Nos séculos XVII e XVIII, “calundu representava a prática de...

A alternativa correta é a Alternativa B. Vamos entender o porquê.

O tema da questão envolve o entendimento do calundu, uma prática cultural e religiosa que surgiu nos séculos XVII e XVIII. O calundu era uma manifestação que unia curandeirismo e o uso de ervas, juntamente com métodos de adivinhação e possessão. Esse contexto histórico-cultural é essencial para responder à questão.

Alternativa B está correta ao afirmar que os curandeiros do calundu detinham conhecimentos de técnicas medicinais que eram uma mistura de costumes africanos, portugueses e indígenas. Este sincretismo cultural é uma característica marcante das práticas populares de cura no Brasil colonial, onde se misturavam diferentes tradições para tratar enfermidades.

Agora, vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:

Alternativa A incorretamente sugere que os curandeiros eram respeitados por autoridades locais. Na verdade, muitos desses curandeiros enfrentaram resistência e perseguição por parte das autoridades coloniais, que os viam como uma ameaça à ordem religiosa e social estabelecida.

Alternativa C afirma que os curandeiros não eram considerados feiticeiros. Porém, na prática, muitas vezes eles eram, sim, associados à feitiçaria e ao misticismo, especialmente por aqueles que não compreendiam ou aceitavam suas práticas.

Alternativa D está errada ao afirmar que o calundu recebeu influência exclusivamente indígena. A prática do calundu é notoriamente uma expressão que resulta da interação entre culturas africanas, indígenas e europeias.

Alternativa E incorretamente caracteriza o calundu como não sendo uma forma de resistência ao sistema escravista. Entretanto, as práticas culturais e religiosas africanas, como o calundu, serviam muitas vezes como formas de resistência cultural e de manutenção da identidade africana em meio à opressão escravista.

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