego de palavras ou expressões de significado equivalente, com a finalidade de reforçar uma determinada ideia. Esta redundância de termos no âmbito das palavras, pode possuir emprego legítimo em certos casos, não sendo necessariamente "erro" Assim, é importante distinguir claramente a diferença entre o pleonasmo (figura de liguagem) e o pleonasmo vicioso (erro gramatical). Exemplo: Vi com meus próprios olhos a terrível cena. (aqui figura de linguagem = traz ênfase); Perdoe-me pelo amor do divino Deus (ênfase); Acabei pegando no sono e dormi. (erro gramatical = claro que dormiu ao pegar no sono).; Pique bem os ingredientes e misture junto com a massa. (erro = como poderia misturar senão junto?).
Optar e preferir são coisas diferentes. Se você disser ao seu namorado/namorada que entre A e B optou por A, significa que B foi descartado. Já se disser que preferiu A, significa que B ficou em segundo.
O erro, bem apontado pelo Juliano Marques, está no uso do "mais" junto ao verbo preferir. Quem prefere, prefere algo; não cabe o uso da palavra "mais".
Retirado o "mais", a assertiva ficaria correta. Observem que a questão não faz qualquer referência à semântica. Na chamada são utilizados os termos "compreensão e interpretação do texto", e "aspectos morfossintáticos". Já a assertiva em si traz "poderia ser corretamente substituído".
Em casos assim, é bom se atentar ao que a questão pede. Se a questão não exige a manutenção da semântica, do sentido do texto, NÃO PENSE NISSO.
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