A exposição ocupacional a ruídos advindos do processo de tra...
A exposição ocupacional a ruídos advindos do processo de trabalho pode levar o trabalhador a desenvolver alterações auditivas e/ou não auditivas. Estas, por sua vez, podem manifestar desde simples alterações a danos graves, na maioria das vezes, irreversíveis. Diante do exposto, analise as proposições abaixo.
I. As alterações auditivas, podem ser classificadas em agudas, como, por exemplo, o Trauma Acústico, ou crônicas, que são os casos de Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR). Já entre as manifestações não auditivas, temos, por exemplo, mal estar, ansiedade, estresse, dor de cabeça, problemas gástricos, transtornos emocionais e distúrbios musculares, como as disfunções temporomandibulares.
II. As principais características do ruído são: intensidade, frequência, tempo de exposição e natureza do ruído. No que diz respeito à frequência, qualquer área do espectro sonoro é capaz de desencadear problemas cocleares, tendo como mais traumatizantes os ruídos compostos pelas frequências altas.
III. A PAIR é caracterizada como perda auditiva sempre sensorioneural, irreversível e unilateral. Uma vez cessada a exposição ao ruído intenso, haverá uma lenta progressão dos sintomas da PAIR e o paciente terá uma melhora em sua qualidade de vida.
IV. O diagnóstico da PAIR deve ser realizado através da obtenção da anamnese ocupacional detalhada, antecedentes pessoais, exame otorrinolaringológico com ênfase na otoscopia, e exame audiométrico. O trabalhador avaliado deverá, antes do exame, ter, pelo menos, 24 horas de repouso acústico, a fim de ser evitada a detecção de uma perda auditiva temporária.
V. Alguns autores relatam que a perda auditiva ocupacional poderia ser reduzida, e talvez eliminada, por meio da implantação de um programa de prevenção de perdas auditivas ocupacionais (PPPA), também conhecidos como Programas de Conservação Auditiva (PCA).
Estão CORRETAS as proposições constantes nos itens