“Lúdico, criança, lazer, escola. São essas as palavras cent...
“Lúdico, criança, lazer, escola. São essas as palavras centrais deste livro. (...) Para mim, o reconhecimento dessa relação de interdependência exige uma nova pedagogia, embasadora de uma nova prática educativa e realimentada através dessa própria prática, considerando as possibilidades do lazer como canal viável de atuação no plano cultural, de modo integrado com a escola. (...) Procurarei defender, assumindo todos os riscos que isso possa significar, a dimensão “utópica” da pedagogia da animação, fundada no lúdico, do jogo, da festa, do brinquedo – do lazer, inclusive como crítica ao antilazer que se manifesta hoje, na nossa sociedade, dominada pelos critérios da utilidade e produtividade” In: Nélson Carvalho Marcellino, Pedagogia da Animação.
O autor, anteriormente citado, reflete sobre as relações lazer-escola-processo educativo e a vinculação entre o lúdico e a educação. Apresenta razões para a escola valorizar as brincadeiras infantis, como
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A alternativa correta é a Letra D. A questão aborda a importância do lúdico no ambiente escolar e como ele deve ser integrado ao processo educativo. O autor mencionado, Nélson Carvalho Marcellino, defende que as atividades lúdicas, como jogos e brincadeiras, são essenciais para a pedagogia pois elas valorizam a cultura infantil em si, ao invés de meramente servirem como instrumento para "facilitar" a imposição de uma cultura adulta considerada superior.
É crucial entender que o lúdico na educação não é apenas um meio de tornar a aprendizagem mais agradável ou facilitar a absorção de conteúdos curriculares. Ao contrário, o lúdico deve ser visto como uma forma de expressão cultural válida em si mesma, que respeita a forma como as crianças veem e interagem com o mundo ao seu redor. Marcellino critica a visão utilitarista e produtivista que muitas vezes permeia nossa sociedade, incluindo a esfera educacional, e propõe uma pedagogia que realmente considere os valores e experiências das crianças.
A Letra D está correta porque reflete essa perspectiva do autor, destacando que a escola deve valorizar a cultura da criança, ao invés de transformar o lúdico em uma ferramenta didática a serviço de uma cultura adulta. A pedagogia aqui defendida se opõe à instrumentalização das brincadeiras e jogos com o único fim de ensinar conteúdos ou habilidades pré-determinadas, promovendo uma educação que é responsive às necessidades e interesses das crianças.
As demais opções não capturam integralmente a essência da argumentação de Marcellino e, por isso, são consideradas incorretas. Por exemplo, a Letra A foca no aproveitamento dos resultados educacionais, a Letra B na preparação para o trabalho, a Letra C na educação compensatória e a Letra E na adaptação ao mundo, todas percepções que são mais utilitaristas e menos centradas na experiência lúdica da criança como valor em si mesma.
Portanto, ao preparar-se para questões dessa natureza em concursos públicos, é importante desenvolver uma compreensão aprofundada do papel do lúdico na educação infantil, respeitando a autonomia e a cultura própria das crianças, e estar atento às críticas à visão utilitária da educação.
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