Sobre um paciente com infarto agudo do miocárdio (IAM) que ...

Para responder essa questão, é necessário ter conhecimento sobre os distúrbios de condução cardíaca associados ao infarto agudo do miocárdio (IAM) e suas localizações. A afirmativa I está correta pois os distúrbios de condução em um IAM antero-septal são de fato menos frequentes, mas quando ocorrem podem ser muito graves, já que essa região está associada ao sistema de condução principal do coração, incluindo o feixe de His e seus ramos. A gravidade e as complicações arrítmicas estão relacionadas à extensão do infarto. A afirmativa II está incorreta, e por isso, as opções que a incluem são eliminadas. No IAM da parede inferior, os bloqueios atrioventriculares (BAV) de segundo ou terceiro grau, quando ocorrem, geralmente são devido a um problema no nó AV ou acima do feixe de His, e não distal a ele. Isso se deve ao fato de que o IAM inferior normalmente afeta a artéria coronária direita, que fornece sangue ao nó sinoatrial e ao nó atrioventricular. A afirmativa III está correta. O IAM inferior está mais comumente associado ao BAV do tipo Mobitz I (Wenckebach), que costuma ser uma condição mais benigna. Por outro lado, o tipo Mobitz II é mais frequentemente associado ao IAM anterior, que pode afetar o sistema de condução mais proximal e, portanto, é mais grave. A afirmativa IV também está correta. A bradicardia sinusal, que é uma frequência cardíaca mais lenta que o normal, é comum no IAM inferior, pois este costuma estar relacionado com o comprometimento da artéria coronária direita, que também irriga o nó sinoatrial, o "marca-passo natural" do coração. Portanto, as afirmativas I, III e IV estão corretas, o que torna a alternativa D a resposta correta.