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Q2666637 Pedagogia

PARÁBOLA DO HOMEM RICO

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Todos são poetas à sua maneira, mas é bem possível que, se todos o fossem realmente, não houvesse mais lugar para a poesia. Porque a poesia é a amante espiritual dos homens, aquela com quem eles traem a rotina do cotidiano. A poesia restituilhes o que a vida prática lhes subtrai: a capacidade de sonhar. O desgaste físico e moral imposto pelo exercício das profissões, em que o ser humano deve despersonalizar-se ao máximo para atingir um índice ideal de eficiência - eis a grande arma da poesia. Depois que o banqueiro passa o dia manipulando o jogo de interesses do seu banco, vem a poesia e, na forma de um beijo de mulher, diz-lhe que o amor é menos convencional que o dinheiro. Ou o bancário, que passa o dia depositando e calculando o dinheiro alheio, ao ver chegar a depositária grã-fina, linda e sofisticada, sonha em tornar-se um dia banqueiro. E fazendo-o, invade o campo da poesia. Pois tudo é fantasia. Cada ação provoca um sonho que lhe é imediatamente contrário. Tal é a dinâmica da vida, e sem ela a poesia não teria vez.

Isso me faz lembrar certa noite em Paris, num jantar com meus amigos Marie-Paule e Jean-Georges Rueff, em companhia de um grande comerciante francês, um homem super-rico, dono de um dos maiores supermercados da França, superviajado, superlindo e casado com uma mulher superlinda. Nós nos havíamos conhecido alguns anos antes, em Estrasburgo, onde ele e os Rueff então moravam, e um pilequinho em comum nos havia aproximado, depois de um papo de coração aberto que nos levou até a madrugada. O assunto agora era o mesmo, a poesia, e o nosso prezado homem rico, depois de discutirmos um pouco a extraordinária vida desse jovem gênio que foi o poeta Jean-Arthur Rimbaud, fez-nos ver que não há casamento possível entre o Grande Lírico e o Grande Empresário: ou se é uma coisa, ou se é outra. O verdadeiro homem de empresa ao mesmo tempo inveja e despreza o poeta, uma vez que não se pode preocupar além dos limites com as palavras da poesia. Elas são, para ele, o reverso da medalha: o ouro impalpável. E como as mulheres - dizia-me ele ao lado da sua - são seres devorados de lirismo, sobretudo no amor, o capitalista tinha que pagar seu preço ao artista: e esse preço, via de regra, era a própria mulher.

- Elas ficam conosco porque nós representamos poder aquisitivo, podemos dar-lhes as coisas de que necessitam para ficarem mais sedutoras, terem mais disponibilidade para cuidar da própria beleza. Mas essa beleza, elas a entregam a vocês, os artistas. No fundo, as mulheres nos odeiam. O que não impede que vocês sejam todos gigolôs do capitalismo. [...]

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(Adaptado: Vinicius de Moraes. Rio de Janeiro, Jornal do Brasil, 31/12/1969).

Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens essenciais definidas na BNCC devem concorrer para assegurar aos estudantes:

Alternativas

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A alternativa correta é C.

Vamos entender por que essa é a resposta certa e analisar as outras alternativas.

O tema da questão está relacionado às competências essenciais definidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), um documento que orienta a educação básica no Brasil. A BNCC estabelece diretrizes que todas as escolas devem seguir para garantir uma formação integral aos estudantes.

A BNCC define 10 competências gerais que devem ser desenvolvidas ao longo da educação básica. Essas competências visam formar indivíduos capazes de se desenvolver de maneira integral, tanto no aspecto cognitivo quanto no socioemocional, garantindo assim os direitos de aprendizagem e desenvolvimento.

Agora, vamos analisar as alternativas:

A - O desenvolvimento de cinco competências gerais, que consubstanciam, no âmbito político, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento.

Essa alternativa está incorreta porque a BNCC define 10 competências gerais, e não cinco. Além disso, o termo "âmbito político" não é o mais adequado para descrever o contexto das competências gerais da BNCC.

B - O desenvolvimento de trinta habilidades gerais, que consubstanciam, no âmbito federal, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento.

Esta alternativa também está errada. A BNCC não menciona "trinta habilidades gerais". Além disso, o termo correto é competências gerais, e não habilidades.

C - O desenvolvimento de dez competências gerais, que consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento.

Essa é a alternativa correta. A BNCC de fato estabelece 10 competências gerais que são fundamentais para a formação dos estudantes. Essas competências abrangem o desenvolvimento integral e estão no âmbito pedagógico.

D - O desenvolvimento de dez habilidades específicas, que consubstanciam, no âmbito estadual, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento.

Essa alternativa está incorreta porque fala de "habilidades específicas" e "âmbito estadual". A BNCC estabelece competências gerais, e não habilidades específicas, e é um documento de âmbito federal, ou seja, é uma diretriz nacional.

E - O desenvolvimento de vinte metas específicas, que consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento.

Esta alternativa está errada porque a BNCC não menciona "vinte metas específicas". O número e o termo corretos são 10 competências gerais.

Com isso, fica claro que a alternativa C é a correta, pois reflete fielmente as diretrizes da BNCC sobre as competências gerais na educação básica.

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