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Texto CB2A1-I

   A astrônoma Jocelyn Bell Burnell disse sobre Ron Drever: “Ele realmente curtia ser tão engenhoso”. Ela tinha ido da Irlanda do Norte para Glasgow para estudar física e Drever foi arbitrariamente designado para ser seu supervisor. Ele contava ao grupo de seus poucos orientandos as ideias mais interessantes que surgiam em sua mente, inclusive as que levaram ao experimento de Hughes-Drever (embora ela não tivesse se dado conta de que ele o realizara no quintal da propriedade rural de sua família), mas nenhuma que os ajudasse a passar nos exames. Após a frustração inicial, ao ver que ele não ia ajudá-la em seu dever de casa de física de estado sólido, ela acabou admirando seu profundo entendimento de física fundamental e seu notável talento como pesquisador.
   Drever, por sua vez, seria influenciado pelas iminentes e vitais descobertas de sua ex-aluna de graduação. A respeito de Bell Burnell, disse: “Ela também era obviamente melhor do que a maioria deles… então cheguei a conhecê-la muito bem”. Drever escreveu uma carta de recomendação para apoiar o pedido de emprego dela à principal instalação de radioastronomia na Inglaterra, em meados da década de 60, Jodrell Bank. Mas, ele continua, “não a admitiram, e a história conta que foi porque era mulher. Mas isso não é oficial, você sabe. Ela ficou muito desapontada”. Drever acrescenta, esperando que se reconheça a obviedade daquele absurdo: “Sua segunda opção era ir para Cambridge. Vê como são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e descobriu pulsares. Vê como são as coisas?”, ele diz, rindo.


Janna Levin. A música do universo: ondas gravitacionais e a maior descoberta científica dos últimos cem anos. São Paulo, Cia. das Letras, 2016, p. 103-104 (com adaptações).  
De acordo com os sentidos veiculados no texto CB2A1-I, julgue o item a seguir. 

Entende-se da leitura do segundo parágrafo do texto que o riso de Drever ao dizer ‘Vê como são as coisas?’ foi motivado pela ‘reviravolta muito feliz’ na carreira de Bell Burnell.
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A questão exigiu conhecimento sobre interpretação textual e quer saber se é possível entender que da leitura do segundo parágrafo do texto que o riso de Drever ao dizer 'Vê como são as coisas?' foi motivado pela 'reviravolta muito feliz' na carreira de Bell Burnell.


Ela ficou muito desapontada". Drever acrescenta, esperando que se reconheça a obviedade daquele absurdo: “Sua segunda opção era ir para Cambridge. Vê como são as coisas?". Ele considerou isso uma reviravolta muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e descobriu pulsares. Vê como são as coisas?", ele diz, rindo.



O texto afirma expressamente que a expressão risonha de Drever foi por conta da reviravolta que envolvia Bell Burnell por conta da  descoberta dos pulsares em Cambridge.



Gabarito: CERTO


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Comentários

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Gabarito: Certo.

Não a admitiram, por isso ela ficou muito desapontada.

“Sua segunda opção era ir para Cambridge. Vê como são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e descobriu pulsares. Vê como são as coisas?”, ele diz, rindo.

Gabarito: certo

Solicita-se julgamento da assertiva acerca do texto:

Entende-se da leitura do segundo parágrafo do texto que o riso de Drever ao dizer ‘Vê como são as coisas?’ foi motivado pela ‘reviravolta muito feliz’ na carreira de Bell Burnell.

A passagem em cotejo está transcrita abaixo:

 "'Então ela foi para Cambridge e descobriu pulsares. Vê como são as coisas?', ele diz, rindo."

A "reviravolta muito feliz" a que Drever faz citação é o fato de Burnell ter feito a descoberta dos pulsares em Cambridge, instituição que a aceitou após a recusa do Observatório Jodrell Bank. O riso de Drever se deve aos contornos da história e da "reviravolta" de Burnell.

 Vê como são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta muito feliz. 

pensei que teria a ver com a descoberta dos pulsares...

O cerne do sorriso dele não foi a descoberta de pulsares, e sim a reviravolta feliz que ela teve ao ir pra Cambridge.

GAB: C

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